Ross, um jovem que nunca acreditara nos fantasmas e monstros que habitavam as histórias contadas pelo avô, acaba herdando um jogo de tabuleiro inusitado. O seu ceticismo leva-o a embarcar na loucura dos amigos e os quatro reúnem-se para testar a ver...
A jovem adolescente pegou no estranho tabuleiro sem entender. Seus dedos apresentavam diversas escoriações provocadas pelas horas no violão. O avô sempre insistira para ela aprender piano. A garota respeitava a fascinação do mais velho pelo instrumento, mas seu coração sentia que não era a escolha certa para ela.
— O que é isto, vovô?
— O jogo da alma. Tome bem conta dele.
O velho tossiu para o pano que levou aos lábios. E antes que a neta notasse, ele empurrou o tecido ensanguentado para dentro do bolso do casaco, sem a ajuda do polegar que perdera em tempos. Sua saúde fragilizava a cada dia que passava.
Amanhã era sexta feira treze, ele viria buscá-lo. Ross não se lembrava do demônio, mas o demônio nunca se esquecera dele. Havia uma conta a acertar, antes de começar uma nova.
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