Loser - Imagine Rin Okumura

Loser;; Part 01

Loser - Rin Okumura 

Era madrugada, e você não conseguia dormir… pior dia para sua insônia atacar. Então, para gastar energia resolveu ir dar uma volta e foi fazendo isso que avistou de longe chamas azuis atrás de um dormitório. 

Se aproximando aos poucos você viu um garoto de cabelos negros e olhos azuis, ele estava tentando acender as 3 velas a sua frente sem queimá-las (sem muito sucesso) e por não conseguir ele socou uma pedra enorme que tinha por perto, quebrando-a. 

Ao ver a mão do jovem sangrando você esqueceu completamente de tudo a sua volta e correu até ele, segurando-a entre as suas. 

— Ficou maluco?! Está sangrando muito! — Você olhou nos olhos dele enquanto ele te encarava estático. Ninguém nunca teve essa reação perto dele.— Vem, vou te fazer um curativo.— Você diz autoritária e o puxa até seu dormitório que não era longe. Chegando lá você o faz esperar e busca o kit de primeiros socorros. 

— Por que 'tá me ajudando? Não tem medo? — Ele questiona. 

— Eu deveria ter?— Retrucou e ele se calou, olhando para os próprios pés. Você sabia quem ele era, mas diferente dos outros não tinha uma opinião formada. Não julgava uma pessoa pelas aparências ou pelas circunstâncias de vida. 

— Rin Okumura… primeiro ano. — ele diz. 

— [S/n] [S/s], Segundo ano.— Você diz também.

— Então… por que me ajudou Senpai?— ele repetiu a pergunta.

— Sou uma fracassada como você.

— Ah?! 

— Quis dizer que estamos na mesma situação… você não consegue provar que não vai ferir ninguém, e eu… não devia Estar onde estou hoje… — disse. 

— Como assim? 

— Eu sou uma Aluna normal como você, mas no curso de exorcista eu estou 3 rankings acima de você, sou uma Middle Class.— finalizou, deixando o garoto de boca aberta.— Eu não deveria ter essa posição, e mesmo assim tenho. 

— Por que não deveria? 

— Porque não me esforcei nem um pouco para estar nela. Terminei.— Disse quando terminou de enfaixar o braço dele. — mais cuidado da próxima vez e não saia por aí quebrando pedras Okumura-kun. 

Depois disso se despediram e você voltou pra dentro, apenas para não conseguir dormir de novo. 

No dia seguinte estava em sua sala, quase dormindo quando tocou o sinal para o intervalo e sua amiga [N/a] praticamente te arrastou pra fora (literalmente). Enquanto comiam do lado de fora você ouviu uma voz masculina se aproximando.

— Senpai! Senpai!— Você então se virou para ver Rin correndo em sua direção, ele parecia bem melhor. 

— Okumura-kun...— Disse sem muita energia.

— Eu só queria agradecer por ontem… e te fiz esse bolo.— Entregou um bolinho roxo pra você.— É bem gostoso e saudável, fiz especialmente pra você.

— hm… Obrigada. Itadakimasu...— disse novamente sem energia, mas quando deu uma mordida, notou ser de beterraba.—……

— Gostou? 

— ...pode me fazer mais desses?!— perguntou, uma onda de determinação tomando seu corpo. Segurou as mãos dele entre as suas. 

— C-Claro...— Ele responde, corando. 

(Bolinhos de Beterraba são a Melhor coisa do mundo, recomendo)

— Bom garoto, eu compro os ingredientes pra você.— Falou e deu tapinhas carinhosos na cabeça dele. 

— [S/n]-chan! O que está fazendo? Vamos! Temos outro período agora!!— [N/a] gritou de longe e você apenas assentiu. 

— Obrigada de novo Okumura-kun, te vejo logo.— falou e saiu deixando um filhotinho de Satã vermelho que nem tomate. 

Alguns dias se passaram e você sempre falava com Rin nos intervalos, até que um dia, durante seu intervalo Mephisto te chamou. Coisa boa não era. 

»Quebra de Tempo trazida por um bolinho de beterraba goxtosinho«

Yukio havia terminado de passar a matéria do dia e se virou para a turma. Muitos alunos tinham entrado para a academia após o grande ataque de Satã. (Final 1 gente) 

— Certo, hoje vocês terão mais uma Aula preparatória, ela ocorrerá 2 vezes por semana. Sua professora já deve estar a caminho...— nessa hora a porta se abriu, revelando você de uniforme de exorcista. Sua expressão cansada e desinteressada era quase igual a do Aizawa de Boku no Hero. Ao te ver os olhos de Rin brilharam em antecipação.— Esta é [S/n] [S/s], ela será sua professora de Treinamento de Combate e Estratégia. — Claramente ninguém ali além de Rin parecia botar fé em você, mas eles iriam aprender a não te subestimar. — Deixo eles com você agora, [S/n]-Senpai. — disse por fim e se retirou.

— Hm… — resmungou encarando cada carinha naquela sala.— Vamos pular as formalidades, venham comigo. — bocejou no fim da frase e saiu da sala, sendo seguida pelos alunos e os levando ao campo de Treinamento. — Quero três voluntários. 

Rin, Bon e Shima vieram à frente. 

— Me ataquem. Os três juntos. — falou tirando o casaco e revelando seu suéter preto de gola com uma legging da mesma cor, acompanhada das botas de cano longo.

Todos ficaram confusos com seu pedido, mas o fizeram, e você derrubou um por um com um único golpe em cada. No fim os três estavam caídos no chão com dor em alguma parte do corpo. 

Depois de pontuar as coisas necessárias como base corporal e formas básicas, você os fez treinar até não conseguirem mover os membros do corpo. Semanas se passaram e você ficava mais próxima de Rin, até que um dia, durante a noite ele foi até seu dormitório. 

Ele não parecia nada bem. 

— Okumura-kun, o q--- — Você cortou a própria fala ao ver os olhos dele marejados, entendendo o recado, você o puxou para dentro e o guiou até o terraço. Sentaram-se na borda e você deixou que ele falasse. Deixou ele chorar e desabafar. 

— Eu sabia que isso ia acontecer e mesmo assim eu corri atrás dela. Mesmo assim eu…!— ele chorava mais, e tudo o que você podia fazer era confortá-lo. Puxou a cabeça dele e a deitou no seu ombro, o abraçando de maneira delicada. 

Você não era muito de demonstrar afeto, mas o fazia se a pessoa significasse algo para si. Acariciando os cabelos negros devagar, você esperou ele soltar tudo e hora ou outra, beijava a cabeça dele. 

— ...mesmo que ela não sinta nada por você, Rin, você vai ter que superar. Alguém, em algum lugar, vai ser a pessoa certa. Seja paciente. — sussurrou essas palavras e viu o garoto ficar tenso, em seguida botando certa distância entre vocês. 

— Você… me chamou pelo primeiro nome… 

— Ah… desculpe, se não gostou eu--- 

— Pode me chamar assim sempre.— ele te interrompeu e escondeu o rosto em seu ombro novamente. 

—...Certo. 

Ficaram assim o resto da noite, até Yukio vir buscá-lo no dia seguinte. 

Palavras: 1.148 

Parte 2???