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✯ Brenda ✯

Depois do Tássio ter me tirado do porão e gritado comigo pra comer, ele me levou pro banheiro e disse pra eu tomar banho, olha se ser sequestrada era ter um serviço desses, porra, eu mesma me entregava de bandeja, ficar trancada, horários de refeições e banho, meu estilo de vida todinha, não tinha uma louça pra lavar, uma casa pra varrer, tá eu ia ter que ficar presa, mas e daí? Eu não ia fazer nada. A porta é aberta de forma bruta, pronto agora era a minha vez certeza, Rihanna, eu sei que tu me sondas me salva dessa que serei sua eterna devota.

–Ei!- cubro meus peitos e viro de costa. –Você não tem respeito não?

Ele me lança um olhar e sorriso safado e fala "não", sai do banheiro deixando um negócio em cima do vaso, termino o banho e descubro que o negócio na verdade eram roupas limpas, roupas masculinas, que espécie de sequestrador era esse que emprestava as próprias roupas para sequestrada? Fetiche estranho, eu hein, quando saio do banheiro ele está me esperando, me leva pro quarto de cima e me tranca.

O quarto estava limpo e mesmo só com a cama afastada da janela eu ainda tinha visto um homem morrer alí, vou para a janela, ela tinha tranca, analiso o vidro dela, era daqueles temperados, eu não conseguiria quebrar, é isto, estou presa, Rihanna você me prometeu. Deito na cama, olho pro teto por um bom tempo, depois pra janela e sei lá quanto tempo depois eu durmo.

Eu queria ter dormido naquela noite, queria mesmo mas até nos meus sonhos eu não tinha paz. Sonhei com aquele cara várias vezes morrendo na minha frente, então acordava e andava pelo quarto, tentava dormir e tinha pesadelo, isso aconteceu umas 3 vezes até eu desisti e simplesmente sentar na cama e ver as luzes do sol nascer, engraçado as luzes dele foi a última coisa que prestei atenção quando tinha liberdade e agora me fazem companhia no meu confinamento.

–Acorda!- Ouço Tássio gritar e me sento rapido na cama, nem pra dar um bom dia antes. –Vem tomar café.

Me levanto e o sigo, chegando na cozinha me sento a mesa e espero ele me entregar a comida, tento comer na mesma velocidade que ele, vai que ele toma meu café com pão depois de terminar o dele? Passamos o tempo todo em silêncio, quando ele se levanta eu me levanto junto ainda mastigando a comida, ele me olha com estranheza mas segue o seu caminho e eu também, eu não poderia passar o dia todo naquele quarto e pra onde ele tava indo? Exatamente pro quarto que eu não queria estar, paro na escada faltando poucos degraus pra pisar no corredor eu não ia voltar pra lá.

–Eu faço qualquer coisa, sério, se quiser me deixar trancada no porão tudo bem, não me importo, mas por favor não me coloca nesse quarto de novo.- suplico, a noite tinha sido ruim o suficiente.

Ele suspira. –Tá, mas vai ter que limpar o portão.

Concordo, não seria tão ruim assim, aquilo só tava empoeirado não daria tanto trabalho. Eu tinha me enganado assim que entrei e vi aquele vomito da noite anterior, é claro que ele não ia facilitar pra mim, limpar aquele vomito foi a pior parte, sentir o cheiro e não vomitar de novo era quase impossível e depois tive que aturar "limpa melhor isso", "ainda tá empoeirado aqui", "tem uma macha alí" ele tava se divertindo com aquilo e a minha rinite tava atacada, então quando meu nariz tava ao ponto de sangrar e quase não enxergava de tanto lágrimar ele me tira de lá e me leva pra cozinha, ele pega uma caixa com remédios e me entrega um pílula com um copo de água, não era hora de questionar eu não conhecia ele mas sabia que ele tinha um temperamento explosivo então eu fazia o possível pra bomba não explodir em mim, peguei aquilo e tomei rezando pra não me matar.

O Sequestro de SaturnoOnde histórias criam vida. Descubra agora