O vento mexe as cortinas, o sol vai em minha cara, abro os meus olhos devagar... levanto da cama e coloco meu uniforme, faço minha rotina normal de higiene e me preparo para a escola, enquanto coloco meus cadernos em minha bolsa, ouço pingos, caindo no chão, mas ignoro. Saio do meu quarto levando minha bolsa, desço as escadas no modo automático, sento na mesa da cozinha e como oque estava em meu prato, panquecas fresquinhas. Hoje meu pai não estava tomando café comigo, acho que ele foi mais cedo para o trabalho, minha mãe não estava na cozinha. Resolvi tomar meu café sozinha mesmo, e logo depois ir para a escola... mas aquele silêncio me incomodava... ouço os pingos caindo de novo, como pode isso? Dou batidas em meus ouvidos, pensando que há algum problema comigo, não sai, o barulho, começo a me bater mais forte, até cair no chão.
- porque eu estou me batendo...? - levanto do chão, pego minha mochila, e saio de casa, olhando para trás, e percebendo que o som havia sumido. Enquanto ia, olhava para a pequena janela do sótão, com esperanças de ver Wilson, mas ele não aparece. Enquanto andava de costas via minha casa aos poucos desaparecer pela floresta imensa, logo logo ela some, chego a uma grande rua, onde não conseguia ver o começo, nem o fim, em minha frente a um velho ponto de ônibus, onde eu fico esperando o ônibus passar.
Fico sentada no ponto por bastante tempo, ali não passa pessoas, é bem raro ver carros passando, e se passar, são com pessoas das redondezas, nunca estranhos.Um intenso silêncio no ponto, até começar a chover. ( como em pleno verão começa a chover?) Me pergunto. Ao fim daquela imensidão de rua, vejo um homem se aproximando, quanto mais ele chega perto, masu vejo o quanto paranormal ele é. Ele usava um casaco preto enorme, e era todo escuro, por baixo havia tentáculos tentando sair do casaco.
O homem se aproxima do ponto, se senta ao meu lado, dou leves olhadas para ele. Medo, começo a suar frio, quando vejo as mãos do homem com sangue... logo em seguida surge um ônibus, muito estranho, janelas escuras, sem placa, o grande homem embarca no mesmo. Dando uma olhada para trás, olhando diretamente pra mim. O ônibus se vai, e logo some pelo horizonte. Meu ônibus chega, e embarco nele, a crianças em todos os bancos, pulando gritando, saltitando, jogando brinquedos e papel. Vou até o último banco e me sento ali.O ônibus balança, fazendo com que a pessoa do meu lado constantemente bata com seus ombros em mim. Mas não dou importância, apenas sigo olhando a paisagem, e vendo como a cidade é linda...
{ QUEBRA NO TEMPO }
Saio do ônibus, o motorista fala:
- tenha um boa noite senhorita Hanna- agradeço e desejo o mesmo para o motorista, que logo sai com aquele imenso ônibus cheio de crianças, vou entrando na rua de minha casa, fazendo o caminho de sempre, até que ouço passos e pingos, rápidos, pareciam ficar mais próximos, olho para trás, no por do sol, vejo uma criatura se aproximando, com tentáculos imquietos, a criatura flutuava pela rua, vindo rápido. Tenho uma sensação de peso e não consigo me mexer, nada mexe, até que o sol desce e fica tudo escuro, enquanto a criatura vinha para cima de mim, rápido, consigo me descongelar daquele grande desconforto, e corro, deixo minha mochila cair, corro o mais rápido que posso, até que vejo minha própria sombra, e uma luz vindo atrás de mim, derrepente os barulhos de pingos e passos param, e um grande barulho de motor ruge atrás de mim, o barulho do mundo volta ao normal, olho pata trás, e vejo meu pai dentro do carro. Ele sai do mesmo e grita:
- HANNA! ta tudo bem?!- olho pra ele, caio e começo a chorar, não sei oque acontece, oque esta acontecendo, aquele barulho, tudo, tudo esta me dando medo. Meu pai se aproxima de mim, com a minha mochila e me pega no colo. Me leva pra casa e me deixa no sofado da sala.Fico sentada, com minhas mãos tremulas, meu pai se afasta e sobe para o quarto. Minha mãe chega e senta no sofado a minha frente.
- hanna?- fecho os meus punhos.
- ele falou que tem medo da senhora-
- ele? Ele quem?- ela pergunta, com medo.
- Wilson... o-oque a senhora esta fazendo pra ele?- ela fica braba, mas logo se repôs
- hanna. É assunto de adulto, e enquanto eu não liberar para você falar com seu irmão, você não vai falar com ele. Você só tem 10 anos, não precisa saber de nada- fala ela, logo se levanta se sobe as escadas.
( só queria saber oque esta acontecendo...) penso. Meu coração acelera, só de pensar na criatura de novo. Fecho todas as cortinas e janelas da sala, e subo para meu quarto. Meu coração esta a mil, não sei oque fazer minha vida, verifico se a janela esta fechada, e deito em minha cama, apagando as luzes de meu quarto.
"Amanhã será um novo dia, amanhã será um novo dia, amanhã será um novo dia" ficava me repetindo até cair no sono....Acordo, esta a noite ainda, a uma pequena claridade vindo de fora, não tenho coragem para me levantar.... derrepente, não ouço mais barulhos, de nada, tudo fica em silêncio, não consigo nem ouvir minha própria respiração. Os pingos e passos começam, estão baixos, mas o barulho vai aumentando levemente. Grito, começo a gritar - PAPAI, MAMÃE, PAPAI, MAMÃE SOCORRO, SOCORRO- choro, papai chega em meu quarto desesperado, falando alguma coisa, mas não consigo ouvir ele, eu não consigo entender ele, o barulho começa a ficar mais alto, meu pai acende a luz do quarto, o barulho para, minha audição volta ao normal, olho profundamente para meu pai. E ouço uma pessoa chorando.
- Wilson?- pergunto. Ele responde.
- am... Wilson também deve ter tido um pesadelo...-. Wilson começa a gritar, meu pai grita logo em seguida:
- HANNA ACORDOU!-. O grito fica abafado, e acaba. Papai olha pra mim, e me cobre. - pode dormir querida, se precisar chama o papai-
- papai, não, por favor, não me deixa sozinha, dorme comigo, por favor.-
Ele me olha, e acena, desliga as luzes, deitando junto comigo, até eu dormir em um sono profundo...
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hcksbxbka
Randomeu sou estranha, minha família é estranha, meu passado é estranho....