Just a Little Bit of Your Heart [Hariana]

Merry F-ing Christimas~11

1...Inspira...2...Expira...3.

Abro a porta de vidro principal e encontro o rosto familiar de meu pai a frente. As guirlandas com sinos pequenos estão pendurados a porta fazendo barulho ao abrir.

-Hey!- tento manter um tom acolhedor.

Ele me cumprimenta com um 'olá' e um sorriso grande iluminando suas linhas de expressão. Tento retribuir de um jeito todo desconfortável. Estou tentando.

Nos soltamos e estendo o braço ao lado o convidando a entrar. O acompanho até a sala principal.

Alguns amigos próximos haviam se juntado a nós fora a nossa pequena família. Courtney, Brian, Scott e Victoria estavam conversando juntos ao sofá da sala, taças com bebidas em suas mãos.

Meu pai cumprimenta a todos na sala com abraços e apertos de mãos. Que cavalheiro, nem parece o mesmo cara que-
Para. Eu estou tentando, então vamos tentar.

O acompanho até a cozinha onde minha mãe, nonna e meu avô estão.

Até eles estão aqui, apenas Frankie ainda não havia chegado, sendo que sempre se atrasava para qualquer tipo de compromisso, porque de acordo com ele, era parte do "Furacão Frankie". Vadia exibida.

Todos voltam sua atenção para nós, as expressões de tranquilidade para uma mais cautelosa. Uma tensão esperada repousa sobre o cômodo. Meus avós ainda não haviam visto meu pai por algum tempo. Não desde...

Não. Sem lembranças ruins hoje.

-Marjorie, Frank. - meu pai cumprimenta acenando com a cabeça meio inseguro.

-Edward! Como vai querido?- minha avó tenta aliviar a tensão sendo a pessoa mais fofa do mundo quando caminha até ele e o abraça. Ela não tem a obrigação, não depois de tudo o que nos fez passar. Mesmo eu não achando que ele mereça.

Frank vem logo depois dando um aperto de mão forte e um sorriso a ele. Edward sorri pequeno com a recepção e quase sinto um pouco de empatia. Quase.

-Então... Como anda a empresa? - ouço meu avô começar uma conversa enquanto caminho até a bancada para encher uma taça com vinho.

Acho meio inacreditável a recepção incrível que estejam dando devido ao histórico horrível que Edward tem com meus avós. É quase cômico.

-Está tudo bem? Você está com aquele olhar vigativo de novo. - minha mãe pergunta à meu lado, há uma tigela com um molho em suas mãos. Observo minha tia Alice enquanto mexe alguma coisa ao fogão, as chamas abaixo da panela queimam como o vinho que desce por minha garganta.

Termino de beber o líquido da taça e viro rosto para Joan com o melhor sorriso que tenho.

-Não poderíamos estar melhor.

Saio logo depois de encher mais uma vez a taça. Precisarei de muito mais disso para sobreviver a essa noite.

~

Minutos mais tarde estamos todos reunidos na grande sala, esparramados em sofás e poltronas em frente a lareira enfeitada com decorações natalinas, a grande árvore ao lado.

Tio Josh estava sentado à poltrona grande com Alice em seu colo, seus filhos gêmeos, James e Grace corriam pelo cômodo em uma brincadeira de pega-pega enquanto meu avô contava histórias sobre as travessuras dos parentes.

- Nós não sabíamos o que fazer! Tentei amenizar a situação dizendo para se acalmar, que seu pai não iria nem perceber, mas todos nós sabemos que aquele velho percebia tudo. -disse recebendo risadas.

-Foi aí que percebemos, não havia saída. Poderíamos consertar o farol com cola, mas os arranhões nas laterais não poderiam ser disfarçados. Então decidimos colocar a culpa no irmão mais velho dele, Carl, que tinha saído para casa de um amigo. Era o plano perfeito, exceto pelo fato de que Carl era um frango medroso que nunca tivera coragem de pegar o carro de seu pai ou de sequer pedir. E acreditem ou não, no final, o pai dele realmente acreditou na mentira mais cabeluda do que o peito do próprio Jeff hoje em dia. Nos tínhamos nos safado dessa, era o que o acreditávamos. Mas a infeliz da vizinha fofoqueira ao lado que nos odiava tinha nos visto chegando e foi na mesma hora "inocentemente" perguntar onde ele havia quebrado o farol do carro novo. No final, fomos descobertos. Passamos 2 meses de castigo, sem ver um ao outro, sem sair pra brincar no parque, foi o pior castigo, porque na época eu tinha uma namoradinha que apenas via no parquinho, depois dos meses, descobri ao ir ao parquinho que ela estava com outro, nós brigamos e ela terminou jogando areia dentro da minha cueca. - ele termina e todos nós rimos.