.alice

the fifth alice

Na sinceridade, nem lembrava mais dessa fanfic, postei ela em 2017 no ss, apaguei, e nunca mais dei bola.
Fui lembrar hoje escutando a musiquinha lá do vocaloid.
Ela foi feita pro Halloween, but vou postar agora porq sim.
Foi minha primeira vez escrevendo algo "terror/suspense", então provavelmente tá uma uma merda.

De qualquer maneira, espero que vocês gostem!
Boa leitura <3

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Droga, droga, droga! Mil vezes droga!

Os olhos voltaram a lacrimejar, enquanto as pernas doíam, implorando por qualquer descanso. Aquela risada, aquela maldita risada voltou a ecoar pelas paredes finas daquele labirinto infernal.

Mais um grito ecoou. Desta vez extremamente alto, esganiçado implorando para que parasse de fazer aquilo. Um nó se fez em sua garganta e então colocou as mãos sobre a própria boca, evitando fazer qualquer barulho, assim que os gritos cessaram.

Queria ir embora, queria viver, queria acordar daquele sonho. Foi quando um barulho, semelhante a unhas arrastadas pelo quadro negro ecoaram pelo corredor onde estava. Prendeu o soluço assim que uma sombra apareceu ao longe, com um objeto parecido com uma faca que jazia em suas mãos.

Correu, sentindo as pernas reclamarem novamente e o coração bater acelerado quando uma voz extremamente melodiosa começou a ecoar pelas paredes daquele inferno onde se encontrava.

A primeira Alice era uma moça gentil. 

Com uma espada em suas mãos.
Cortando tudo o que via em sua frente.

Mas, de repente ela começou a vir ao chão.

Um rastro de mentira que não a deixava seguir.

Deixando ela louca, deixando de ser gentil.

Um velho louco que não a deixava ir.

A letra da melodia apenas contribuiu para seu horror quando encontrou um corpo esquartejado jogado no chão, com sangue por todas as partes. O resto da mão esquerda, permanecia próxima ao pé, segurando algo que mais se parecia uma carta de baralho. As unhas grandes, pintadas em um vermelho forte o fizeram reconhecer aquilo que restara de Jennie. Um valete de espadas, com o nome "Alice" escrito com o sangue dela. Essa era a carta da falecida. A primeira Alice.

E então a voz voltou a ecoar, dessa vez mais perto que antes, cantando de maneira suave.

A prendendo sempre no país das maravilhas.

Jogou aquela carta no chão, deixando que as lágrimas caíssem livremente pelo rosto já molhado. A luz extremamente fraca permitiu ver outro corpo jogado ao chão, desta vez inteiro.

A segunda Alice era um belo cantor.

Alegrando todos no país das maravilhas.

Com sua linda voz enfrentava até a morte.

Sempre com uma partitura em seu porte.