Elizabeth Cooper
Estou lendo alguns exames de meus pacientes, mas com a cabeça longe ao pensar em certos momentos um tanto conturbados com um certo grisalho, quando sou atrapalhada por um toque do celular. Era uma amiga minha, Ruby. Conheci logo quando me mudei para cá e nos aproximamos muito; era minha vizinha no apartamento.
Em nenhum momento mencionei sobre alguma amiga, certo? Como podem ver, sim, eu não me contento em ter contato apenas com os meus pacientes e meu namorado, além do meu sogro, no momento. Compartilho desse bem comum que é a vida social.
Atendo sua chamada e logo escuto sua voz animada:
- Beth, quanto tempo! Como estão as coisas?
- Estão indo bem. E com você?
- Ótimas - sempre tão alegre -. O pessoal está marcando de sair hoje à noite. Se encontrar depois de um tempão, sabe? Topa?
Sim, pelo amor de Deus! E graças aos céus não tenho plantão hoje. Estava realmente precisando sair e espairecer, sem o William e a ansiedade de ver novamente o seu pai. E, pelo visto, não apenas eu estava pensando no diabo no momento:
- Mas me conta, conheceu o sogrão?!
Sério que ela perguntou logo isso? Ia lhe contar as novidades, mas sou interrompida pela secretária:
- Bom dia, Dra. Cooper. O Dr. Queen a está esperando em sua sala.
- Oh, certo! Já estou indo - respondo e retomo a atenção à Ruby - Preciso ir. E sim, eu topo. À noite conversamos mais.
Após nos desperdirmos, relaxo o meu corpo na cadeira. Não vou imediatamente, pois estou nervosa. Não é comum os funcionários serem chamados à sua sala. Ninguém nem vê o seu rosto, a não ser em alguma sala de cirurgia.
Apesar de ser sua nora, ainda me preocupo em ser demitida. Será que tem alguma coisa errada no meu trabalho?
Resolvo, por fim, ir logo. Ao chegar no último andar, onde se encontra seu escritório, me deparo com sua secretária pessoal. Ela estava confusa. Não me esperava aqui?
- Bom dia, senhorita Lewis.
- Bom dia, Dr. Cooper.
A expressão do seu rosto, antes confusa, torna-se agora séria e ao mesmo tempo me olha como se já soubesse de alguma coisa.
- Namora o seu filho, certo?
- Sim. Por que a pergunta? - ela dá um terno sorriso.
- Nada, apenas um conselho. Você está entrando em uma grande corda bamba, minha amiga. Se não quer problemas, corra do perigo enquanto há tempo - diz com uma expressão divertida. Que porra é isso?Shakespeare na área? - Estou dando um exagero nas palavras, mas falo sério.
Ela deve saber de alguma coisa, do que o meu sogro costuma fazer. Por ainda estar nervosa, não dou muita importância e bato na porta após um leve aceno de cabeça direcionado a ela.
- Pode entrar, senhorita Cooper.
Pelo visto esperava apenas a minha visita. Estava de gravata, decepcionando-me por não me dar a chance de vê-lo como no outro dia. Mas ainda assim, continuava lindo, charmoso. Esse homem realmente tinha 45 anos?
- Licença, bom dia! Aconteceu algo? - pergunto temerosa, fazendo-o deixar a bela vista de Nova York de lado e se virar para mim.
- Bom dia - sorri - Não, não. Apenas... quero convidá-la para jantar comigo esta noite.
Mas esse merda só pode estar de brincadeira!
- Me chamou aqui para isso? - me altero.
- Como?
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A father-in-law temptation
Lãng mạnO que fazer quando seu sogro vive lhe seduzindo? Elizabeth Cooper é uma jovem médica que recebe uma sugestão muito peculiar do seu namorado: morar no grande casarão com ele e seu pai. O que ela não esperava é que lá iria obter tamanha experiência se...