1. Carência e Muitos Sentimentos

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#OAbanarDoAmor

🐶❤️

Errado.

Eu não esqueci Park Jimin. Muito menos "nunca" mais o vi. Meu pensamento estava tremendamente errado, e visto como eu sou completamente bobo, isso já era esperado por mim.

Uma semana se passou depois do meu contato social com Park Jimin, o loiro bonito que morava no apartamento do lado do meu e que sorria de um jeito bonito. Eu ainda estou de "folga" do trabalho, é sexta-feira, acabou de escurecer e estou jogando uma versão nova de Metal Slug, concentrando em não ser morto pelas infinitas múmias que me perseguem. E é na parte mais difícil da fase que escuto batidinhas na minha porta.

Minha cauda se levantou, e eu olhei na direção do barulho ao mesmo tempo, franzindo meu cenho.

Não passou do dia de pagar as contas, ainda. E eu não pedi nada...

Pausei meu jogo e me levantei calmamente.

— Quem é? — perguntei, um pouco acanhado.

É o Jimin.

Jimin...

O quê?

Me senti intimidado e confuso. Afinal, por que ele voltou? Eu não conseguia entender... ele precisava de ajuda de novo?

Esperei alguns segundos para minha cauda desaparecer e fui até a porta. Coloquei a touca, e abri a porta calmamente, olhando diretamente para Jimin dessa vez.

Ele está com um moletom grande de Shingeki no Kyojin. Minha cauda quase balançou porque esse é meu anime favorito, e eu nunca conheci alguém que gostasse dele também — corrigindo: eu nunca "vi" porque eu não conheço ninguém, mesmo. Jimin hyung também está sorrindo e me olhando de um jeito carinhoso, o que me deixa muito nervoso porque... eu meio que gosto do seu sorriso. E isso é ruim.

Por isso não hesitei em olhar diretamente para o chão, reprimindo essas sensações, que são boas, mas muito perigosas para mim.

— Posso ajudar, Jimin hyung? — murmurei.

— Dessa vez não, Jungkook. Eu só quis fazer alguma coisa pra te agradecer pela última vez — Jimin disse, e me surpreendi quando ele empurrou um potinho em minha direção. — Tem cookies e brownies aí. Eu sempre faço na casa dos meus pais, e modéstia a parte, são muito gostosos. Não precisa ter pressa em me devolver o potinho, tá?

Ergui minhas sobrancelhas. Olhei para o pote e senti mais daquela estranheza no meu peito. Minhas bochechas queimaram mais. Ele está me dando comida em forma de agradecimento?

— Não precisa... — eu disse, me perguntando se isso é algum tipo de agradecimento formal entre seres-humanos. Tipo, alguém te faz um favor, e você a alimenta. Será que é isso? Meu pai e eu nunca fomos sociáveis o bastante para receber comida das outras pessoas, então eu não sei.

Depois de negar, abri minha boca para me despedir, mas algo me fez parar. Foi ele. Jimin.

Jimin e sua mão que, muito de repente, segurou a minha.

Minhas orelhas levantaram, surpresas com o toque tão suave e quentinho. A mão dele. A mão dele está tocando a minha. Por quê?! Meu coração se encheu de surpresa, batendo forte, me deixando todo quente. Ele está tocando a minha mão! Por quê? Por quê?

Eu não sei, mas meu rosto está ardendo como se eu tivesse corrido no parque a noite toda.

— Poxa, precisa sim... eu fiz com muito carinho, tá? Vai, pega. — Jimin colocou o pote na minha mão, soltando-a. Prendi minha respiração. — Depois me diz o que achou, pode ser?

O Abanar do Amor {jikook}Where stories live. Discover now