Libertines

Prologo

O reino de Doreth era muito antigo, nasceu de uma pequena cidadela que elegeu um líder e lutou por seus direitos. Mas apesar de forte, resistente e ter muitos cidadãos, o reino era pequeno, sem estrutura, e quase extinguiu-se quando uma terrível praga assolou sua população.

Tal doença não escolhia seus infectados, crianças, mulheres, homens, idosos todos aos poucos começaram a sucumbir e cair mortos aos montes. Tentaram buscar ajuda com aliados próximos e distantes, mas apesar de a doença ter rapidamente se espalhado a todos os lugares, ninguém detinha da cura.

A doença lhes causavam febre, fraqueza no corpo e complicações respiratórias, que os fazia morrer sufocados e agonizando. A existência humana na terra estava ameaçada.

Desesperados por uma cura, diversos médicos e cientistas juntaram grandes grupos de voluntários e começaram a fazer experimentos para salvá-las. Mas quanto mais procurava, mais parecia que a resposta não existia, pesquisadores de grandes e pequenos reinos se juntaram a busca pela cura, procurando pelos meio menos usuais, até que um deles finalmente teve resultado. Naquele pequeno reino, a primeira chama de esperança surgiu.

Quando uma pequena criança, quase morta, teve uma melhora quase milagrosa.

Sem o conhecimento dos parceiros de pesquisa, o homem havia hibridado os genes da criança com os do alfa alcateia de lobos que rodeava a população. Observou por dias os grandes animais se aproximando da população, e apesar de estarem em relativo contato com as pessoas doentes o lobo cinzento voltava todas as noites, inabalável. Sabia que o que estava fazendo era arriscado, mas na primeira oportunidade que lhe surgiu, capturou o lobo e começou os testes na esperança que os genes do animais tão mais forte, mais resistente e aparentemente imune a doença, pudessem ajudar os humanos a não serem extintos.

E realmente aconteceu, o primeiro HGE ( Humano Geneticamente Evoluído - como inicialmente eram chamados) foi criado. Tudo parecia perfeito, o menininho ficou com uma ótima saúde e recuperou-se rapidamente, o cientista satisfeito aplicou a mesma técnica em outras pessoas. No entanto, pequenas orelhas e uma cauda felpuda surgiram na primeira cobia dias depois, e com o passar do tempo, todos que foram submetidos ao procedimento de hibridismo começaram a apresentar as mesmas mudanças fenotípicas. O que causou muitos estranhamentos e alarde, mas por hora, era a única forma eficaz de salvar a população. O geneticista cogitou para com aquele tratamento quando os HGE começaram a apresentar hábitos estranhos, hábitos lupinos. Coisas como: Andar nu, reconhecer uns aos outros pelos cheiros ficou muito comum entre aquela pequena parcela da sociedade.

Mas foi instruído a continuar quando a irmã mais nova do atual governante havia adoecido, apesar de explicar as mudanças que acarretaria a princesa, o rei foi irrevogável, faria de tudo para ter sua irmã viva, fosse como for. E como não detinha de poder para negar algo ao rei, continuou com seus trabalhos.

Pouco a pouca a doença começou a se extinguir, quando o pânico de perder seus entes queridos passou e os novos cidadãos HGE chegaram a cidade, iniciou-se uma grande estranhamento sobre as novas aparências e hábitos, com o passar dos anos esta situação só piorou, quando os primeiros bebês começaram a nascer híbridos a população percebeu que aquela situação iria se perpetuar por muito tempo, gostar dos HGE acabou sendo uma opinião pouquíssimo popular, e grupos de humanos começaram a fazer o que para eles era uma purificação da espécie, cada vez mais híbridos lupinos apareciam mortos.

"Morte aos libertinos." Era como chamavam-os, por sua falta de pudor e o fato de aparecerem desprovidos de vestimenta por diversas vezes, tal hábito quando visto por maus olhos, acarretavam em mais do que apenas assassinato.

A princesa preocupada com seus iguais, pediu ajuda ao irmão, que simpatizava com os libertinos, e mesmo sentindo pesar, não pode negar o pedido tão emergente da irmã.

Rapidamente, em meio a floresta que ficava ao lado do reino foi construída diversas casas, com a localização escondida dos humanos, em questão de meses todos os libertinos tinham sido realocados. Assim faz-se um local seguro para a nova espécie, em um local que atendia todas as suas necessidades tanto dos HGE quanto dos poucos humanos - companheiros dos libertinos - que também mudaram-se para o novo reino que era protegido por um grande muro.

A partir daquele dia, humanos e libertinos nunca mais se viram.

-----

Plot pelo perfil jikuuki

Este primeiro capitulo ficou curtinho, mas era necessário para uma melhor ambientação. Muita coisa ainda vem pela frente.

Espero que tenham gostado e que venham aqui novamente.