Agente borboleta.

Dominó

No primeiro dia que disse aos meus amigos, eles disseram: beba um pouco vai te fazer sentir melhor.

Então eu bebi, pela primeira vez e uma mistura de emoções e elementos químicos invadiram meu corpo e eu, eu fiquei feliz por um tempo - o tempo que eu bebia- mas eu comecei a ficar mais forte para bebida, algumas doses apenas não funcionavam ou me satisfaziam.

Então eu comecei a beber coisas mais fortes e em doses maiores, tive meu primeiro pt. Mas isso só aconteceu uma vez! eu sei me controlar, posso parar quando quiser eu dizia a mim mesmo e então o primeiro coma alcoólico veio e ele me lembrava de todas as minhas ressacas só que mil vezes pior e ele também me lembrava que a bebida não havia saturado meu vazio.

No segundo dia que disse aos meus amigos, eles disseram: dê um trago vai te fazer sentir melhor.

Então dei meu primeiro trago, pela primeira vez e uma mistura de substâncias químicas e emoções invadiram meu corpo e eu, eu fiquei feliz por um tempo - o tempo que havia um cigarro entre meus dedos - um cigarro branco para começar, apenas quando se sentir estressado eu dizia. Um maço depois eu continuava estressado, dois maços depois eu continuava ansioso, três maços depois eu continuava deprimido e agora viciado.

Mas eu achava que o cigarro branco não me entretia o suficiente que a culpa do vazio continuar aqui era dele.

No terceiro dia eu não disse a nenhum amigo meu, mas eu podia ouvir o coral em minha mente: dê um trago, vai te fazer sentir melhor.

Então terceiro dia, dei um trago em um cigarro de maconha e sentia minhas emoções e as substâncias químicas em meu corpo se misturarem e eu, eu estava feliz e relaxado no tempo que tragava, mas quando a paranoia batia junto com o efeito da erva, eu podia sentir o vazio de novo e em maiores proporções, podia sentir todo meu corpo dormente e minha mente a mil.

No quarto dia eu também não disse a nenhum amigo meu, mas eu sabia qual seria a resposta: tome mais um comprimido, vai te fazer sentir melhor.

Então, com a minha mente trabalhando a mil, eu abri a gaveta de remédios de dormir da minha mãe, eu podia sentir meu coração saltitando - eu sentia, não era felicidade, não era vazio - e eu senti, até parar.

No quinto dia eu não disse nada, não ouvia nada.

24/07/19 - Bluewood