O acaso

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Meu nome é Noah Srbeck. E vou contar a partir daqui como começou a minha paixonite aguda pela menina solta.
Era fim de ano. Minhas notas estavam boas. Eu não era de me gabar. Mas me esforçava pra ser o melhor. O que era estranho prós meus amigos que só queriam saber de zuar. Mas eu levava a sério meus estudos por conta do meu pai. Um dia ainda vou contar mais sobre ele.
No último dia de aula. Estava feliz. Sabia que conseguiria uma boa faculdade quando me formasse. Tinhas muitos planos. Mas sentia que algo faltava. Alguém pra compartilhar. Alguém pra se alegrar junto comigo. Alguém além da minha mãe e minha irmã.
Sai da escola e fui direto pra casa. Para todos era um dia liberal. Onde podiam festejar e comemorar o fim do segundo ano letivo. Mas eu estava sem ânimo. Pra mim aquilo tudo era vazio. Precisava de algo verdadeiro. E não passageiro. Acho que era um dos poucos garotos da minha idade que pensava assim.
Eu não era o tipo nerd. Mas também não era aquele cara largado. Eu levava as coisas a sério. Também sei a hora de zuar. Mas os meus amigos não sabem a hora de parar. O ano inteiro. Era festa. Festa para comemorar aniversários, festa para comemorar halloween, festa para comemorar natal, festa para comemorar festa, etc.
Cheguei em casa. E logo veio o Conan pulando em mim feito louco. Era um dos meus melhores amigos. Meu labrador. Tinha quase crescido com ele.
Fui até a garagem peguei minha prancha e fui surfar.
Era muito melhor pra mim comemorar assim. Depois de algumas ondas, percebi que o mar não estava cooperando comigo. Então sai um pouco e resolvi ir num restaurante ali na beira da praia.
Chegando lá vi uma garota muito linda. Tinha cabelos castanhos meio avermelhados. Seus olhos eram castanhos escuros que se clareavam com a luz do sol. Sua pele clara e seu corpo desenhado com curvas perfeitas. Ela me olhou brevemente. E fomos até o balcão praticamente juntos.
- quero um milk shake de creme com Nutella e morango. – dissemos em uníssono. E rapidamente nos olhamos incrédulos.
- não, Isso não pode ser possivel!!! – afirmou ela dando uma gargalhada incrível e espontânea.
- não mesmo! – concordei rindo com ela.
- não acredito que pedimos a mesma coisa. – disse com uma sorriso se recompondo do estranho acontecido.
- com certeza eu também não. Mas gostei disso. Qual seu nome ? – perguntei bastante interessado.
- Giulia. – disse estendendo a mão. – e o seu ?
- Noah Srbeck. – sorri. – interessante sua pulseira. – disse quando peguei sua mão olhando seu pulso recheado de pulseiras.
- obrigada. Essa é a minha preferida. Sou uma colecionadora nata !
- como assim ? – achei que era uma coleção diferente e queria entender.
- eu gosto muito de viajar, então sempre que viajo. Eu levo uma comigo.
- nossa. Isso é bastante intrigante. Gostaria de fazer isso. Mas não sou muito de viajar.
- não gosta ?
- gosto sim. Mas não sozinho!
- e não tem alguém alguém pra viajar com você ?
- bom... Eu ... – quando ia completar a frase um garoto a chamou . Era alto. Moreno. De boné preto e um olhar bastante sério em minha direção.
- oi Bruno? – ela respondeu
- estava te procurando. Os garotos já estão indo pro hotel almoçar. Vamos!
- sim sim... Claro. – ela disse saindo mas eu a segurei.
- vai ter uma festa na praia com uns amigos. Aparece lá !
- qual parte da praia.
- tá vendo aquele farol lá na frente?
- sim. – ela disse inquieta.
- me encontra ali as 20:00
- tudo bem. Vou ver se consigo ir. – disse e saiu. Sinceramente senti como se nunca mais fosse vê-la. O garoto reclamou com ela sobre alguma coisa. E ela olhou pra trás antes de continuar.
E foi aquele breve encontro que ficou gravado na minha cabeça desde então.

Menina SoltaOnde histórias criam vida. Descubra agora