Não necessariamente

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‌Elisa e uma mulher de traços finos, cabelos desajeitados e andado peculiar, junto a uma bela silhueta, prefere o clássico há modernidade e gosta de colecionar vinis. Sua rotina sempre e a mesma trabalho e casa, sem filhos ela vive uma vida solitária, sua única companhia eram suas músicas de gênero questionável pela sociedade atual, Mulher de poucos amigos, sua intuição não deixava que se levasse pelo simples sorriso de um desconhecido, por isso seguia só, mas era bem sucedida consigo mesma. Em uma noite qualquer decidiu sair e fazer companhia a si mesma como sempre, entrou em um dos bares mais clichês da cidade, pediu um vinho e apreciou cada toque e melodia do sabor. Há poucos metros avistou um rapaz alto,moreno, olhos castanhos e cabelos negros. Olhou fixamente em sua direção e recebeu um olhar de dúvida, não demorou para ele chegar a sua mesa.
Elisa foi impulsiva o suficiente para pedir a ele que se sentasse ali, ele sentou e se apresentou como Fernando, por incrível que parecia para Elisa o modo de falar dele a chamou atenção, eram sempre palavras que deixavam um questionamento no final e depois de um gole e outro perceberam que o bar já estava quase fechando, olharam um para o outro e sorriram. Ela se despediu e ele lhe ofereceu uma carona, chegando na porta de seu apartamento, ela o chamou para entrar e quem sabe continuar a conversa, falou em tom de humor, quer conhecer minha coleção de discos e livros e quem sabe continuar nosso papo? ele pensou por dois minutos e com um claro sorriso aceitou. Chegando lá ele se acomodou no sofá e ela colocou uma música experimental ao fundo, cada nota era uma sensação de satisfação, buscou o vinho, sentou ali e continuou com seu vocabulário volátil, ele por fim só a sabia admirar. Não demorou muito para que seus lábios se encontrassem, sua boca tinha um gosto suave, ele começou a tocar seu pescoço e desceu com a língua até seus seios, e assim fizeram daquele momento uma noite inigualável de prazeres, ela se sentiu totalmente hipnotizada, ele sempre a segurava com força e isso a fazia se sentir mais quente e tenaz. Por fim dormiram ali mesmo no carpete vermelho, abraçados e com o suor escorrendo entre os corpos, ao acordar ela sorriu, coou um café e disse bom dia, ele levantou tomou seu café e sem mais nem menos lhe disse adeus, ela se despediu igualmente como ele. O telefone ali não deixará o número, e ela também não questionou, o que se sabe mesmo e que um momento não e relativamente um caso de amor.

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