The Beginning

19 5 1
                                    

Acordo mais um dia com os raios de sol a baterem na minha cara suavemente, e ao olhar a cara perfeitamente maquialhada de minha mãe, olho para ela com um sorriso igualmente suave e acolhedor.
Mãe Erika- Vamos filha, se levanta...
Diz ela me puxando o cobertor.
Mãe Erika- Você dormiu outra vez de janela aberta?- Assim que ela acaba de falar olho para ela fazendo beicinho.
Eu- Sim... Porquê?- Enquanto ela fecha a janela diz fazendo uma expressão preocupada:
Mãe Erika- Já falámos sobre isto Amy. Não quero a sua janela aberta durante a noite.
Olho para ela e sento-me na cama:
Eu- Mas qual é o problema? Eu tive calor mãe... - Ela me interrompe:
Mãe Erika- Se você tiver calor ligue o ar condicionado filha. Por favor não abra a janela...
A voz da minha parecia de súplica, mas ainda  assim perguntei mais curiosa do que nunca:
Eu- Mas porquê, é só uma janela? Ou você acredita que vai vir uma fada ter comigo e me dar dinheiro em troca do meu dente?- Mal digo esta frase os olhos da minha mãe dirigem-se aos meus e me olham com um ar misterioso:
Mãe Erika- Você acredita no que quizer. Mas por favor nunca vá com embora com o... - Ela se levanta e caminha até à porta.
Mãe Erika- Vamos tomar o café da manhã, seu pai já deve estar nos esperando.
Isto não ia ficar assim. Grito em sua direção que já está no hall em direção à sala:
Eu- Com quem? Mãe! Com quem não devo ir embora? Porque eu iria embora?
Entretanto a Dona Paula se dirige para mim e diz:
D. Paula- Menina as suas roupas já estão arrumadas por ordem de cor em seu closet... - Eu interrompo ela enquanto pego em sua mão:
Eu- A sério não era preciso eu podia fazer isso. Você podia ter deixado a roupa em cima da minha cama e eu se quisesse fazia isso. Você tinha mais tempo para si Paula.
D. Paula-... Mas sua mãe mando menina, eu não devo...
Eu- Por favor D. Paula, tire o dia hoje.- Sorrio para ela que me olha com alegria e preocupação:
D. Paula- Mas menina, não posso sem a autorização de sua mãe.
Eu- Por favor... Já tenho 15 anos. Saberei lidar com ela. Agora por favor vá.
Ela se solta das minhas mãos e acena com gratidão.
Caminho até à sala bem iluminada e me sento na cadeira ao lado do meu pai.
Pai Louis- Então filha? O que você vai fazer hoje? - Olho na direção da minha mãe que baixa os olhos e diz amargamente:
Mãe Erika- Deve de ir passar o dia à janela...
O meu pai olha para ela e arregala os olhos, depois olha para mim e levanta a voz. Coisa que é muito rara de ele fazer:
Pai Louis- Outra vez essa história filha? Porque você não pode deixar apenas a janela fachada?
Agora já chega, vou tirar isto tudo à limpo, levanto colocando ambos os punhos fechados sobre a mesa fazendo  tilintar os copos e os pratos que se encontram sobre ela:
Eu- Mas qual é o vosso problema se eu deixo ou não a janela aberta. Nós vivemos no centro da cidade. Não temos campos ou florestas assim tão perto, nunca vivi junto da natureza e a sensação de ter a minha janela aberta é o mais próximo que terei de estar em contato com a natureza, visto que vivemos em um prédio de luxo e a única natureza que aqui existe é a água da piscina e no jacuzzi. Porque só vos interessa isso. Não vos interessa a minha felicidade?- Ambos olham para mim com uma expressão neutral, como se fossem gozar comigo a qualquer momento.
Pai Louis- Sim mas filha...
Eu- Não! Apenas me respondam.- Faço uma pausa me sentando novamente sobre a cadeira acolchoada. - Querem saber da minha felicidade ou da de mais alguém aqui no prédio a não ser vocês?
Os dois olham para os pratos e sem dizer mais nada voltam a comer.
Uma lágrima escorre-me do rosto e atiro o meu prato ao chão fazendo um barulho ensurdecedor por todo o apartamento. Corro rapidamente em direção ao meu quarto e me tranco lá. Passo todo resto do dia lá metida sentada em um sofá que tinha junto da janela agora fechada.
A Dona Paula era a única que tinha ouvido a conversa e passou o seu único dia de folga inteiro me levando comida ou ficando lá me acalmando.
D. Paula- Os seus pais acreditam naquela história que eu te contava quando era pequena? Quer dizer porque outra razão eles haviam de querer sua janela fachada?- Ela ri-se, mas por muito que tente lembrar, não me lembro de história nenhuma.
Eu- Que história?
A Dona Paula sorriu é caminhou até à uma estante que eu tinha com livros de histórias da minha infância. Ela me mostra um com o título a letras douradas de capa esverdiada:
           
          "Peter Pan"

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Apr 16, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

The Lost GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora