Capítulo 1: A PORTA MISTERIOSA

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“Eu e o Sr. Jung Hoseok éramos primos distantes e mantíamos uma amizade de longa data. Como nós dois éramos bastante calados, a gente pouco se falava, mas nós não dispensava de nossas caminhadas pelas ruas de Londres aos domingos. Saímos no final da tarde e não tínhamos hora para voltar.
Em um desses domingos, quando nós passeavámos pelos becos cheio de lojas e vitrines, o Sr. Heosok apontou para uma determinada casa e dirigiu uma pergunta para mim.

— Está vendo essa porta?
— Sim, já tinha reparado nela nas outras vezes.

Era uma porta pesada, feita de madeira maciça. A fechadura estava bem enferrujada devido às dificuldades da chuva e do vendo úmido que costumavam assolar Londres. Podíamos imaginar o rangido que se ouvia ao abrir e fechar.

— Pois então...–continuou o Sr. Hoseok– Vou te contar um fato que aconteceu comigo bem aqui nesse lugar, que me deixou bastante impressionado.

Eu fiquei curioso e incentivei o meu primo. A expressão do Sr. Hoseok tinha algo misterioso e enigmático:

— Diga, o que aconteceu?
— Bem, uma noite, era tarde, por volta de três horas da madrugada, eu havia chegado de viagem e estava caminhando para minha casa quando vi dois vultos. O frio e a neblina me deixava com medo e eu torcia para que houvesse um policial por perto. O fato é que esse vulto era de um homem, que andava depressa e parecia mancar e uma garotinha que tinha uma parecia de 10 anos, tinha ido chamar um médico para algum familiar seu que está doente. Os dois se encontraram na esquina e, daí, não gosto nem de lembrar da cena que assistir.
— O que foi, primo? Está me deixando nervoso.
— O tal homem, numa atitude monstruosa, derrubou a menina no chão e pisoteou-a sem pena, abandonando-a largada na calçada. Os gritos ecoaram na noite, assim como o som de golpes bruscos na ossatura frágil da criança.
— Meu Deus, o que você fez?
— Gritei e corri atrás do sujeito, conseguir segura-lo pela roupa e levá-lo até o local onde ele tinha cometido o ato de crueldade de antes, familiares já socoriam a menina, atraídos pelo choro e desespero de sua voz. Inconformados,queriam vingança. Logo que o médico examinou a garota, certificou para nós de que ela estava bem,apesar de assustada. Foi só então que reparamos com mais cuidado na criatura que a maltratara. Ele nos observava com um ar de deboche, levantava um sorriso nós lábios, que por sinal tinha uma coloração estranha. O homem era todo esquisito, não é fácil descrever como ele era, mas posso assegurá-lo de que a estatura alta e o seu olhar que parecia tentar se esquivar do nosso que causava arrepios. O impressionante é que ele transmitia um enorme nojo apesar de, fisicamente, não ser compreensível o porquê daquele homem ser tão diferente e nojento.
— E o que vocês fizeram com ele?
— Decidimos que teria de pagar com libras para a família da menina. Ele aceitou,pois não queria ser levado a polícia. E é aí que entra uma coisa curiosa. Sabe daonde que ele tirou o dinheiro?
— Não sei...de onde? – indaguei –
— Exatamente aquela porta na qual nós passamos. Ele tirou a chave do seu bolso,entrou na casa e voltou com dez libras em ouro, mais um cheque de noventa libras assinado por uma pessoa importante, conhecida por todos que lêem jornais, cujo nome não posso revelar. Olhamos para ele com desconfiança. Compreendendo nossa preocupação, o tal sujeito propôs que nós passávamos a noite acordados juntos até a hora do bar abrir, assim poderíamos descontar o cheque. E foi o que fizemos. No caminho para o banco,eu pensava "Como essa pessoa pode ser tão distinta pôde assinar um cheque de tão alto valor e entregá-lo a uma criatura sombria como está?". A simples companhia daquele homem nos dava mal-estar, por isso a relação que havia entre ele e aquela assinatura parecia aquilo que não se pode harmonizar.
— Como as coisas se passaram no banco? –perguntei ansioso–
— Acredite ou não, o cheque foi facilmente descontado

Impacientemente, quis saber.
— Você investigou a casa,o nome que assinou o cheque?
— Fiz isso do meu jeito, discretamente sem chamar atenção. Acho que esses assuntos obscuros podem ser perigoso. Uma única informação errada que se espalha por aí pode sujar a reputação de um homem, até de uma família inteira. Só o que descobri é que a casa tem fundos para um pátio comum a outra residência. Do outro lado do pátio há três janelas que sempre estão fechadas, também há uma chaminé constantemente fumegando. A única pessoa que entra pela aquela porta, é o tal sujeito que te falei.
— Tem razão em não querer chamar atenção – respondi – Ainda assim, se me permite perguntar, bem eu gostaria de saber o nome desse homem que pisoteou a menina de madrugada.
— Está bem – respondeu meu primo. – Acho que não há problema nisso. O nome dele é Jungkook. Como já te disse, não é fácil descrevê-lo. Ele causa repulsa. É uma aparição incrível que não sai de jeito nenhum da minha cabeça.

Nós dois caminhamos em silêncio antes de nós íamos a nossas casas. Combinamos, no final no passeio, que não íamos mais tocar nesse assunto pois era melhor não remexer de algo tão anormal. Quando nós se despedimos, no entanto, eu fiz uma última pergunta para o Sr. Hoseok, meu primo.

— Tem certeza de que o tal Jungkook tinha a chave da porta?
— Eu o vi usando ela novamente na semana passada – respondeu o Sr. Hoseok.”

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⏰ Última atualização: Apr 06, 2020 ⏰

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O Estranho Caso de Dr. Namjoon e Mr. JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora