Wickedness

Santa

Notas Iniciais: Olá, espero que estejam se cuidando em meio à essa pandemia que nos restringiu a viver em normalidade. Venho aqui com uma nova história que tem seus bons tons promissores e que me agradou DEMAIS desde o primeiro segundo que construí seu plot há algum tempo atrás, espero que de imediato você que está iniciando essa história entenda que não desejo confrontar nenhuma religião e não quero mudar ou endossar opiniões sobre assuntos que soem como polêmicos, sempre tenho sensibilidade em retratar assuntos assim em minhas histórias e não seria diferente aqui.

Já de antemão deixo a sobreaviso que é uma trama diferente do que já retratei no wattpad, tem seus tons de polêmica e paira no politicamente incorreto, se não se sente ainda maduro o suficiente para suportar algumas divergências de valores, é bacana que não siga em frente, é um aviso claro e honesto para que futuros problemas não venham a acontecer, porque sua idade não implica em sua maturidade, mas a maturidade é necessária em tramas que destacam assuntos tão incógnitos e polêmicos.

Sejam bem-vindos a um universo novo, completamente diferente... e pecador.

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El Paso - Texas - 2007

Nunca foi novidade para ninguém a influência predominante da cultura mexicana sobre a cidade de El Paso na divisa dos Estados Unidos da América com o México. Bares locais, comidas típicas e a religiosidade e cultura provavam a quem se interessasse em saber que aquela cidade abraçava o povo mexicano e levava consigo muitos nativos e descendentes da região. Entre impasses de policiamento e a rigidez de presidentes que se sucediam no comando do lado estadunidense, gangues locais se formavam para serem dominantes das regiões mais interessantes daquela cidade, os Barrio Azteca saíram de patamares minúsculos de uma gangue de bairro, para um organização criminosa transnacional, iam além dos limites que poderiam designar como fronteira de um país.

Eram responsáveis por crimes como tráfico de drogas, assassinato, lavagem de dinheiro, tortura, tráfico de armas, roubo de automóveis, extorsão e contrabando de pessoas, que no atual momento americano acontecia ao montes. Pessoas em deplorável situação de vida, se submetiam a meios clandestinos para cruzarem as fronteiras debaixo de carros, se esgueirando em caixotes em meio a cargas e arriscando suas vidas em busca do sonho americano.

Haviam todos os pontos negativos sobre os Barrio Azteca para que qualquer ser coeso que tivesse o mínimo de prudência se mantivesse distante e não se aliasse a nenhum dos tatuados e tipicamente carecas membros de tal gangue, mas jovens no auge de sua inconsequência e loucura por um pouco de entretenimento não conseguiam resistir, e assim como eram terríficos, promoviam as melhores festas da cidade regada a bebidas alcoólicas, drogas e música latina, usavam desses eventos para monitorarem a área temendo que novas e pequenas gangues desafiassem sua soberania, assim como aproveitavam para ter presas fáceis de jovens colegiais e recém calouras das universidades locais, partindo do pressuposto de que ser um Barrio Azteca era puro orgulho e exibicionismo de poder.

Lauren Jauregui supostamente devia ser uma colegial obediente de administração na Universidade do Texas que ficava na cidade, mas suas ambições eram outras, vivia sobre regras nada glamourosas, desejava fazer exatamente o que qualquer idiota faria com 21 anos ao recém entrar na universidade, participar de algumas festas com seus amigos, beber um pouco e ir para aula no dia seguinte como se nada estivesse acontecendo. Filha de uma advogada criminalista e de um pai que sempre foi fissurado com futebol americano por tentar uma carreira que de fato não havia dado certo, ela havia crescido sob os olhos rígidos da mãe e sob o encalço de seu pai que encobria suas atitudes com uma facilidade teatral que sempre a tornava mais confiante de que nada que fizesse naquelas noitadas por aí pudesse dar errado.