DandaraDeixo o quarto de Ramón ainda receosa e caminho pelo longo corredor, sem ter a mínima noção para onde ir. Ramón, me deixava assim completamente fora de órbita, boba e extremamente apaixonada a cada dia mais por ele. Estar com ele me despertava um misto de sensações que eu mal sábia explicar. O que para mim estava se tornando normal. pois, todas as vezes que estávamos próximos como agora pouco, eu sentia como se estivesse andando em nuvens.
Era amor! Eu amava Ramón Delano e não fazia mais questão nenhuma de negar.
Entro em meu quarto nas nuvens. Em seguida mando uma mensagem de meu telefone para dona Silvana, avisando que já havíamos chego em segurança na mansão.
Minha mãe era muito amorosa e mesmo que não estivéssemos juntas todos os dias de corpo presente, nunca deixavamos de nos falar por mais de dois dias seguidos.
Espero sua resposta que logo chega acompanhado de um conselho. "
"Cuide bem desses meninos, filha. Eles precisam de direção, Dandara. Mas, sem esquecer de você é claro!
Mamãe estará em oração. 🙏🏽
Bjs Te Amo "Sorrio com sua mensagem, deixando meu telefone num canto qualquer de meu quarto. Decido tomar um banho, talvez assim eu conseguisse domar um pouco as minhas vontades e desejos que ando tendo com um certo Delano.
Minutos depois decido ir até a cozinha para fazer um lanche, e passar o tempo até que desse o horário de acordar Rael. Como eu sabia que ele estava cansado, eu deixaria ele dormir um pouco mais.
Deixo meu quarto e caminho em direção as escadas e tão logo estou na sala de estar. Vejo Eliane com olhar assustado e escuto vozes alteradas vindo do escritório.
Reconheço a voz de Ramón.
E percebo se tratar de uma severa discussão entre pai e filho.— Céus! Qual é o motivo do impasse? — Indago curiosa chamando a atenção de Eliane para mim.
— Tem algo haver com Rael, pelo que consigui ouvir. — Diz ela me despertando ainda mais curiosidade.
E me ponho a escutar e tentar entender o por que de toda aquela discussão entre Ramón e Seu Raul. Acabo ficando tensa, ao conseguir compreender alguns pontos importantes da discussão e me dou conta que Ramón havia sido também negligenciado na infância.
Mas que família meu Deus! — Penso bufando em negação.
Depois de alguns minutos, Ramón deixa o escritório apressado e quando nossos olhares se cruzam sinto meu coração apertar, ao meu dar conta de sua feição derrotada e extremamente triste.
Ele estava sofrendo, era nítida a sua dor. Estava estampado em seus olhos.
— Ramón. — Me apresso a chamar por ele com aflição, ao ele passar por mim com rapidez ignorando completamente tudo que estava ao seu redor.
Ainda tento alcança - lo mas não tenho sucesso. Em seguida ele entra em seu carro e sai dirigindo feito um louco, em direção a saída da mansão.
Volto para o interior da mansão agoniada com tudo que estava acontecendo e sinto um medo terrível de que acontecesse algo de ruim com ele.
— Ele saiu Dandara? — Indaga Eliane ainda estática na sala.
— Sim. — Respondo pensativa. — Eu não gostei nada dessa discussão. — Completo preocupada.
— Pelo que os outros empregados falam, pai e filho nunca se deram bem. — diz com voz baixa.
— Eu só queria saber onde está dona Helena, numa hora dessas?
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Duologia Irmãos Delano - Detestável - Livro 2 (Degustação, na Amazon)
RomantikRamón de Delano, 35 anos, é um homem arrogante, cético e duramente marcado por traumas que o assombram por anos. Um homem que despreza tudo e todos ao seu redor, e se fecha diante de grandes fantasmas de seu passado. Sua vida se resume em gerenciar...