Alamort

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Estou quase morrendo, Alamort. Sou uma garota tentando ser escritora, não de maneira profissional ainda, e meu maior obstáculo não é a concorrência e sim eu mesma. É como se eu fosse minha própria prisão, minha presença me incomoda e corrompe o resto da sanidade que tenho, cada dia é uma guerra contra a morte que bate à porta todos os dias e meu único desejo é que tudo acabe e meu coração pare.

Estou quase morrendo, a minha mente sucumbe aos pensamentos melancólicos e os sentimentos ruins invadem meu ser, sou incapaz de sentir inveja quando alguém morre, quando alguém finalmente atinge o ápice da existência humana. A morte é um favor aos vivos, no começo respirar é bom, mas depois não passa de uma tarefa indesejada, algo obrigatório que nos levará ao fim de qualquer maneira.

Estou quase morrendo, talvez a morte esteja perto por eu mesma ser meu carrasco, ou porque o destino irá me levar em breve, sinceramente não importa mais. Chega ser engraçado, como a vida e a morte brigam por mim, e particularmente eu prefiro a morte, porém a vida tem me dado pessoas importantes que fazem meu coração voltar a bater, até demais, me fazem voltar a ter vontade de cumprir meu papel como ser humano.

Estou quase morrendo, todos nós estamos, alguém morreu hoje e alguém vai morrer amanhã, isso faz alguma diferença? Se eu morrer, faz alguma diferença? Com certeza você pensou em alguém que ama e achou que sou uma pessoa horrível, não? Tanto faz. A morte e a vida não são ruins afinal, a vida é uma grande distração, como parques de diversão, mas alguns brinquedos matam. A morte, no meu ver, é linda, calma, serena, nos traz a paz e descanso, como eu infelizmente não tenho conhecimento sobre ela, o que posso dizer?

Acho que não estou morrendo, ou estou, não sei mais dizer. De qualquer for

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