Capítulo 1

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       Era uma bela manhã de sexta-feira. Eu acordei muito cedo, tipo de coisa que eu não costumo fazer, porém, eu estava ansiosa pois tinha marcado com meus amigos para acampar-mos. Dei um pulo da cama e corri ansiosamente até meu guarda-roupas para arrumar minha bolsa; estava em nossos planos passar somente 5 dias acampando. Coloquei as coisas necessárias na bolsa e levei junto uma barraca. Comi, fiz minha higiene matinal e peguei um ônibus rumo a casa de Emily, uma das amigas com quem eu havia marcado de acampar. Depois de longos minutos eu cheguei a casa de minha amiga; que me recebeu com um abraço e disse

-Oi Amy! Que bom que você chegou em segurança minha amiga! Eu "tô" muito ansiosa para irmos, esperei tanto por este dia! Tenho absoluta certeza de que será marcante

Retrubuí o entusiasmo com uma risada leve. Entramos no carro dela e fomos em busca da casa de nosso amigo Jack, onde se encontravam ele e Josh, nosso outro amigo. Por mais que eu estivesse entusiasmada pra ir, algo me deixava preocupada, nem me perguntem o que era, eu não sabia, só estava com um mal precentimento; chegando na casa de Jack, os meninos entraram rapidamente no carro dizendo

-Vamos nessa! O acampamento maluco nos espera!

-Isso aí!

Exclamaram eles, rindo. Logo em seguida, Emily nos disse que a viagem demoraria um pouco, pois era longe. Eu conhecia poucas florestas aqui nos Estados Unidos, mas ela disse que essa era conhecida por pouquíssimas pessoas, e revelou que havia escolhido o lugar por ser mais "desafiador", ela amava histórias de terror e estava super animada para contá-las para nós. Viajei em meus pensamentos por um tempo e, quando eu menos esperei já estávamos no finalzinho do caminho; parei um pouco pra apreciar as paisagens maravilhosas que podiam ser vistas através do vidro do carro, ver a cidade e os prédios ficando para trás e a natureza e as plantas tomando conta foi incrível! Depois de 1 hora e 30 minutos de viagem, chegamos na floresta, para quem tanto estávamos ansiando. Eram 9 horas da manhã. Rapidamente começamos a armar as barracas e nos aconchegar por alí; eu logo me encantei pelo lugar e quis desbravar aquilo que me pareceu tão chamativo, avisei a todos que iria passar um tempinho andando pelo lugar e eles concordaram, peguei minha câmera e fui andando floresta a dentro. O canto dos passarinhos era magnífico, morava na cidade desde que nasci, tive poucas experiências de aproveitar a natureza em minha vida, mas todas as que tive valeram a pena; o cheiro de raízes iria aumentando a cada passo que eu dava, como se árvores estivessem sido arrancadas naquele exato momento. Olhei para trás e espantei-me com a quantidade de passos que já tinha dado, e não só por isso, eu percebi estava completamente perdida! Não fazia a mínima idéia de como faria para voltar para meus amigos, eu só queria gritar, mas sabia que aquilo não seria possível, eu tinha medo de que algum animal me atacasse, alí, sozinha e indefesa, me vi completamente desesperada, de repente, senti uma lágrima deslizar por minhas bochechas, e começei a chorar silenciosamente andando por aquele lugar, que num piscar de olhos, passou de lindo e encantador, para monstruoso. Em um movimento rápido, como um piscar de olhos, uma espécie de rede  me envolveu, me levantando até 1m de distância do chão, comecei a gritar loucamente dizendo:

-Me tirem daqui! Socorro! Socorro! Eu não quero prejudicar ninguém, por favor, poupem minha vida!

Logo em seguida ouvi passos calmos e sorrateiros vindo ao meu encontro. Era um homem de aproimadamente uns 1,75m de altura, de aparência asiática, e de uns 30 anos, com roupas de couro, mas, que não deixavam de ser estilosas, e com uma espécie de casaco da pele de algum animal; ele apontava uma faca pra mim e dizia:

-Ora, ora, o que temos aqui

-Por favor me poup...

Ele corta minha fala e imediatamente me repreende

-Cale-se! Você vem comigo!

O medo tomou conta de mim, eu não podia dar nem mais uma palavra, minha língua estava emperrada. Senti uma ferroada em meu ombro e de repente apaguei por completo. Quando acordei, estava em um local estranho, numa espécie de "tenda" bem aconchegante por sinal; minha visão ainda estava embassada, mas eu podia ouvir muito bem, então consegui entender o seguinte diálogo:

-Onde você encontrou essa garota? Viu a cor de seus cabelos?

-Ela foi pêga pela armadilha, e sim, vi

-Você pôs a aldeia inteira em perigo! Já pensou se as pessoas descobrem que tem uma menina com cabelos de fogo aqui? Seu imbecíl! Devia ter matado-a! Será possível que não pode cuidar nem de uma garota indefesa?

-Vamos ver o que o líder vai decidir!


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⏰ Última atualização: Mar 28, 2020 ⏰

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