Era uma parede branca e sem graça, algo que não tinha uma história e nem um ponto de vista curioso.
Apenas uma parede branca.
Mas isso tinha que acabar. Uma parede merecia uma história, cor, vida, algo para contar.
Então comecei a pintar com um pincel velho, que já tinha muitas histórias para gritar ao mundo.
Jogava palavras belas ao ar, enquanto ajudava a escrever uma história para a parede branca.
Quando soltei o pincel, meu rosto formou um belo e enorme sorriso, um par de olhos brilhando para a superfície, uma sobrancelha arqueada, um corpo aquecida por paixão.
Quando observei, não era mais uma parede branca. Agora tinha uma história a falar.
Não era apenas uma parede branca.
É uma parede azul.