chapter four.

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Acho que vocês devem estar se perguntando: "O que o Deku fez você pensar?" É simples. O maior dos problemas é a guarda da minha filha. Eu poderia pedir demissão do segundo inferno, mais conhecido como emprego e ir para a agência do Midoriya. O Kirishima já teria todas as provas necessárias e acionaria a polícia. Pronto! Ela teria a fama que sempre sonhou e eu teria minha filha. Acho justo.

Eu sei, vocês devem estar pensando que isso é óbvio demais, mas o melhor eu deixo pro final.

Só de imaginar que terei uma vida normal longe daquele monstro sem vida, arrogante, egocêntrico, manipulador e demoníaco era incrível. Libertador, eu diria.
Se você não está achando que isso é muito, se coloque no meu lugar! Imagina você ter que conviver com uma pessoa que você nunca desenvolveu o amor, somente uma paixão, e essa pessoa te odeia e deseja todo o mal para você? Isso é péssimo!

Eu que sou o rei da arrogância e grosseria não aguento essa mulher. Ela é outro patamar de maluquice. Ela é doente.

Vocês vão entender mais para frente o verdadeiro problema. Eu te garanto, não é nem metade disso.

Voltando a realidade, voltei para o trabalho. Até que o dia foi tranquilo, sem nenhum ataque. Tive que ficar escrevendo uns relatórios. Essa é a parte mais chata de ser o segundo melhor herói. Aposto que o All Might não gostava disso. Aposto também que ele está orgulhoso de mim, Kirishima, Todoroki e Deku. Nós evoluímos como pessoa e herói e hoje somos quem somos.

Ah, vocês não sabem da história, não é?
Um vilão que estava causando caos em várias cidades do Japão, chegou a nossa. Sua individualidade era se transformar em qualquer coisa que já tivesse tocado. Então ele se disfarçou, entrou no prédio que All Might estava e o matou. Isso foi há uns cinco anos, mas até hoje, nos lamentamos por não termos feito nada.

Fui para creche de minha filha e voltamos para casa.

Fizemos a mesma coisa que fazíamos todos os dias: brincar e ler uma história.

Comi um hambúrguer e fui dormir.

Acordei com o meu telefone tocando. Eram 3:49 da manhã, quem poderia estar me ligando agora? Era Todoroki.

- O que você quer, meio a meio?!

- Vem pra agência do Midoriya, agora?!

Me arrumei correndo. O que poderia estar acontecendo?!

- Graças aos céus que você chegou! Já que temos todos do projeto de heróis da 1-A aqui, eu posso começar. Temos que viajar para os Estados Unidos. Fomos contratados para destruir um vilão que supostamente não matamos. - disse Deku.

- Tá, mas quem é!? - já estava ficando irritado.

- Shigaraki Tomura.

- O QUE?! - gritei - Impossível. Eu atingi a maior explosão da minha vida na cara daquele babaca! Como ele pode estar vivo?!

- Também não sabemos. Façam suas malas. Partiremos hoje às 21:30. Estejam no aeroporto às 18:00. Encontro vocês lá e no avião dou mais detalhes.

Fui para casa. Estava atordoado. Como ele pode estar vivo? Eu matei esse cara. É impossível.

Arrumei minhas malas e voltei a dormir.
Acordei umas 16:40 para brincar um pouco com minha filha e me despedir.
Às 18:00, fui para o aeroporto.

- Estão todos aqui, não é?

- Sim, cabelo de alface. Você sabe disso. - disse, irritado.

- Vamos fazer check-in e esperar pelo avião. - Todoroki disse.

Fomos esperar o avião em um lugar indicado para ficar. Nós iríamos viajar de primeira classe. Graças aos céus, sem ninguém que eu odeie, sem crianças gritando... na maior paz.

- Gente, a quanto tempo vocês estão sem beijar? Eu sei, vocês todos são casados, mas é normal eu não beijar há mais de um ano? - Kirishima perguntou.

Por quê? Do nada! Eu realmente não quero responder.

- Umas horas. - Todoroki disse.

O meio a meio se casou com Yaoyorozu. Eles são maneiros juntos.

- Umas horas também. - disse Midoriya corado, como sempre.

- E você, Bakugou?

- Pra que responder?

- Pra que eu não ache que estou doido!

- TRÊS ANOS, OK?! - gritei.

- Três?! - os três gritaram.

- Sim. Vocês dizem como se não soubessem do meu relacionamento horrível com a Lia.

- Mas eu achei que você saísse e beijasse outras pessoas. - disse Kirishima.

- Não faço por respeito à minha filha.

- Tudo bem. Tudo bem. Mas é normal o que eu disse?

- Tirando que você é totalmente sociável e sai o tempo todo, sim, é normal.

- Credo, Bakugou!

- Tá, tá. É normal sim.

Finalmente terminou esse assunto. Nunca me senti confortável ao falar de assuntos românticos.

Um tempo depois, entramos no avião e comecamos a voar. Foi uma viagem tranquila, mas tivemos que fazer escala na Espanha.

Estados Unidos. Achava que fosse um país de pessoas ignorantes. Eu estava certo. Mas é um país bonito.

Nos hospedamos em um hotel e tive que dividir um quarto com Kirishima para ficar mais barato. O primeiro dia de investigações iria começar.

Além da Vida - Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora