Prólogo

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"Estou tentando

Estou tentando não esquecer minhas palavras

Porque quando estou ao seu redor, eu costumo continuar mudando de ideia

Eu prometo

Eu prometo a mim mesmo não voltar aos velhos hábitos."

Love is a bitch — Two feet


Prólogo


— Você não pode estar falando sério! — O meu grito de espanto ecoou na escadaria do Mundo. Por que ele acha que eu aceitaria? — Não faz sentido algum você me pedir isso...

— Por que não?

A surpresa em minha voz estava espelhada no rosto dele, no vão franzido entre as suas sobrancelhas e nos belos lábios partidos em descrença.

Por que não?

Ora, que pergunta idiota! Porque éramos opostos, de mundos... universos diferentes. Nascido no luxo, ele sempre teve tudo que desejou. Eu, por outro lado, batalhei por cada conquista que obtive. Não sabia nada sobre arte, cultura, educação ou a vida de fetiches que o cercava. Jamais poderia me adaptar aos últimos andares daquele prédio.

— Porque... porque... — Olhando para os seus profundos olhos verdes que pareciam enxergar a minha alma, vacilei.

Ele deu um passo para frente e eu um para trás, seguimos assim os poucos centímetros que me levaram a encostar na parede. Seus braços apoiaram-se em cada lado da minha cabeça e apesar de nenhuma parte do seu corpo tocar o meu, me vi cercada por sua presença. O ar foi preenchido por seu perfume e calor.

Eu o queria tanto... As minhas dúvidas pareciam sem sentido.

— Não consegue encontrar um motivo? — sussurrou, inclinando-se sobre mim. Sua barba roçou o meu pescoço, provocando arrepios em minha pele. — Consegue, Elisa? — Sua boca se conectou com o lóbulo da minha orelha, mordendo de leve. Entreabri os meus lábios e deixei um gemido escapar. Meu coração acelerou com o caminho de beijos sendo feito até a minha boca. — Eu acho que não.

Ah, foda-se! A quem eu estava tentando enganar? Não podia — ou melhor, não queria — resistir. Minhas mãos deslizaram por baixo do seu terno e meus dedos enterraram nos seus ombros no momento em que sua boca cobriu a minha em um beijo apaixonado. Ele me pressionou contra a parede e eu o senti em todos os lugares, atiçando-me. Ao agarrar as minhas coxas, enrolei minhas pernas em sua cintura, puxando-o para mais perto.

— Consegue? — exigiu saber.

Joguei a cabeça para trás e ele atacou o meu pescoço, esfregando-se contra o meu centro. Ficar perto dele era estar em um perpétuo estado de excitação.

— Não!

O meu grito ecoou mais uma vez.

— Então é sim?

— Não...

Ele parou, olhando-me chocado:

— É um não?

Balancei a cabeça para os lados em negação, eu estava confusa demais.

— Não.

— Decida-se pelo amor de Deus, é um sim ou um não?

— Não sei...


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