●๋• Cap 2- Smile ●๋•

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𝟷𝟻:𝟶𝟸
Dia 21 de maio

E lá se foi eu e mais oito pessoas andando por mais longos corredores brancos até chegar na secretaria do asilo, onde disseram que nos dariam informações sobre a nova regra que foi posta em relação aos quartos. Chegando lá, atrás do balcão, havia apenas uma moça, não muito jovem porém não muito velha, revirando alguns documentos, como não queríamos atrapalhar ficamos apenas plantados ali olhando ela acabar seja lá o que raios ela esteja fazendo.

-Oh me desculpem!- Ela diz e larga todos aqueles papéis e prestando atenção em nossa presença ali em sua frente agora- Imagino que vocês estejam aqui para saber sobre- Ela está falando porém eu a corto.

-Sobre os quartos, sim nós sabemos.- Eu falou com a voz um pouco tediosa.

-Entendido então...- A mesma começa a pegar mais outros papéis sem questionar e apenas nos alcança.- Eu preciso que vocês assinem seus nomes para confirmar que vocês já vieram aqui e que irão mudar de quarto.

A mesma entrega alguns papéis para cada um de nós com as informações do novo regulamento e eu leio com muita atenção, pois estava dizendo que estavam separando por alas de dias, um saía, agora outro entrava, se é que vocês entendem o que eu quero dizer com "saía".

𝟷𝟻:𝟷𝟹

Alguns sentados ainda lendo, outros questionando a senhora, e uns três já tinham saído para irem a seus quartos esperando os cuidadores fazerem a "mudança" de suas coisas para seus novos quartos.

Assim após ler tudo, eu apenas saio dali onde alguns estavam e vou para meu antigo quarto para pegar algumas coisas que eu estava apto a poder carregar na medida possível, eu não gosto de ter que ser visto como alguém fraco só por causa da minha doença e estar andando com algo que parece a porra de um postei de luz só que sem luz pra lá e para cá, por isso, depois de insistir, alguns funcionários que estavam a mover meus remédios e pertences, que não eram muitos, me deixam ajudá-los e levar algumas coisas também.

𝟷𝟻:𝟻𝟾

Já havia passado uma hora de vai e vem, todos estavam arrumado seus quartos de seu jeito porém de uma maneira não muito extravagante ou muito grande, foi uma orientação da coordenação do asilo mesmo, pois eles não queriam ter trabalho de mão para ter que tirar tudo quando não estivermos mais aqui.

Sentado em minha cama, eu fico me remexendo um pouco sem ter ideia do que fazer, como se fosse uma novidade não é mesmo? Mas enfim, em um movimento rápido, eu levanto de minha cama enquanto pego mais um casaco para me esquentar pois decido sair corredor a fora, estava muito frio, agora o motivo de eu querer sair agora? Demência mesmo.

E assim eu abro a porta e saio caminho a fora pelos corredores, que nunca mudavam, eram sempre os mesmo sem graças, mesmo sentimento.

Os funcionários provavelmente não gostariam de ver um paciente do lado de fora do quarto num frio desses, o que é fato, porém eu não estava vendo nenhum em lugar algum então...

Eu continuei seguindo meu caminho, como eu disse, nada mudava entre meus arredores, tinha apenas salas e as grandes paredes me acompanhando na minha linda e pequena trajetória, parecia que eu sou a única pessoa nessa merda desse jeito, não tem ninguém. Também, quem seria louco o bastante de ficar fora do quarto nesse frio se não fosse um idiota, a não pera- deixa.

Passando por uma sala, algo me chama a atenção, tinha movimento ali ainda, eu conseguia ver pelo vidro da porta, assim, me deixo ir com a mão até a maçaneta a girando de lentamente liberando uma pequena fresta, era a sala das crianças, porém de criança lá não tinha nada, ou talvez sim, porém uma crescida.

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