achocolatado em uma noite fria e escura

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Um baque foi ouvido do lado oposto da rua pouco iluminada onde o Jung estava; Wooyoung como o experiente que era não se alarmou tanto assim, apenas tinha sido um carro freiando, provavelmente tentando não atropelar algum bêbado que cambaleava alí. Se moveu apenas para pegar o achocolatado batido recém-preparado pelo amigo, dono da taverna, Do Hanse.

"Eu tenho um estoque de achocolatado nos fundos por sua causa, aqui é uma taverna, por que não bebe alguma coisa composta por álcool? Só hoje, eu pago" - Hanse disse saido de trás da banca e sentando ao lado do detetive, por outro lado, Wooyoung apenas deu de ombros derrubando a bebida adocicada goela abaixo, limpou um rastro deixado pela bebida no canto dos lábios e tossiu, virou-se para o amigo, que ainda aguardava uma resposta.

"Não posso, além de ser quinze pras' nove, estou no meio de um serviço, mas mesmo assim obrigado Han, nos vemos depois" - sorriu minimamente e se levantou, deixou a nota de euro equivalente em cima da banca e deu duas batidas no ombro do Do, depois se retirou do local.

O frio castigava o rosto sério andando pela rua, os fios escuros estavam abrigados por um chapéu e as mãos estavam descansando nos bolsos do sobretudo; a lua não iluminava nada naquela noite, tampouco os postes maltratados da rua estreita, chutou uma pedra para dentro de um beco e logo após ouviu um barulho vindo do mesmo lugar, ficou atento a mais algum som; ao não receber nada de volta deu de ombros voltando a posição normal e seguindo até seu escritório na parte mais iluminada da cidade, a cidade da brilhante Paris.

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Chutou a porta e entrou no apartamento temporário, frustrado pegou a sacola comprada horas atrás e foi para o banheiro, ligou o chuveiro da banheira no modo quente e deixou que enchesse. Ainda bufando abriu a sacola e tirou os itens necessários de dentro deixando em cima da pia; Seonghwa, com as sombrancelhas arqueadas em uma feição raivosa e o cenho deveras franzido, bagunça e repuxa os fios ressecados, trilhas de lágrimas quentes carregando fúria começam a escorrer pelas bochechas do Park, estava com tanta raiva que dava vontade de chorar, e foi isso que fez; desligou o registro do chuveiro e comecou a se despir, colocou primeiro as pernas logo sentindo a água quente o acolher, sentou na berada e entrou por inteiro, as lágrimas carregadas de sentimentos começaram a se fundir com a espumante da banheira; o Park apenas segurou a respiração e afundou-se na água, deixando ela levar as lágrimas para longe.

🚬🎲

Respirou fundo e olhou novamente a imagem de si mesmo refletida no espelho do banheiro, garantindo que era uma boa ideia; não pensou muito pois ao se encarar pelo vidro a onda de ódio veio a tona novamente fazendo o pobre Park desferir um soco contra o espelho, ou contra si mesmo, gruniu de dor e acariciou a mão que já respingava um vermelho vívido que manchou o chão, que agora, estava cheio de cacos de vidro. Soltou um palavrão ao lembrar que vai ter que pagar aquilo e voltou a atividade interrompida; arrumou em cima da pia a tesoura e o pote com o creme, também a mistura e o pequeno pente de sedas macias, agora sem o espelho, Seonghwa não sabia o que fazer, agiu por instinto e levou o objeto cortante perto dos fios escuros logo cortando as longas mechas, de tras da nuca e nas laterais acima da orelha, deixando apenas a franja, terminou e pegou a mistura pronta e passou no cabelo recém-cortado, massageando o couro cabeludo eespalhando bem o produto com cheiro forte. Depois de alguns longos minutos de espera, entrou novamente debaixo do chuveiro, agora lavando o produto do cabelo, agora tingidos em um loiro voltado para o esbranquiçado, voltou para o quarto e se arrumou; naquela noite, Park Seonghwa teria contas a acertar.

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Wooyoung não estava satisfeito com sua busca, parecia que seu inimigo era inexistente, invisível, irreal, inalcançável; bagunçou os cabelos em frustração e jogou o corpo para trás, fazendo a cadeira soltar um guinchado sofrêgo; olhou o teto e viu algo de peculiar, uma luz roxa iluminava grande parte, viu pela janela e não encontrou a fonte daquela luz misteriosa, deu de ombros e se levantou indo para o armário no canto da sala; pegou a cafeteira e encheu a xícara e logo voltou ao trabalho.

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Estava tarde e Wooyoung sabia disso, mas não parava sua busca, em vão; três xícaras de café e alguma música aleatória tocando do lado de fora, finalmente o Jung decide por um ponto e vírgula naquela noite, desligou o computador, que passou a noite inteira aberta na ficha do criminoso procurado por Wooyoung, e foi em direção a janela para fechar e finalmente deixar de ouvir aquela música tão repetitiva; parando em frente a janela espantou-se ao ver um sujeito parado bem na frente, apoiado no ferro da "sacada" e soltando fumaça pelas narinas, que com certeza não era do frio; Wooyoung assustado, mas ainda com a postura de detetive renomado que era, saiu pela janela e chegou perto da pessoa que olhava calmamente a rua, a oito andares acima, ao ver o Jung se aproximando, o desconhecido riu e se virou devagar, o sorriso de lado de um verdadeiro criminoso, os fios da franja voavam livres enquanto ele se livrava do baseado caseiro, Wooyoung estava muito confuso mas depois de ver a mão direita do, rapaz, a sua frente percebeu que se tratava do seu inimigo.

Park Seonghwa.

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