Cap.3

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POV'S-BECKY

Acordo ao som do meu alarme, a música "Fine line" estava tocando. Sinto os braços de Brandon em volta de mim e me sinto segura, mas tenho que desligar o alarme, se não além de acordar a gente, minha mãe também acorda. Tiro seus braços com delicadeza em volta de mim e desligo o alarme, fazendo a música parar.

Pego meu celular e vou no twitter ver umas bostas e falar bosta.

Brandon estava dormindo feito um anjo, como sempre, mas nunca iria admitir isso. Não mesmo, seu ego já era inflado, com isso, iria pareceruma bexiga.

- Brad acorda, a gente precisa se arrumar para ir- falo o remexendo, na tentativa de o acordar.

- Hm...- Brandon resmunga com uma voz rouca- Vamo ficar aqui mesmo vai, tá o maior frio.

- Acorda logo pequeno gafanhoto, uma jornada nos aguarda- bato o travesseiro em sua cara várias vezes.

- Você é um pé no saco cara, puta que me pariu viu- ele tenta se defender dos meus golpes fatais mas eu sem querer o acerto forte demais. Eu paro logo quando percebo, pois o mesmo fica parado por um tempo.

- Brandon? Você morreu?- falo tirando o travesseiro da cara dele lentamente.

- Eu não... Mas você vai- ele dá um pulo da cama, me pega e bate o travesseiro na minha cara. Eu fico rindo e ele me faz ameaças de morte. Tento sair de perto me rolando na cama, mas acabo caindo no chão.

- A gente tem que parar de tentar se matar, uma hora vai dar certo- ele ri e me ajuda a levantar do chão, felizmente só tem um vermelho no joelho, que mais tarde, se faria um hematoma- Sério, uma hora a gente vai acabar um com o outro.

- Vamos se arrumar então- ele me dá um empurrãozinho para a direção do banheiro, e eu fecho a porta.

Tomo um banho bem rápido, escovo os dentes, uso o banheiro e saio do mesmo. Encontro brandon terminando de se trocar.

- Tudo certo lá? Posso ir?- Ele fala apontando para o banheiro e eu assinto, que o faz ir para o mesmo.

Vejo as opções de roupa que tenho para hoje, como está fazendo um frio tenebroso, escolho uma calça mais confortável e moletom. Assim que termino de me vestir, vejo Brandon no batente da porta, me olhando

- Que susto seu tarado- jogo uma camiseta nele e ele a pega, rindo.

- Tá bonita, vai para um desfile ou o ensino médio?- ele fala jogando a camiseta no chão e ficando atrás de mim no espelho, se olhando também.

- Você também tá todo embelezado meu querido, não vem falar do mal lavado se você ta sujo bb- fslo terminando de passar meu gloss

- Tá pronta?

- Tô sim, pronto?- me viro para ele.

- Pronto.

- Então bora lá, primeiro dia de escola fora do Brasil- nós damos um soquinho, pegamos as mochilas e vamos para a cozinha comer algo bem rápido, pois já sao 7:30. A sorte é que a escola é aqui do lado, se não estávamos fodidos. Pego cereal e um pote.

- Maçã?- ele pergunta e eu jogo uma para ele.

- Leite?- estendo a mão

- Qual dos dois?

- O do seu pai, aquele gostoso- ele ri mas me dá a caixa de leite.

Terminamos de comer em minutos e pegamos as bikes que estavam na garagem. Ontem eu fui limpar a minha, mas só por precaução, já limpei a de minha mãe, por que sei como Brandon escolhe horários aleatórios para sairmos. Uma vez eram 3 da manhã e ele me mandou mensagem dizendo que estava no meu jardim, sentado na beira da piscina pois não conseguia dormir e não tinha nada que ele quisesse para comer na casa dele. Brandon é assim, mimado e quer o quer quando quer, e eu acho que eu acabo sendo um pouco também. É a convivência, nós acabamos se acostumando com o jeito e a rotina de um do outro.

- CALMA, NÃO SAI DAÍ- eu grio e volto correndo para casa, depois de segundos volto e subo na bike.

- O que você foi fazer?

- Esqueci do bilhete da minha mãe, mas agora já resolvi, bora- dito e feito, assim que termino de falar, nós já estamos apostando corrida para ver quem chega primeiro na escola.

Acho que já deveria avisar o que seria o bilhete da minha mãe. Basicamente, quando eu tinha uns 5/6 anos, minha mãe me falava que sempre antes de meu pai ir trabalhar, ele deixava bilhetes para ela, expressando seus sentimentos. Mas não se enganem, não eram sentimentos de amor, era ódio... puro ódio. Minha mãe chegou a me mostrar um que ela guardou durante anos pois queria se lembrar do poço que escalou. Eram palavras horríveis, desde então, sempre antes deir para a escola, eu a escrevo um bilhete falando sobre o quão grata eu sou, como a amo ou como é bonita. Minha mãe é tudo na minha vida e minha única família além de Brandon e Seus pais. Por isso, quero que ela saiba disso. Não irei abandoná-la, não sou meu pai (já deixando avisado que nós queimamos esse bilhete e qualquer resquício de lembrança física que remete meu pai).

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