Os olhos castanhos olhavam atentamente a movimentação no grande pátio. Pequenos grupos estavam espalhados e rugidos de lobos eram ouvidos por todos os lados que se andasse pelo quartel.
O sol queimava lá fora, e naquele dia em específico a brisa parecia ter tirado uma folga, deixando um clima abafado e extremamente quente em Sanní, mas nada que impedisse ou prejudicasse o treinamento dos soldados que pareciam estar se divertindo vendo um atacar os outros.
Chanyeol não estava usando seus uniformes oficiais, não só pelo extremo calor, mas porque tinha lutado há pouco e na transformação de corpo, tirar o uniforme sempre era muito demorado, se limitando a vestir uma calça negra que era levemente folgada em sua cintura, o peitoral exposto mostrando as marcas das guerras que já havia vivenciado mesmo que somente tivesse vivido 27 primaveras.
— Me dá uma lástima olhar para teu corpo, tuas cicatrizes e não encontrar uma do teu ômega. — Chanyeol revirou os olhos ao ouvir a voz atrás de si, nem mesmo se dando ao trabalho de ver quem era.
— Por que o príncipe me atacaria? — Questionou quase em deboche, os braços apoiados na pequena mureta, ainda olhando para baixo - para o pátio - com real interesse.
— O General nunca ouviu falar de acasalar? Copular? Trepar? — Agora foi o Byun que questionou em deboche, ficando ao lado do Park, que pela primeira vez o olhou.
— O que quer dizer com isso?
Baekhyun arqueou a sobrancelha.
— Você sabe que ômegas entram em cios, certo?
— Certo...?
— Seu ômega entrará no cio. E o que você vai fazer, fugir? — Baekhyun voltou a exclamar quase como se tivesse sido ofendido.
— E o que eu deveria fazer? — Chanyeol perguntou honestamente confuso.
— Dar o que ele quer?
— Que seria?
— Seu nó, Chanyeol. Seu lindo e gordo nó!
Chanyeol arregalou os olhos e entreabriu a boca em surpresa.
— Você está falando que eu deveria...
— Foder ele até ele esquecer o próprio nome? Exatamente. — Sorriu. — Compreendo que nunca esteve com um ômega antes, que suas relações se baseiam em momentos de alta adrenalina com alguns de nossos soldados, betas e alfas. Mas relação com ômega é... Exuberante!
— Tu só se relaciona com alfa, Byun. Do que estás a falar?
— Trata-se de minha preferência, General. Porém sei do que prefiro porque permiti-me vivenciar todas as experiências. Tu és praticamente casado com tua espada, nem sei se algum dia teu nó inchou.
— Eu entro em rotina, Baekhyun. — Falou como se fosse óbvio e o alfa ruivo bufou.
— Tenho pena do teu ômega. Passará por imensos momentos de dores alucinantes, o sufoco do seu próprio instinto e o alfa posto para ser o seu marido... seguirá em sua mais profunda ignorância.
— Não tenho certeza se o príncipe tem esses desejos que estás a colocar levianamente.
Baekhyun espalmou a própria testa.
— Por favor, General! Todo ômega quer um nó. Eles vivem para isso. Por que teu ômega seria diferente? Por ser um príncipe?
— Eu apenas acho que nosso convívio com ômegas é insignificante o suficiente para determinar o que é ou não é, Coronel. E creio que se o príncipe realmente necessita de mim nesses momentos, ele virá e falará. — Ditou sério, voltando a olhar para os lobos lá embaixo.
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The Crown and The Sword
Fanfiction[ChanKai | ABO | Royal!au] Jongin, ômega príncipe de Sanní, tem sua mão dada em casamento para Park Chanyeol, alfa general das forças armadas daquele reino. Ambos, sabendo que precisam cumprir seus deveres, aceitam sem qualquer tipo de contestação...