Simon acorda ofegante e assustado.
- ... Ah, meu Deus...
Olhando diretamente para a mesa ele e vê o celular tocando, ele pega e o número que toca é desconhecido.
- Tá, já acordei!
-Alô, Simon Jarrett?
-Sim, sou eu!
-Meu nome é David Munshi. Nós nos falamos mais cedo...
-A tomografia. Sim, eu me lembro.
-Você está bem? - perguntou David.
-Sim, sim... só tive um pesadelo. Hoje ainda está de pé?
-Sim, é por isso que estou ligando. Eu queria lembrá-lo de beber o fluído rastreador que eu lhe enviei. Ele irá me ajudar a capturar melhor os seus danos cerebrais.
-Não se preocupe, eu tenho ele por aqui.
- Ok, ótimo. Então a gente se vê daqui a algunas horas.
- Tá, até daqui a pouco.
Simon desliga a ligação, levanta da cama e dá uma boa oohada em seu kitinet. O espaço é apertado, possui um sofá no centro da sala, uma TV na parede com algumas prateleiras. No canto do cômodo possui uma mesinha em que um notebook permanece ligado com uma página em aberto de um e-mail em rascunho.
Simon vai direto à mesinha e envia o e-mail. Ao lado do notebook permanecia uma parte de uma manchete de um jornal que dizia "Acidente no centro mata uma jovem.Ontem, uma motorista distraída com seus filhos passou o sinak vermelho em um carro no cruzamento entre Bloor Street e Spadina Road. A mãe e seus filhos, que viajavam em um SUV tamanho grande, não sofreram ferimentos graves. No entanto, os passageiros do outro carro não tiveram tanta sorte. Quando o carro bateu no lado do passageiro, Ashley Hall, de 23 anos, sofreu ferimentos graves e morreu sufocada com sangue nos pulmões antes que a ambulância chegasse. Seu amigo e motorista, Simon Jarrett, de 26 anos, sobreviveu, porém com resultados complicados que acredita-se que o deixarão com danos cerebrais permanentes. A motorista do SUV, cujo nome não foi divilgado pela polícia, alega que foi um acidente praticamente inevitável"
-Eu me pergunto.... o que ela quis dizer com "inevitável"? - indagou-se.
Depois de enviar o e-mail, Simon se dirige ao banheiro, abre o armário e pega o fluído rastreador. Ele tira a tampa e bebe tudo em um gole só. Assim que bebeu, Simon pegou as chaves e saiu para a estação de metrô mais próxima.
A caminho do médico o celular toca. É Jesse, a pessoa cujo o qual Simon enviou e-mail mais cedo.
-Jesse
-Ei, Simon Recebi o seu e-mail. Eu só queria lhe desejar boa sorte e que você saiba que eu tenho tudo sobre controle.
-Obrigado, eu provavelmente vou passar na loja depois do exame.
-Relaxa. O Matt e o Chris vão me ajudar.
- Matt, da S&L ?
- Acho que você não ficou sabendo. Ele vai trabalhar em tempo integral. Na seção de comics.
- Esse é o trabalho da Ashley - por um tempo Simon permaneceu quieto.
- É. Bom, você sabe....
- Esquece Não estou fazendo nenhum favor deixando uma vafa vazia. Ela não vai voltar de qualquer forma.
- Bom, boa sorte. Espero que eles encontrem uma forma de reverter... você sabe.... essa coisa toda de morrer.
Simon dá uma risada.
- Essa coisa toda de morrer? Você é o pior consolador do mundo.
Jesse também ri junto.
-E o que você queria que eu falasse?
- A gente se vê depois, Jesse. Não queime o lugar todo enquanto eu não estou.
- Câmbio e desligo, amigo.
Alguns minutos depois, ele chega no consultório de David. As luzes estão apagadas, o consultório estava cheio de papéis de parede e tintas largadas nos cantos.
- Oi? Doutor Munshi? - perguntou Simon enquanto ligava as luzes do consultório.
- Cadê todo mundo? Achei que este lugar estaria cheio, mas parece que está em obras ainda.
No fundo da sala tinha uma porta que indicava "biometria". Simon abriu a porta e foi até o final do corredor. Quando a última porta se abre, ele se depara com David Munshi.
-Ah, oi! Não ouvi você entrando. Simon Jarrett, certo?
- Doutor Munshi?
- É só Sr. Munshi por enquanto, mas estou quase lá. Na verdade você está me ajudando neste exato momento.
- Isso é parte da sua tese?
- É, é um estudo que estou fazendo com o meu colega Paul Berg. Esperamos formular uma forma mais gentil de trabalhar com reconstrução cerebral. Para podermos ajudar pessoas como você.... Ah, você tomou o fluído rastreador?
- Sim, tomei.
- Ótimo. Podemos começar assim que estiver pronto.
Simon então senta em una cadeira de escaneamny cerebral.
- Então, o que estamos fazendo exatamente?
- Vamos fazer um escaneamento do seu cérebro. Depois construir um modelo computadorizado dele e bombardea-lo com estímulos. O programa nos ajuda a iterar rapidamente o seu plano de tratamento até que esteja totalmente otimizado. Ou seja, desenvolveremos o tratamento perfeito para sua condição.
- Então, não é só um estudo, isso pode realmente me ajudar?
- Esperamos que sim. Senão tudo isso teria sido uma perda de tempo
David começa a digitar os dados no computador que tem no canto da sala. Enquanto isso uma estrutura metálica envolve toda a cabeça de Simon.
- Certo, vamos acabar com a parte chata. Você é Simon Jarrett... Toronto, Canadá... David Munshi...... Nascido em 16 de julho de 1988?
- Sim.
- Neurografia plana versão 6.... Ótimo. Todos os arquivos estão em ordem.
- Isso vai doer?
- É apenas um escaneamento. Vai doer tanto quanto tirar uma foto.
- Os índios pensavam que as câmeras roubavam sua almas
- Ah é? Haha, bom, então vamos torcer para que eles estejam errados.
-Pronto? Diga "X"!
A visão de Simon fica distorcida e logo após tudo fica escuro.
.......
O que aconteceu? - indagou-se Simon enquanto a estrutura metálica se levantava.
Ao seu redor era um breu total e apenas se ouvia o som da respiração de Simon.