ciúmes não é nada profissional

40 4 54
                                    

🥛🕶️🚬🎲♀️♂️

O Jung estava amorno a situação, não entendia o que estava acontecendo alí, desde quando Seonghwa e Hanse tinham aquele tipo de relacionamento? Bem, isso foi a penúltima coisa a passar pela mente do detetive, antes mesmo de ligar para San.

"San... Eu o encontrei, na taverna dos Do" - disse furioso assim que a chamada foi atendida.

"Ótimo Wooyoung, não o perca eu já estou indo" - o detetive desligou a chamada e se virou para ir embora, porém foi impedido por uma voz o chamando.

"Wooyoung! O que está fazendo aqui?" - Seonghwa disse encaixando o microfone no suporte e indo até ele, logo atrás dele estava Han, também curioso.

"Não sei, me diga você, Seonghwa" - disse ele ainda de costas, virando apenas a cabeça para falar com a dupla, a voz do detetive saiu quebrada e falha, fazendo tanto o Park quanto o Do ficarem confusos, Seonghwa percebeu que ele olhava de um jeito estranho para si, e mal olhava o amigo ao seu lado.

"O que deu em você eim? Por que está falando assim?" - esbravejou o Park se aproximando e fazendo a franja amarelada cair, Hanse ficou um pouco desconfortável e tentou acalmar o amigo afagando seu ombro.

"Isso não importa, pra você não, tudo pra você é um jogo não é?" - riu soprado da cara mal entendida do Park, negou com a cabeça e o viu franzir o cenho novamente.

"Não sei o que deu em você, e porque você acha que eu perguntei? Eim?? Eu realmente me importo com você Jung Wooyoung, mas é tão orgulhoso que não consegue distinguir essas coisas simples, pra você é sempre trabalho, trabalho e trabalho, nem ao menos percebeu que eu gosto de você!" - começou a chorar e correu dali, com um Do tentando o chamar, Han deixou que o amigo ficasse um tempo a sós com os próprios pensamentos e foi até o Jung, que agora estava confuso, parado ali.

"O que você fez ó imbecil??" - disse apontando o dedo na cara do detetive.

"E-eu achei que ele e você... Merda" - Wooyoung disse desabando na cadeira da mesa próxima, Han suspirou e sentou no banco a sua frente logo tocando na sua mão coberta pela luva, mandando um sorriso reconfortante ao profissional, realmente Do Han era um anjo.

"Olha, você tem que parar de tirar conclusões precipitadas e agir por impulso, tem que se acalmar e deixar esse seu ego parar de atrapalhar sua vida, ouviu Woo???" - Han disse olhando para o amigo a sua frente, com uma cara preocupada.

"Eu sei, eu sei, o problema agora não é esse, é que eu... Bem... Agi por impulso... M-mas foi a última vez!" - o detetive disse nervoso engolindo em seco ao ver o Do se levantar assustado.

"Que porra você fez cara?"

"Chamei a polícia... ela vai chegar daqui a uns minutos, temos que esconder o Seonghwa" - disse o detetive, envergonhado, Han o olhou com o olhar reprovador que tinha e colocou a mão na cabeça, bufando e batendo o pé contra o piso amadeirado.

"Depois daqui eu vou te matar, mas agora vamos achar o Seonghwa rápido!" - e assim o Han puxou o detetive pelo braço até os fundos da taverna.

🚬🎲

Seonghwa sentia as costas pesarem, ou que alguma coisa estivesse o puxando para baixo, os cabelos estavam bagunçados em consequência dos dedos furiosos de momentos atrás que os repuxavam com força, a camiseta voava com o vento frio, o que fazia ele se encolher ainda mais; estava sentado no "banco" improvisado e abraçava os próprios joelhos, o rosto escondido entre eles estava abatido e inchado de chorar, levantou o olhar e olhou o par de coturnos, se sentia tão vulnerável, tão idiota, tão iludido, não queria acreditar que foi tão anti-profissinal ao ponto de quebrar a própria regra: "nunca se apaixonar, novamente". Ele jurou, tentou ao máximo negar para si mesmo, acreditava que não sentia nada pelo Jung; no princípio foi assim, foi mais fácil lidar com aquele Wooyoung ligado 24hrs ao trabalho, aquele detetive sério que era bom no que fazia, aquele belo predador; porém tudo tem um limite, e diriamos que o limite profissional do Jung foi delimitado pelo Criminoso de sobrenome Park, aquele que se negava a corresponder os sentimentos óbvios. Seonghwa lagrimou pela última vez e limpou o rosto na camiseta, ainda tinha o cheiro de Wooyoung, o Park não costumava reparar em quase nada, mas qualquer coisa de Wooyoung o atraía, o cheiro dele impregnado na camiseta de RHCP lembrava o Park da noite que conheceu os lugares sensíveis do detetive, sorriu ladino ao lembrar como o profissional ficou arrepiado com seus toques, de como parecia se entregar totalmente quando recebia uma atenção na parte do pescoço, Seonghwa desmanchou o sorriso ao ver no que estava pensando novamente, bufou e bateu nas laterais das coxas, estava com frio, frustrado, iludido e fodidamente apaixonado.

🚬🎲🥛🕶️♀️♂️

"Você vai conversar com ele que eu vou pensar no que fazer, se fizer meu Seonghwa se magoar ainda mais eu corto seus membros com faca de serra, ouviu bem Wooyoung?" - disse o Han ameaçador para o Jung que concordou rápido e com medo - "E o que você tá esperando? Vai logo poh!" - empurrou ele para fora e fechou a porta, Wooyoung logo avistou o Park sentado em cima de uma lixeira de cabeça baixa, aproximou-se vagarosamente.

Nunca havia visto o Park daquele jeuto, sempre era tão confiante e cheio de si, diferente daquela versão, que chorava baixinho, fungava e os cabelos loiros estavam um caos; a culpa atingiu Wooyoung no lado esquerdo do peito, se aproximou e subiu na lixeira ficando bem perto de Seonghwa, que tomou um susto e o olhou rapidamente, revirou os olhos ao ver o detetive ali, fungou e apoiou a cabeça olhando para o lado oposto de onde o profissional estava, Wooyoung suspirou e se aproximou mais e o abraçou.

"Me desculpa, Seong, eu fui idiota demais, e precipitado. Desde aquele dia no escritório eu não consigo não pensar em você, é como se você negasse a me deixar em paz; eu senti coisas diferentes quando estive com você, não pude falar nada e você sabe o porquê. Você pode ficar com raiva de mim, se quiser pode até me bater, mas eu só queria que soubesse..." - colocou as pernas envolta do corpo encolhido a sua frente, o fazendo ficar de frente e olhar o detetive que sorria para si, segurou seu rosto tristonho com as mãos e limpou algumas lágrimas que ainda escorriam, aproximou o rosto do Park e ambos narizes se encostaram, Seonghwa soltou um riso baixo, envergonhado - "Que foi a única pessoa no mundo que me deixou nada profissional, e eu... Fico m-muito... Ah! Você sabe..." - corou e Seonghwa riu e acenou com a cabeça se inclinando até os lábios do detetive, logo iniciando um beijo sem as sensações dos outros, sem quenturas, esse era calmo, cheio de significados e sensações novas, naquele momento quanto mais se descobriam, juntos, mas a necessidade de ficarem daquele jeito por mais tempo se tornou essencial.

Quando o ar fez falta o detetive se separou devagar e respirou fundo antes de olhar o Park a sua frente, abriu os olhos devagar e viu Seonghwa vermelho e sorrindo todo bobo, com certeza uma outra de suas diversas faces, Wooyoung deixou um beijo na testa dele e se levantou, puxando devagar o Park consigo, escutou barulhos familiares de sirenes e se lembrou da missão incompleta, logo se desesperou e não sabia o que fazer, até que o Han aparece afoito abrindo a porta e chamando os dois.

"Vamos que o tempo tá mais curto que o Hong em dia de curso!" - gritou e logo os dois correram atrás do Han, que apontou para o camarim ao lado do palco, Seonghwa e Wooyoung entraram antes do Han e observaram ele fechar a porta.

"Ok Seonggie... Vamos ter pouco tempo para te transformar..."

CRIMINALOnde histórias criam vida. Descubra agora