Capítulo 4

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No dia seguinte, eu completei 11 anos, minha mãe já estava a minha espera na cozinha com algo na mão, quando me aproximei dela, ela me entregou aquilo que estava em suas mãos, e eu rapidamente o peguei, era um lindo vestido, fiquei muito feliz pelo presente lindo ao qual ela me deu, apesar de está com a cabeça cheia de preocupação, pela situação na qual os animais se encontravam...
Depois de cumprir todas as minhas obrigações em casa, tomei um banho e vesti o meu vestido novo e fui disposta a confrontar a família De La Fuente, a família do meu único amigo o Manoel.
A caminho da casa Dos La Fuente, algumas garotas que estavam na estrada me chamaram.
- Ei, menina!
Eu olhei para elas me aproximei e respondi
- Olá, tudo bem?
- Menina, quem lhe deu esse vestido ridículo? Elas disseram para mim e começaram a rir e a debochar de mim. O vestido não era feio, era simples mas não era feio como elas diziam.
- Por que vocês fazem isso comigo meninas? Eu nunca fiz mal algum a vocês.
- Quem você pensa que é para nos dirigir a palavra garota do Mato. Do nada uma delas me empurrou em uma poça de lama e eu sujei o meu vestido novo, oque a minha mãe diria quando visse ele assim, eu estava tão desesperada e com medo que fiquei no chão, no mesmo lugar que elas me empurraram. Então elas começaram a cuspir em mim, me chamavam de garota do mato, de ratinha pobre, de vestidos de farrapo... Eu comecei a chorar e elas não paravam, e eu não podia ir a casa dos De la Fuente daquele jeito. Então eu me levantei para ir chorar no bosque. Eu olhei seriamente para uma delas e de repente o nariz dela começou a sangrar, ela caiu no chão e começou a se debater e as outras ficaram com medo e começaram a gritar por ajuda ao mesmo tempo que me chamavam de bruxa. Então algumas pessoas chegaram rapidamente para ajudar a menina, mas já era tarde demais. Uma dessas pessoas me segurou pelo braço muito forte e perguntou quem eram os meus pais e oque eu tinha feito aquela menina. Eu respondi que não tinha feito nada, mas eles não acreditaram em mim, me levaram até a igreja do vilareijo e chamaram os meus pais para um "julgamento", pois eu estava sendo acusada de bruxaria, e bruxas não são permitidas no vilareijo e em lugar algum do reino, todas as bruxas ou deveriam ser capturadas e mortas ou entregues ao rei Gregorio. A minha mãe já entrou na igreja chorando pois ela sabia algo a meu respeito que eu não sabia, mas que eu e todos dentro daquela igreja em breve saberíamos. Eles fizeram uma série de perguntas e testes comigo, no final das contas eu não era uma bruxa, e a menina tinha morrido por causas naturais. Ao fim desse julgamento eu fui entristecida para casa, minha mãe disse que precisava conversar comigo sobre algo do meu passado, mas que passado seria esse se eu vivi a vida toda com eles? Oque eu não sabia sobre mim? Fiquei me perguntado. Mas eu disse para ela que estava cansada e que precisava dormir, então perguntei para ela se eu poderia ir deitar, ela me disse que sim e que no outro dia conversariamos. Antes de me deitar veio um pensamento a minha cabeça, uma voz doce e bela que eu nunca tinha ouvido dizendo: "Você é mais forte doque pensa, nós estamos orgulhosos de você". Eu me assutei pois aquilo parecia tão real quanto a certeza de que nascemos e um dia morreremos. Fui me deitar procurando não pensar naquele dia trsite do meu aniversário e nem pensar naquele pensamento estranho, assustador e ao mesmo tempo reconfortante.

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