Você só pode morrer se eu te matar

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Antes de iniciar o capítulo final, quero pedir desculpas a todas as pessoas que leram e esperaram por uma continuação. Sei que fiquei muito tempo sem postar e nem sei se alguém ainda vai acompanhar o fim, mas acho justo dizer que aconteceram muitas coisas comigo nesse período e eu estava realmente sem tempo para nada. Mais uma vez, desculpem.

Quilia Teach

Doze dias depois

                Senti cada pedaço do meu corpo doer, a forte claridade me impedia de abrir os olhos. Será que eu tinha morrido e estava do ‘outro lado’?

Gemi.

                — Finalmente! — ouvi uma voz muito familiar soar abafada e distante e em seguida, passos.

Acho que eu não estou morta, afinal.

                — Quilia, você consegue abrir os olhos? — era a voz do Dr. Mondelez.

Consegui abrir os olhos e tentei focar seu rosto um pouco embaçado. Ao lado dele estava Henry, com a pior cara que eu já tinha visto.

                — Henry, quero que espere lá fora até eu examinar Quilia, vou avisar quando puder entrar.

                — Sério? Não tem nada nela que eu não tenha visto.

                — Henry!

Henry Cavendish

                Saí para o convés e avisei os homens que Quilia tinha acordado, todos comemoraram aliviados. Tinham sido os dias mais angustiantes das nossas vidas.

Esperei pelo tempo mais longo da minha vida, não sei o que o Doutor Mondelez tinha tanto para examinar que levava tanto tempo.

Caminhei pelo convés feito louco. Todos estavam apreensivos. Sabíamos que ela havia levado uma surra e quebrado alguns ossos, o Doutor também havia dito que ela tinha sangrado por dentro e que o machucado em sua coxa ia demorar muito tempo para cicatrizar.

Depois do que pareceram horas intermináveis, Doutor Mondelez, o médico Mouro que Edward Teach tinha em grande estima, mandou me chamar e disse que eu poderia conversar com Quilia por alguns minutos.

Entrei em seus aposentos e ela estava deitada na cama, imóvel com os olhos fechados. Estava um pouco mais escuro, uma vela iluminava fracamente o lugar.

                — Como está se sentindo? — sentei ao lado de sua cama e peguei sua mão pálida.

                — Quebrada, como se cada osso do meu corpo tivesse sido esmagado. Dói até para respirar.

                — Você vai ficar bem. — estava assegurando mais para mim mesmo do que para ela.

                — O que aconteceu com Melanie e os outros?               

                — Melanie ainda está presa. — eu tinha esquecido dela completamente nesses dias. — James e Rupert foram mortos e mandei afundar os navios com os homens dentro, trancados no porão depois de ter salvado você. O que você tinha na cabeça para ir lá sozinha?

                — Eu não tinha como saber que eram eles, pensei que era algum bêbado idiota que achava que porque eu era mulher podia tomar a minha frota.

                — Nunca mais faça isso, ou quem vai tomar a frota e matar você sou eu.

                — Renda-se ou morra? — esboçou um sorriso

Amor PirataOnde histórias criam vida. Descubra agora