Capítulo 1

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•Está obra não será formal.

•Provavelmente você encontrará erros.

• Sem Hot.

Sophia Narrando:

— Eu queria ser rica sem precisar trabalhar.- Digo a mim mesma enquanto varro a calçada da mercearia.

— Você quer o mesmo que muitos minha jovem.- Diz o senhor José passando pela calçada com seu gatinho.

— Boa tarde.- Lhe oferece um sorriso gentil.

— Boa tarde minha filha.- Retribui o sorriso e entra na mercearia.

Entro em seguida para ver o que ele vai querer comprar.

— Como você está Sophia?

— Estou bem, obrigado.- Minto e forço um sorriso.— E como senhor está?

— Estou bem.- Sorri.

Fico em silêncio olhando o movimento da rua pela janela enquanto Senhor José pega o que deseja.

Quando finalmente ele pega tudo deseja somo tudo.

— Vinte e seis.- Olho para ele.

— Aqui está.- Me entrega três notas de dez e de troco lhe entrego duas notas de dois.

— Obrigado e aproveite essa tarde maravilhosa.- Sorrio.

— Igualmente.- Sai fazendo o sino da porta tocar.

Hoje realmente está uma tarde maravilhosa, pouco movimento de carro, crianças pulando corda e brincando de futebol, o sol fraco com um vento suave. Um dia lindo.

— Oi Soph.- Diz Marcia entrando ao lado de seu marido.

— Oi chefes, tudo bem?- Saio detrás do balcão para cumprimentá-los.

— Tudo mais que bem. Advinha quem finalmente terá uma enorme confeitaria.- Diogo fala sorridente.

— Mentira?-Olho para dois que fizeram não com a cabeça.- Parabéns, vocês merecem.- Digo e abraço os dois.

— Obrigado querida, vá para casa descansar e mais tarde te mando o endereço do seu novo trabalho.

— Tudo bem, boa tarde e novamente parabéns.-Me afasto dos dois.

Tiro o avental vermelho e o entrego para Diego.

Saio da mercearia sorridente por saber que Diego e Marcia estão conseguindo realizar um sonho. Espero ter a mesma sorte para realizar meus sonhos.

No caminho para casa decido comprar uma porção de fritas e uma garrafa média de coca cola.

Volto para a rua e espero o semáforo ficar vermelho e quando finalmente fica passo pela faixa com tranquilidade enquanto tento abrir a garrafa de coca.

Eu estava tão focada na garrafa que acabei nem percebendo a moto vindo em alta velocidade, por um triz eu não me juntei aos meus pais no céu.

— COMPRA UM CAPACETE COM LENTE, PALHAÇO!!!- Grito irritada assim que ele passa deixando um cheiro de perfume maravilhoso.

— CEGA!- Grita o piloto.

Prefiro não responder já que ele estava distante. O dia estava perfeito de mais para durar muito tempo.

— Perdi até a fome mas vou comer porque comida é sagrado.- Continuo o meu caminho para casa.

Depois de uma boa caminhada como sempre chego em casa exausta. Pego as cartas que o carteiro deixou pela manhã debaixo da porta.

— Contas e contas.-Bufo.— O que é isso?- Abro uma carta diferente das outras e começo a ler.- Parabéns, com sua inteligência você conseguiu atingir a porcentagem máxima da prova feita dia 03/04, sua bolsa para estudar em nossa faculdade está garantida, contamos com sua presença está noite 05/06.

Releio novamente a carta pra ter certeza que li certo e depois de ler pela terceira vez eu ainda não consegui acreditar.

— EU VOU PRA FACULDADE!!!- Gritei animada enquanto corria pela casa igual uma retardada.— MÃE, PAI, EU VOU PRA FACULDADE!- Corro até seu quarto.

Por um momento eu esqueci da morte dos dois mas quando entro no quarto me decepciono ao ver apenas a cama arrumada.

Saio rápido do quarto e tranco a porta, toda vez que entro no quarto dos dois eu só consigo ver o corpo dos dois ensanguentados.

Vou para cozinha lavar a louça do café da manhã, enquanto lavo a louça meus olhos começam a lacrimejar por lembrar dos meus pais.

— Voltem para mim...por favor.-Começo a chorar.

Faz duas semanas que eles morreram e ainda não caiu a minha ficha.

Estou sentindo tanta falta deles, é uma dor horrível lembrar todos os dias que eu nunca mais irei vê-los, quem acha que terminar um namoro dói então nunca perdeu os pais.

Eu preferia perder o amor da minha vida do que perder os meus pais.

Termino de lavar a louça e vou para o meu quarto pegar a minha toalha e em seguida vou para o banheiro, preciso me arrumar rápido e ir para faculdade já que ela é longe da minha casa.

O Meu OpostoOnde histórias criam vida. Descubra agora