M & P

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Para a minha mãe, que sempre me apoiou e um dia eu estava olhando a parte que falava sobre a autora de Red, White and Royal Blue e a ela chegou e disse que um dia seria a minha foto ali. Você é a pessoa que mais me inspira em continuar escrevendo. 

Gosto de variar nas minhas histórias e escrever sobre diferentes temas, então espero que gostem dessa!

📖🌊📖

Zayn abre a porta do café e entra sentindo-se imediatamente grato pelo calor e o cheiro de café do lugar. Estava tão frio lá fora que as duas blusas que tinha vestido não foram suficientes e seus dedos estavam congelados. Observa o café com certa satisfação e suspira aliviado, o local normalmente era cheio de universitários e demorava muito tempo para conseguir fazer seu pedido.

Quando se mudou para um apartamento perto da universidade se achou muito sortudo, não precisava pegar ônibus e nem levantar tão cedo. Mas agora, seis anos depois, achava ter sido uma péssima ideia e não tinha dinheiro para se mudar, então continuava lá.

Na época que era um universitário adorava ir naquele café depois da aula, pedir um copo bem grande de frappuccino, alguns bolinhos e se sentar em uma das mesas com seu material aberto. Estudava durante horas e já era familiarizado com o pessoal que trabalha lá, agora não ia com tanta frequência e frequentava mais o café perto de seu serviço.

Aproxima-se de balcão tentando se aquecer esfregando uma mão na outra. A garota detrás do mesmo olha entediada para o freguês que está decidindo qual bebida irá tomar.

Um homem passa por ele como se estivesse correndo igual o diabo foge da cruz e quase batendo em seu ombro, ele carrega uma pasta e alguns papéis soltos que parecem estarem prestes a cair. Franze o cenho enquanto o observa passar pela porta e escuta a voz da atendente, percebe que o homem em sua frente já fez o seu pedido e que agora é a sua vez.

- Vou querer um frappuccino e três muffins para levar. - Pede Zayn enquanto a atendente anota no computador.

- São 12 euros. - Informou ela. Pega o dinheiro na carteira em seu bolso e paga antes de receber o recibo e o número do seu pedido.

Procura uma mesa mais próxima para se sentar e encara o número ao lado do relógio, ainda tinha cinco pedidos na sua frente. Observa um casal tomando café e estudando juntos e uma mulher sozinha tomando chá e mexendo em seu celular. Quando seus olhos voltam para a mesa percebe que há um papel em branco dobrado sobre ela, consegue ver que está escrito e o pega curioso.

Desdobra o papel e nota como a folha está inteiramente escrita com uma letra redondinha e curvada. Olha para os lados para ter certeza de que o dono dela não está por perto, mas não nota ninguém, então encara a folha novamente.

Debate mentalmente se deve ler ou não, poderia ser algo pessoal ou não ser nada, mas a curiosidade o vence no final.

Estava matando aula novamente e esperava que a diretora de sua escola não entrasse em contato com o seu irmão. A última vez que o incomodaram ainda estava bem nítida em sua memória e conseguia até mesmo sentir um incomodo em seu queixo em recuperação quando o mexia.

Pat tinha lhe chamado para ir até a sua casa e ele não conseguia dizer não, então estava em um ônibus indo em direção a aquela parte rica da cidade pela primeira vez. Sentia-se nervoso por estar indo até lá, mas tentava se acalmar criando imagens de como seria a casa.

Desce em um ponto e responde a mensagem que Pat lhe enviou perguntando onde ele estava antes de acender um cigarro e caminhar observando as residências com grandes jardins e mais de um andar. Assim que chega à casa de Pat reconhece o sobrenome Hughes escrito em uma placa ao lado do portão em letras garrafais com o H tendo mais voltas do que o esperado.

Entre páginas perdidas e piscinas - Ziam MayneOnde histórias criam vida. Descubra agora