É...oi? Bom, como começar? Ah, me apresentando, é claro! Meu nome é Korrina Sasaki, já viu alguma vez uma pessoa negra, sem nenhum traço asiatico, com um nome assim? Acredite, fiquei tão confusa quanto você que está lendo quando era mais nova, mas não se preocupe, eu irei explicar. Continuando, eu tenho 21 anos, 1,70 de altura, sou filha de uma Angolana e um Coreano, e sou Sul Africana nativa, loucura né? Ah...o que amor não faz, não é mesmo? Eca. Sou uma amante de dança, basquete, rugby, e música. Modéstia a parte, sou muito boa em dança, eu comecei a dançar e a tocar violino muito cedo, depois veio o basquete, e depois o rugby. Pois é, tempo livre é um coisa que eu não tinha quando criança, a única coisa que não me ocupava muito era a dança, já que eu nunca fui em uma aula, sempre olhava outras pessoas e tantava copiar quando estava sozinha no meu quarto. Eu tenho uma irmã mais velha, a Chae, pra ser mais específica, Lee Chaerin, você deve a conhecer como CL, é isso mesmo, a dona da boate mais famosa de Seoul é minha irmã mais velha, na verdade, minha única irmã. "Mas como vocês duas podem ser irmãs, sendo que são tão diferentes?" Eu já perdi as contas de quantas vezes já me perguntaram isso ao longo da minha vida, mas não tiro a razão das pessoas em duvidarem, não é normal uma garota asiática ter uma irmã negra de sangue. Somos irmãs apenas por parte de pai, resumindo, uns anos depois que a Chae nasceu, meu pai traiu a mãe dela quando foi fazer um trabalho voluntário na Angola, sim, com a minha mãe. A mãe dela apenas soube disso, quando minha mãe ligou para o meu pai e contou que estava grávida, meu pai foi obrigado á contar para a mãe da Chae, é melhor eu falar CL para que você não fique confuso, enfim, eles se separaram e meu pai se mudou para a Angola, enquanto a CL ficou com a mãe. Ah, esqueci de um detalhe, minha mãe não estava grávida de mim, ela acabou por perder o bebê quando caiu da escada no segundo mês de gestação, ela engravidou de mim um tempo depois. Meus pais se comunicam através do inglês, é a única língua pela qual conseguem se comunicar, que foi uma das línguas pela qual eles me criaram, uma das. Lembra quando eu disse que iria explicar sobre meu nome? Bom, tem haver com meus idiomas de criação. Minha família por parte de mãe, sempre foi muito curiosa e aventureira, nunca ficavam parados, sempre queriam descobrir novos países, e isso gerou um número gigantesco de mestiços na minha família, pra você ter uma ideia, eu tenho descendencia não só Angolana e Coreana, mas também Brasileira,
Norte Americana, Fancesa, Indiana e Japonesa, e sou a primeira Sul Africana da família, mais um país pra lista. Em todo caso, não sei falar todos os idiomas desses países, ainda não, mas sei alguns, inglês, o básico de português, japonês e Coreano. Já deve ter reparado que meu nome é de origem japonesa, isso só aconteceu porque meus avós pediram para que quando minha mãe tivesse um filho, que colocasse um nome dessa origem em homenagem á minha falecida bisa, que era Japonesa.
Falei muito? Desculpe, infelizmente o meu maior talento é falar, muito, e quando me empolgo então, acontece isso. Bom, agora vamos aos dias atuais, nesse momento eu estou em um avião indo em direção á Coreia do Sul. Vou tentar explicar o poquê um pouco mais resumido.
Meus pais são ambos médicos, minha mãe é ginecologista, e meu pai é cirurgião plástico, mesmo com essas referências, nunca me interessei pela medicina, então quando acabei o colegial, não fiz nenhuma faculdade, apenas segui o que eu amava, aliás, uma das coisas que eu amava, e ainda amo. Me tornei treinaora de basquete, nas horas vagas eu trabalhava em um restaurante de um casal de brasileiros que ficava perto da quadra onde eu treinava minhas turmas. Eu ganhava bem até, mas nunca saí da casa dos meus pais á pedido deles, mas isso não ia durar pra sempre, e eu estava economizando bastante dinheiro para poder morar em um apartamento, mas claro, sem eles saberem. Em um dia eu cheguei em casa e ví um monte de malas sendo retiradas do quarto de hóspedes e sendo colocadas no meu quarto pela minha mãe, tinha acabado de voltar do restaurante, fui liberada mais cedo então quando voltei, ainda estava de tarde, umas 17:30pm se não me engano. Vou resumir nossa conversa
-Mama? O está fazendo?
-Você vai pra Seoul.
-...mama...você não esqueceu de tomar seus remédios hoje, esqueceu?
Depois de ter tomado um belo tapa pela brincadeira, minha mãe não aceita que já está um pouco velha, ela disse que iria esperar meu pai chegar para me explicar melhor. A noite caiu e meu pai chegou em casa, a primeira coisa que eu falei pra ele foi "COMO ASSIM SEOUL?". Enfim, ele me explicou que minha irmã queria que eu fosse passar uma temporada com ela, já que não nos viamos há muitos anos, apenas por chamadas de vídeo, nos vimos quando eu era pequena, que foi nossa primeira e última vez juntas físicamente e que fui pra Coreia do Sul, eu tinha 10 anos e ela 18. Nesse período eu fiz duas amizades muito importantes pra mim, conheci dois seres chamados Jimin e Taehyung, os conheci ao mesmo tempo em uma praça, eles vinheram até mim falando que o meu cabelo parecia com um noodle, mas eles não falaram por mal, e até pediram desculpas depois porque a mãe do Jimin estava com os dois e disse que não podiam falar isso. Eu e a Chae, digo, CL, apenas rimos da situação, e eu disse que estava tudo bem. Enfim, continuamos mantendo contato pelo celular, por incrível que pareça, nunca paramos de nos falar, e sempre dizia que estava louca para os ver novamente, e eles diziam o mesmo. Durante esse tempo, eles me apresentaram outras pessoas virtualmente, e peguei bastante intimidade com eles também. Voltando á CL, após ele me explicar isso, eu liguei pra ela apenas para entender melhor, nunca fomos muito próximas então não nos falavamos muito, mas ela me confirmou, e disse que queria isso justamente para ficarmos mais próximas. Ela me pediu pra ficar na casa dela, esse foi um dos motivos pelo qual eu queria recusar, não é por não querer ficar perto dela, eu quero, não quero é ficar perto do namorado estranho dela. Esqueci de falar dele, não é? Bom, ele se chama Seungri, eles namoram há anos já, e é um cara que eu prefiro manter distância, pelo simples fato dele me olhar estranho sempre que aparecia na minha chamada de vídeo com a CL, não sei explicar direito, é como se ele me devorasse com os olhos, cruzes.
Depois de muita conversa com meus pais e a CL, eu aceitei ir, com tanto que pudesse ficar em um apartamento e não na casa da minha irmã. Quando contei pros meninos, eles simplesmente surtaram, e nem me deixaram falar direito porque ficavam pedindo a data e a hora que meu voô iria chegar, esses dois, não consigo descrever como os amo. Após muito choro dos meus alunos e meu, obviamente, eu estava no aeroporto agora escutando o choro da minha mãe, eu realmente estava muito ansiosa para a viagem, como será essa minha temporada em Seoul? Como será que vai ser ver o Tae e o Jimin pessoalmente depois de tanto tempo?
Eu não sei o que me espera, só sei que agora terei que esperar sentada durante 18 horas enquanto vejo alguns filmes e tento dormir, os meninos me pediram para levar meu violino, eles queriam me ver tocar pessoalmente, e CL disse que ia me levar para conhecer a boate, não sou muito de boate, mas como recusar um pedido assim? Agora é só esperar que as horas passem rápido para que eu possa finalmente deitar em uma cama e descansar, porque essa viagem vai ser bem cansativa.
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Impilo entsha.
FanfictionEu não sabia que ter aceitado visitar novamente Seoul me traria tantas surpresas, tantas experiências, tantas deceções, tantas...descobertas...tanto ruins quanto boas. Ainda não sei qual o meu futuro aqui, não sei nem se meu futuro está aqui, mas de...