Uma volta pela cidade

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Fui até uma locadora, e procurei por alguns filmes de terror para assistir com meus amigos a noite, escolhi alguns e fui compra-los, e acabei vendo pelo canto de meu olho aquela criatura que nem ao menos eu sabia o que era, me assustei, mas ele logo desapareceu, e isso continuou varias e varias vezes, e eu continuava a vê-lo pelo canto do olho, isso ficava cada vez mais intenso e mais frequente, até que eu começava a ver aquelas pessoas que estavam andando pela rua cobertas de sangue e com alguns de deus membros arrancados e sangrando, eu havia visto uma mulher toda estraçalhada no chão, pessoas com suas tripas saindo de seus corpos lentamente enquanto andavam, depois começaram as vozes, estavam fracas, mas começavam a ficar mais fortes e mais intensas, eu ouvia homens, mulheres, crianças pedindo socorro, e sons de ossos de quebrando e sons de espancamento, até que tudo ficou assim, eu não aguentava mais olhar para as pessoas, por isso fui para um lugar vazio, e mesmo ali conseguia ouvir seus gritos de agonia, mas quando eu tampava meus ouvidos o som só ficava mais e mais alto dentro de minha cabeça, eu vi novamente o monstro e ele estava se aproximando, e como reação eu comecei a me afastar, me rastejando sentado pelo chão enquanto sentia seus olhos rasgarem minha alma ao meio e estilhaça-la, nesse instante comecei a gritar com todas minhas forças, o sol começava a ficar sem brilho e vermelho, e o céu escurecia cada vez mais, e eu tremulo perguntei "quem é você?" e ouvi uma vós rouca, grossa e sombria dizendo "eu sou quem te levara para o inferno, eu sou quem da as pessoas o que elas merecem de presente de aniversario", Fecho meus olhos e começo a falar para que ele vá embora incessantemente e freneticamente, mas agora quem estavam ali eram as pessoas olhando para mim e tentando me consolar, ouvi a sirene da ambulância vindo em minha direção e logo meus pais aparecendo da multidão, todos muitos preocupados pois eu não parava de gritar, e estava aparentemente assustado, ninguém conseguiu perguntar nesse momento o que havia acontecido, pois eu estava muito agitado, era difícil respirar, e me levaram para um lugar mais calmo.

Decidimos voltar para casa, assim eu poderia ficar perto dos meus pais a todo o instante, estava quase que anoitecendo, eu fiquei no meu quarto, e meus pais na sala, eu ainda via ele, e suas palavras ainda ressoavam em minha cabeça, eu tinha medo da minha própria sombra, e no espelho ainda estava aquela mesma frase de antes, e o sangue ainda estava fresco, como se não se passase nem um segundo que ele houvesse escrito aquilo.

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