Eu havia chegado em casa à pouco, Mark estava andando para lá e para cá de forma histérica o que me incomodou um pouco, já que mal me olhou. Ele estava nervoso mas não tive tempo nem de perguntar o motivo, com certeza isso tem a ver com a empresa, porém prefiro não ficar perguntando. Me sentei na cama e ele entrou no quarto com o telefone na orelha, fazia tempo que não o via tão furioso com algo, na verdade nunca vi ele assim, ele dizia xingamentos e gritava muito com a pessoa que estava do outro lado do celular.
— Você tinha que fazer uma coisa!! FODA-SE! Eu não ligo, você sabe o quanto me esforcei para que esse single fosse lançado? Sabe quantas noites passei acordado? - parou em direção a janela que dava vista para a enorme Seul - Porra! Você irá lançar essa música hoje! Eu não quero saber como, mas você vai!
Em um só ato desligou o celular e se jogou ao meu lado na cama, com as mãos no rosto ele tentava conter ao máximo a sua enorme frustração. Aproveitei para me aproximar:
— Mark, ei - o celular dele toca novamente.
— Um minuto - ele se levanta e atende - VOCÊ ACHA QUE EU SOU UM IDIOTA? ME LIGUE SÓ QUANDO TIVER UMA DESCULPA MELHOR!
Jogando o celular mais forte dessa vez na cama, Mark abaixou sua cabeça e apoiou suas mãos no pescoço, me levantei e o abracei colocando meu rosto em suas costas, ele estava quente, sua respiração acelerada, quando colocou suas mãos sobre as minhas senti que estavam suadas.
— Amor, ficar estressado não vai melhorar em nada - Disse.
— Eles pensam que sou um IDIOTA, eu passei dias e dias escrevendo e produzindo essa música pra chegar no dia e eles cuspirem na minha cara que não está pronta? - disse alto.
Me afastei dele, eu entendia sua frustração mas não tinha nada a ver com a falta de responsabilidade da empresa dele, quando me dei conta já estava encostada na parede encarando o chão.
— Eu só queria ajudar - sussurrei.
Ele se virou, e veio em minha direção me abraçando, não estava como antes irritado. Ele apoiou minha cabeça em seu pescoço e mexeu no meu cabelo para que eu me sentisse confortável.
— Ai merda, eu sei q você só estava tentando ajudar, me desculpa, amor - beijou minha testa - Não é sua culpa, eu só-
Ele me levou até a cama e me sentou, em seguida se abaixou na minha frente:
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— Eu não queria ter gritado com você, me perdoa - segurou minhas mãos.
— O que aconteceu? Por que você está tão nervoso? - Indaguei em busca de uma resposta plausível.
— Eu queria que você ouvisse a minha música, teria uma grande performance e no final teria um surpresa.
— Surpresa?
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— Todos saberiam que escrevi para o amor da minha vida, essa era a surpresa - sorriu fraco - Por isso estou tão nervoso, é um presente para você.
— O amor da sua vida? - Ainda estava presa nessas palavras.
— Sim - se sentou ao meu lado me abraçando em seguida - Não quis ser um idiota com você, tá?
— Tudo bem, eu te desculpo por ter sido um idiota - levantei a cabeça para juntar nossos lábios - E quanto a música, tenho certeza que está perfeita, não se preocupa com isso tá.
Ele sorriu e encostou sua cabeça na minha.
— Ou eu posso cantar pra você, um show particular, o que acha?