5. Pegao

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PS: os gifs não pegaram :(

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— Oi.

— Oi, pode me encontrar aqui em baixo? — Clara diz.

— Estou indo, me dê 10 minutos.

Clara desliga. Olho no relógio do celular: 07:27.

Coloquei a primeira coisa que vi na frente: uma calça de moletom e um cropped. Ridícula? Sim. Mas provavelmente a Clara só queria falar sobre ontem.

Elevador abre, eu entro, eu saio. Clara está sentada no sofá, ela me vê e sorri.

— Que medo! — tô quase cagando na calça, pra falar a verdade.

— Que nada, me dá um abraço. — me puxou para um abraço. — Só vamos esperar o Joel.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.

Elevador abre, Joel sai.

— Oi, Clarita. — ele beija Clara no rosto e dá um pequeno abraço. — Porque tão cedo?

— Vamos cumprir o acordo. Agora. Já. — Clara diz, eu gelo.

Eu olho pra Joel, ele me olha.

— Gente, eu não sou burra. Se eu deixo pra depois, vocês fogem. — Clara diz nos puxando pelo braço. — Nós vamos pra academia.

Entramos na van, silêncio. Joel estava de calça de moletom também. O silêncio continua, Joel ficou o caminho todo mexendo no celular, nada fora do comum.

Chegamos. Vamos para nossa sala.

— Só um momento, preciso atender. — Clara disse apontando pro celular.

Joel continuava mexendo no celular. Isso não vai dar certo. O "acordo" consistia em:

Ensaiar com o Joel como todos. A diferença é que eu já ia ter que dançar com ele. Isso é só pra Clara mostrar pros coreógrafos que ela queria e ponto. Ah, outra coisa: nós iríamos fazer terapia. Não terapia comum, a Clara chamou de "terapia" porque ela disse que não era normal minha relação com Joel. A terapia era dança, nós vamos dançar 1 hora a mais que os outros.

Eu achei ridículo. RIDÍCULO!

— A coreografia é a mesma de ontem. Foquem. — Clara disse enquanto mexia no celular.

— Joel. Desculpa. — me viro pra ele.

— Ariel, você não tem culpa. — ele se aproximou — Você... — ele se aproximou mais. — É a culpa. Você. É. A. Culpa. — ele se virou.

— Quê? — o que aquele bosta tava falando?

As luzes ficam mais escuras do que ontem. A música começa. Clara se senta no fundo da sala.

i don't wanna be yours • joel pimentel Onde histórias criam vida. Descubra agora