Desculpa, eu te amo |taekook|

1- Eu sinto

minha primeira fanfic taekook escrita com muito carinho para vocês, espero que gostem!!

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Toda vez que você encosta os lábios na sua pessoa destinada, quando você a beija pela primeira vez, uma linha fina, uma pequena tatuagem de um fio vermelho surge no seu dedo e no dedo da sua alma gêmea, representando o laço que vocês carregariam para o resto da vida, a ligação de ambos como almas gêmeas.

Eu tinha sonhado minha vida toda em encontrar alguém que me completasse, não que eu me sentisse incompleto. Porém, queria achar a pessoa que fizesse parte da minha vida e que de alguma forma fosse minha luz em momentos inseguros, que me ajudasse a enfrentar todas as coisas que a vida tendesse a seguir.
Sonhava com o dia em que eu olharia para a pessoa certa e pensaria: é ela.

No entanto, nunca as coisas são como esperamos.

Eu jamais desejei me apaixonar por ele, jamais desejei sentir o que sentia, eu apenas queria, no fundo, que ele fosse minha alma gêmea, que ele fosse a pessoa destinada para mim, mesmo sabendo que aquilo era impossível.

Nos conhecemos no fundamental, ele era o aluno novo desengonçado que carregava um sorriso quadrado, o mostrando para todos. Ele era a vida, a alegria, e pareceu feliz quando eu me dispus a mostrar a escola para ele. Nunca tinha visto alguém ficar tão feliz com a minha companhia.

Não demorou muito para ele se tornar o que foi por muitos anos para mim: meu melhor amigo.

Todos os dias ele chegava de manhã com um sorriso no rosto e tinha uma história nova para me contar, ele dizia que eu combinava mais quando estava rindo...
O tempo foi passando e nos aproximamos cada vez mais, sentávamos juntos nas aulas e matávamos outras escondidos no parque atrás da escola. Ele fazia eu me sentir vivo, me fazia acreditar que tudo que eu quisesse era possível, que minha felicidade estava ali, a apenas um passo de mim.

Conforme fomos crescendo as coisas não mudaram.
Gostávamos de dividir nosso dia a dia, íamos na casa um do outro, passávamos tardes enfiados no quarto enquanto riamos de algum filme idiota e brega de comédia romântica que eu escolhia. Ele aceitava os filmes que eu colocava, mesmo que não gostasse muito do conteúdo.
Sentávamos lado a lado e muitas vezes eu encostava minha cabeça na barriga dele, me apoiando, feliz quando ele erguia a mão e me fazia um cafuné. Vez ou outra, no meio do filme, eu gostava de olhar para cima e ver a forma como seus olhos ficavam concentrados na cena e sua boca levemente aberta, ele também tinha uma pintinha no nariz e eu me perdia olhando para ela.

Ele sempre ia direto para a cozinha quando acabávamos o filme, vasculhava os armários e pegava algum doce ou salgado que estava com vontade de comer. Minha mãe nunca reclamava, ela fazia todas as vontades dele. Na verdade, todos na minha casa gostavam dele.
Meu irmão mais novo ficava feliz quando ele aparecia para jogar com a gente e minha irmã mais velha gostava de implicar com ele.
Minha mãe sempre —sempre— fazia os doces preferidos dele e ria quando ele insistia em tomar café com ela, mesmo que ele não gostasse do amargo e sempre fizesse uma careta de desagrado quando o líquido tocava seus lábios, ele só gostava de ficar ali, conversando comigo e minha mãe.

Eu também gostava —e ainda gosto— da família dele. Ele morava sozinho com o pai e quando eu ia na casa dele sentávamos os três em frente à tv e víamos algum programa estranho que o pai dele escolhia. Era engraçado a forma como ele fazia um pequeno bico com os lábios e pedia para o pai mudar de canal.

Eu sabia todos os detalhes sobre ele.

Ele amava literatura, as vezes era até difícil de acreditar...
Com seu corpo esbelto e sorriso descarado, ele tinha um jeito tão intelectual que poucas pessoas conheciam..
Mas ele amava ler, sempre ficava feliz quando eu lhe dava um livro novo de presente.
Eu gostava de ir na biblioteca e escolher um livro para ele, as vezes eu ficava horas olhando para as prateleiras e pensando qual nova história ele gostaria.