♡ Capítulo 56 ♡

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1 Coríntios 13:13Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor

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1 Coríntios 13:13
Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor.

  Depois de nove meses presa em um leito de hospital era tão bom poder ajudar nos afazeres de casa, pois enquanto a minha mãe estava lavando a louça, eu estava no andar de cima passando a vassoura no corredor.
 
  Haviam vários indícios de que aquele dia seria como os outros, no céu havia um Sol entre nuvens, uma corrente de ar fresca e pessoas andando de um lado para o outro, mas algo no meu interior pensava ao contrário disso. Eu tinha a sensação de que aquele dia marcaria minha vida para sempre e de certa forma isso me amedrontava um pouco, mas a certeza que prevalecia em mim era a de que Deus estaria no controle de tudo, por esse motivo mal algum poderia me abater.

  Ainda com aquela sensação que insistia em não me deixar, continuei varrendo tudo até que só faltava um cômodo daquele andar, o quarto de Cecília.

  A ideia de entrar lá depois de tanto tempo e não ver a minha irmã, que ainda não havia dado sinal de vida, trazia a tona toda aquela mistura de melancolia e saudades que eu vinha sentindo de tempos em tempos desde a sua partida. Apesar de todas nossas brigas, de todos os desentendimentos eu a amava e ela era a minha irmã, então seria impossível deixar de sentir a tua falta.

  Não havia um dia só em que eu não a incluísse em minhas orações, sejam elas a da manhã, tarde ou noite, ela sempre estava presente! Eu sempre pedia por sua vida e sempre era envolvida por uma calmaria repentina, mostrando que não importasse onde ela estivesse, Deus estava cuidando da Cecília.

  Por alguns minutos, simplesmente parei diante da porta que me daria entrada ao cômodo e encarei a fechadura, respirando fundo e pedindo forças a Deus para que eu não caísse em lágrimas. Não demorou muito até que a confiança tomasse conta de mim e sem pensar duas vezes eu entrasse no quarto.

  Ele continua igual a quando era habitado por sua dona, com a excessão de que agora estava cheio de poeira e sendo dominado pelas aranhas. O acúmulo de toda aquela sujeira se devia, provavelmente, ao fato de minha mãe não conseguir entrar lá sem que se sentisse culpada pela partida de sua filha, pois a verdade era que todos nós estávamos completamente arrependidos de tê-la deixado ir e não havia um dia se quer em que não quiséssemos que ela estivesse conosco.

  Após lutar contra as dolorosas lembranças de sua partida e diversos espirros, eu finalmente havia deixado aquele quarto limpo e cheiroso novamente. O lugar que antes estava obscuro, sujo e com a aparência de envelhecido, agora estava com a janela aberta para o ar circular, móveis limpos e com o doce aroma de lavanda.

  Tendo cumprido o meu dever, saí do quarto fechando a porta atrás de mim e coloquei os produtos encostados na parede, bem a tempo de ver o Richard caminhar em minha direção. Ele calçava um Oxford preto, vestia uma calça jeans preta e a sua camisa era uma social preta, totalmente abotoada e com as mangas até os cotovelos, seus  fios loiros e às vezes rebeldes estavam penteados para o lado, dando-o um ar mais sofisticado, entretanto o que me chamava mais a atenção era o lindo e delicado buquê de margaridas que ele trazia em suas mãos.

Princesa de Deus {Romance cristão}Onde histórias criam vida. Descubra agora