25 de dezembro

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Antes de tudo eu quero esclarecer algumas coisas.
Esse é um capítulo curto, que n foi revisado e é meio antigo.
P facilitar as coisas
O nome atual:
O futuro nome: Jungkook

A fanfic pode mudar muito, assim como as outras.

Essa em específico é MT significativa p mim, e msm q eu ache q tá ruim, eu guardo um carinho.

Com certeza o natal é super valorizado de mais. Na verdade, o meu natal que era ruim. Esse negócio de "o natal 'ta tão sem clima" e "vou passar o natal trancado no quarto haha" é muito complicado. Na minha opinião nenhum desses memes ou piadas deviam existir. As pessoas que sabem das coisas deviam saber que certos seres humanos não tem capacidade mínima de pensar sozinho, e acaba passando a impressão errada. Então vira um ciclo vicioso, uma pessoa que realmente sente e passa por aquilo posta algo, alguém que quer se achar vai lá e posta, alguém que não tem senso crítico nem dedução, lê e acredita.

   Eu não sei se o mais irritante do natal é os "depressivos", que postam que o natal é horrível, ganham 3 presentes, comem algo além de farofa e passam com a família que não é boa mas também tá na média, aqueles que "uau é natal, top" e fica tudo de boas, ou eu, que aparentemente sou a única pessoa que ganha o que pediu, - no caso fiz uma lista com 14 livros - um livro, só come farofa com carne de porco porquê não gosto de maionese e tem cravo e canela em todas as carnes da mesa. Na verdade eu não sou a única pessoa que ganha o que pediu, eu sou a única pessoa que não tinha nada melhor para pedir ou sabia que não iria ganhar. Ah, como meu pai ficaria irritado ouvindo isso.

   O natal desse ano foi um dos piores até agora. No ano passado eu não pedi nada e ganhei um kit de brinquedos de praia, enquanto meu primo ganhava o terceiro videogame dele sem ser burguês. No ano passado foi eu, meus pais e meus avós - na verdade nem lembro - a gente foi ver os fogos e, como todo ano, um dos meus pais fingiu que estava muito apertado para ir no banheiro e acabou colocando o presente ali, enquanto eu fingia que não sabia de nada. Era melhor assim do que ter que explicar tudo pro meu pai, era melhor ele descobrir sozinho e isso tinha a mínima importância, ainda mais na vida ocupada de jogos de sorte e ver pornô no celular que meu pai tinha.

   Ano retrasado eu tinha ganhado um cachorro de pelúcia que tinha cheiro de maçã. Eu tinha pedido ele porque sempre tive o sonho de colecionar algo, mas tudo sempre dava errado, e aqueles três cachorrinhos cheirosos pareciam uma ótima escolha, mesmo que no fim meus pais nunca tenham comprado mais nenhum alegando que eu não brincava. Óbvio que eu não brincava, era sem graça brincar sozinha, guardar sozinha, monsta tudo sozinha, enquanto minha "amiga" - chamo ela assim pela falta de algo menor que amigo porém mais que apenas conhecido - estava nos avós dela se divertindo. E, de novo, enquanto eu ganhava uma pelúcia cheirosa, meu vizinho com um possível levíssimo grau de autismo, que viva desobedecendo os pais, ganhava um Xbox de última geração, os pais nem tinham um emprego praticamente.

   Então o natal do ano que vem seria pior ainda. Mas o meu natal foi só, "ganhei um livro e comi farinha" - não que o livro seja ruim - porque tive que ajudar a minha mãe a decorar a torta fria, e eu odeio receber elogios da maioria das pessoas. Era como se elas soubessem que tem algo de errado comigo e ficassem forçando, mas no fundo não sabiam de nada e isso era só coisa da minha cabeça. Na verdade eles só não viam o quão simples aquilo era e que eu não conseguia enxergar aquilo, e que quando eu pedia para pararem, não era por mal, mas sim porquê eu me sentia horrível porque não enxergava nada daquilo, e isso me lembrava o que meu pai dizia. Além disso, meu pai se mostrava cada vez mais machista. Minha mãe tinha pedido para eu lavar um pote, eu disse que já lavava mas ele se irritou, então eu fui lavar, mas minha mãe continuou reclamando, e nisso meu pai disse: "ela é menina, ela te ajuda. Filha, ajuda a mãe tá? Deixa o pai feliz". Por mais calmo que tenha parecido, qualquer coisa eu dissesse, por mais que no mesmo tom de voz que ele, qualquer coisa como "mas eu 'to cansada pai" ele se irritaria e viria para cima de mim. Além de ele ter tocada no meu ponto fraco - o fato de eu infelizmente ter nascido mulher - ele ainda foi machista, dando ênfase que eu era menina e tinha que ajudar na cozinha - o que fazia eu odiar mais ainda ter nascido mulher.

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⏰ Última atualização: Mar 23, 2020 ⏰

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