Cinco

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"Cupido não é uma mentira, a flecha recebeu seu nome nela
Ooh sim
Nunca perca um amor e se arrependa disso
Ooh
Abra sua mente, limpe sua cabeça
Não tem que acordar numa cama vazia
Compartilhar minha vida, ela é sua para manter
Agora que eu dou a você tudo de mim..."

Meus olhos se abrem, meu corpo todo acorda, meus músculos se contraem, espreguiço-me, mas a vontade de levantar desta cama é zero, antes eu tinha ao meu lado um ser magnífico, hoje sou apenas eu, e sabe lá até quando irá ser só eu, talvez pro resto de minha vida, pois eu me recuso a conhecer qualquer outro tipo de pessoa ou criar qualquer tipo de atração por outra. Fico na cama por uns breves minutos, pois ainda tenho também em minha mente que sou capitão, não devo dar a mim essa vontade de ficar o resto da minha vida em uma cama, e foi ai que decidi levantar. De banho tomado visto minhas roupas de couro, o calor está a quase me matar com essas roupas, mas o calor não me incomoda, não me incomoda essa sensação de ardência, apesar de preferir o frio e não me incomodo nem um pouco com minhas roupas, gosto de estar bem vestido. Saio de meu quarto e já vejo meus tripulantes trabalhando ardentemente como sempre, avisto Hoseok vir em minha direção.

- Bom dia Capitão.
- Bom dia dia Hoseok.
- O capitão demorou a se levantar, bom e eu não quis atrapalha-lo, estamos a cem metros da cidade Velha capitão.
- Ótimo, vamos descer nela como havia dito, pegar armamentos, melhorar algumas coisas no Piazza, e ficar no máximo dois dias.
- Certo capitão.

Quem vera a tripulação Piazza ao longe, diria que fizeram uma linda estátua do próprio capitão Jeon Jungkook, mas de perto iriam ver que é apenas o próprio, Jungkook não tinha mais vida praticamente, sempre estara ali, olhando pro mar, hipnotizado, só piscava os olhos pois os comandos do corpo eram automático, mas ele não movia um músculo se quer do seu corpo, para ele só não estara tudo completamente acabado, pois havia sua tripulação. Ele achara tudo aquilo uma tremenda palhaçada do destino, a primeira pessoa que ele se apaixonara, que ele entregou todo o seu amor e desejo, tudo o que havia nele, até mesmo a maldade que nele habitava, ele deu aquele tritão, tudo por amor, tudo por que o queria ao seu lado para a eternidade, até ficarem velhos e morrerem, mas ele fora embora, sem pensar duas vezes, Jeon se perguntava o por quê? O por que de ele nem ao menos quis ficar ao redor de seu barco, mas nunca passara na mente do capitão que talvez Jimin não o amava, ou que ele apenas gostava de sua vida de tritão, de ir pra lá e pra cá com sua cauda, de viver no mar com seu irmão vivendo a vida de tritão que ele tem, que por sinal Jimin amava, mas o que Jeon estava fazendo em apenas duas semanas que Jimin havia partido, era apenas existir, e fazer seus trabalhos de capitão, porque seu coração para ele havia parado e ali só estava sua alma, uma alma angustiada, triste, não era apenas duas semanas, eram dias e dias sem Jimin, ele imaginava se ele havia encontrado um amor tritão pelo mar, ou uma sereia, o que Jungkook mais pensava era que ele estava completamente apaixonado por um homem, e tritão, mas ele não ligava, ele só o queria, e se o amor dele foi dado a um homem, que se foda, o importante é amar, o importante era ser feliz, apesar de seus ensinamentos dado do seu próprio pai era se casar com uma mulher e ter filhos, Jeon não se sentira triste em mudar totalmente o rumo de sua vida, pois para ele, você mesmo faz suas escolhas, você que irá viver sua vida, então a vive da maneira como desejar, sem julgar ninguém, e apenas respeitar a felicidade do próximo.

                              ♤ 

Pelo menos nas ruas da cidade Velha Jungkook moveu seus músculos para ao menos se locomover, ele acenava apenas com a cabeça para todos, ele não os cumprimentavam com as mão como sempre o fazia, apenas a cabeça ali bastava para o capitão Jeon.
- Marido!
- Diná. -responde simplista, era percetível que Jeon não tinha vontade de nada, e aquela alegria que ele sempre tinha, também estava em falta.
- Oh pobre Jeon, eu lhe avisei, é o destino, tinha que acontecer.
- Eu sabia que não tem como esconder nada de você, eu só não entendo como o destino pode ser tão cruel e rude comigo, é pelas vidas que já tirei? Ou seria por eu não seguir totalmente os conselhos de meu pai?
- Nenhum dos dois meu belo capitão, é apenas o destino, ele é assim, por isso se chama destino.
- Não quero mais amar ninguém, não fui feliz, o destino não quis o meu primeiro amor, morreu como a flor ainda em botão, deixando espinhos que dilaceram meu coração.
- Mas saiba bom capitão, o amor é uma força que transforma o destino, o destino é só uma ponte que você constrói até a pessoa amada, mas tenha cuidado com o destino, pois ele costuma brincar com as pessoas.
- Ele ja deve está a brincar comigo.
- Ou não meu capitão, ou não. Segue o teu destino, rega tuas plantas, ame tuas rosas, o resto é a sombra de árvores alheias.
- Minha querida Diná, na sincronia entre coincidência e destino, cá estou eu à espera de que esse amor não seja simplesmente um acaso. Bom vou indo, tenho que passar na loja de Krystal e ainda alugar um quarto para estas duas noite.
Pego a destra da mesma e a beijo.
- Até amanhã meu capitão, tenha um bom descanso hoje a noite.
- Igualmente minha querida.

Desejo Trêmulo (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora