DOUTOR RODRIGUES - Volume 3

Na Tv

Boa leitura.
Último livro da saga.

.....

__ Olha como ela ficou...__ Gabi brincou.

__ Tudo graças a Luísa que me ajudou a cuidar do cabelo. E me maqueou um pouco.

__ Ficou linda...__ Gabi comentou.__ O doutor Rodrigues estava aqui não estava?

__ Estava sim!__ Eu disse.

__ E ele vai voltar para a entrevista?

__ Não sei! Uma pergunta...__ Tomei coragem para perguntar.__ Desde quando ele trabalha aqui?

__ Desde os vinte e cinco. Começou como estagiário...

__ Ah, ele tem quantos anos? Trinta?__ Eu estava muito curiosa pra saber da vida do Aurélio.

__ Trinta?__ Luísa sorriu.__ O doutor Rodrigues tem quarenta e dois anos!

__ Ouwww, eu achava que ele tinha bem menos.__ Ele não parece ser tão velho. Não que aos quarenta e dois alguém seja velho.

__ Claro! Ele é lindo, bem cuidado e ainda está solteiro. Mas digamos que ele não seja tão simpático assim.__ Gabi disse.

__ Não? Ele é super gentil, eu acho!__ Estava surpresa com o que ela disse.

__ Digamos que o doutor Rodrigues é um homem arrogante, frio e cheio de si, é um ótimo doutor, mas é conhecido como o doutor da verdade, a mídia está sempre alimentando esse lado dele.

__ Eu não o acho frio e arrogante. Ele tem até um sorriso gentil e verdadeiro.__ Gabi e Luísa se olharam.

__ Ele...sorrindo? São duas palavras que não se combinam.__ Gabi disse.

__ Mas te digo. Ele sorri! Ele anda sorrindo sempre agora, e o motivo é essa garota aqui.__ Luísa disse.

__ Sério?

__ Não! Na verdade ele só ri de mim, afinal eu não sou nenhuma garota sã da consciência.

__ Sei...__ Ela disse ironicamente.

Eram por volta das dez horas quando uma jornalista chegou, meu cabelo estava solto por causa do meu ferimento que ainda não havia cicatrizado. Aurélio estava no quarto conosco para explicar algumas coisas, e digamos que era verdade o que Gabi disse...

__ E como foi acordar depois de tanto tempo dormindo?

__ Eu me senti viva...me sentí liberta! Acho que tudo isso só serve para dizer que a gente só tem uma chance em um milhão pra ser feliz, amável com o próximo, a gente só tem essa vida pra ser a gente.

__ Sim! E referente às famílias que assim como você, também perdeu entes queridos, o que tens a dizer sobre isso?

__ Sentí saudades, chorar pelas boas lembranças que não irão voltar, é normal...abracem mais, amem mais, vivam mais, ninguém sabe o dia de amanhã. Eu perdi minha família, não tenho mais nada na vida, e sei que vai ser difícil recomeçar, mas fazer o que né? Vou tentar de novo.

__ Isso aí! Soubemos que você está sempre bem humorada, mesmo quando sente dores. O que te motivo a viver assim?

__ Bom, o doutor Aurélio me ajudou muito e tem sido um amigo, na verdade ele ouve as minhas besteiras e desabafo na maioria das vezes. Acho que isso está me deixando mais tranquila.

__ Vemos em suas redes sociais sua paixão pelo Santos e pelo futebol brasileiro, e que você queria ser jornalista esportiva...É verdade?

__ As lembranças ainda não voltaram por completo, mas eu realmente torço para o Santos.

__ Doutor, essa falta de memória é temporária ou permanente.

__ Valentinni esta passando por tratamento e está melhorando muito bem. Suas lembranças do passado vem quase sempre em grau elevado, e ela não dá trabalho algum nesse quesito...

__ Isso é ótimo. Valentinni, qual a primeira coisa que quer fazer quando ficar boa e sair definitiva do hospital?

__ Andar numa motocicleta. Quero sentir o vento bater em meu rosto, quero sentir ele dizendo que eu estou viva. Depois vou a praia, e ficarei la durante o dia todo, e então verei o por do sol...Acho que essa será a minha despedida a minha família.

__ Ok! É uma boa programação. O Brasil todo esta torcendo por você, fique bem ok!?

__ Eu vou ficar! Aurélio está cuidando de mim.

A jornalista me olhou espantada, mas não se atreveu a olhar para ele, porque essas pessoas tem essa má concepção sobre a personalidade dele? Chega ser até engraçado as vezes.

__ Eu fui bem?

__ Claro que sim! Gabi e Luísa irão te ajudar na troca de roupa, você vai fazer alguns exames ok!?

__ Tudo bem!

Ele saiu do quarto, não demorou muito para que as meninas chegassem e me ajudassem. Eles me levaram para uma sala grande e extensa, acho que vou fazer uma ressonância magnética.

__ Vai ficar tudo bem tá! Só preciso que você fique quietinha aí dentro.

O tempo foi passando, e fiquei cerca de quarenta minutos ali, deitada sem poder me mexer. Fui direcionada novamente ao quarto, e espero que eu esteja melhorando.

Eu gosto de como as coisas funcionam aqui, e talvez eu seja a única paciente que goste.

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Lee Fernandes...Continúa