Capítulo 1/A Força

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Narradora on****

Três anos atrás, antes da praga ter sido extinguida de Vesuvia, muitas pessoas estavam morrendo. Incluído o próprio Conde da bela cidade, Conde Lucio.

Nas ruas, a tristeza e depressão eram quase tangíveis. Médicos corriam constantemente de um lado para o outro, com suas máscaras da praga em seus rostos.

Alguns muitos não aguentavam e morriam junto aos cidadãos.

Uma jovem de pele bronzeada, trajando roupas de viajante e longos cabelos loiros presos em um rabo de cavalo vagava por entre as ruelas vazias, buscando por abrigo após uma longa jornada.

Uma capa vermelho vinho em suas costas, seus longos cabelos eram de um loiro suave, suas bochechas rosadas como pêssego revelava seu estado de saúde que a diferenciava do restante da cidade, seu corpo voluptuoso e cheio se destacava em meio aos corpos fracos e magros que podiam ser visto de vez em quando.

A jovem adentra uma pequena taverna que agora servia de abrigo para muitos vesuvianos cujo estado atual não era nada invejável.

A viajante se chamava Ster, ela vinha de uma terra distante onde mágica e o arcano não eram tão comuns. Ster olha ao seu redor e franze, preocupação em seus olhos enquanto a mesma adentrava mais a taverna.

: e quem é você, mocinha? Não deveria estar perambulando pelas ruas desprotegida desse jeito. (A voz de uma mulher mais velha pode ser ouvida, Ster se vira e se curva um pouco para cumprimentar a mulher.)

Uma velha baixinha e de cabelos cinza grisalhos é vista de joelhos ao lado de um enfermo no chão, seus olhos encarando Ster intensamente, um lenço cobria seus lábios e nariz, provavelmente para se proteger do que quer que tenha deixado toda a cidade naquele estado.

: o que está fazendo? Você parece estar bem, ande! Cubra seu nariz e venha me ajudar! (A velha mulher fala com seu sotaque forte enquanto volta sua atenção para o enfermo.)

Ster olha ao redor, sem muita certeza sobre o que fazer, até que ela respira fundo, cobre o rosto com seu lenço e vai até a mulher mais velha. Ster começa pegando um pequeno barrio com água fresca e levando até os enfermos, a loira gentilmente passa um pano úmido nos rostos dos doentes que ardiam em febre.

Após isso, ela ajuda a velha a preparar alimento e bebidas quentes para cada um deles, e vai entregando os pratos um por um, e ajudando os que tinham dificuldades para comer com gentileza.

O tempo mal parece passar, mas quando a mesma se dá conta, já havia anoitecido. A velha mulher puxa Ster para os aposentos de trás da taverna, aquele parecia ser o lugar onde a mesma morava. Era aconchegante, com uma lareira acesa e um grande e preenchido sofá. A jovem se permite desabar no mesmo e olha para o teto.

Ster: o que é tudo isso que está acontecendo aqui? (Ster pergunta enquanto fecha seus olhos, algo naquela cidade estava afetando o equilíbrio da magia e ela conseguia sentir, mas o quê?)

A velha se senta ao seu lado e retira seu lenço do rosto.

Mazelinka: o nome é Mazelinka, e você fez muito bem hoje, mocinha. (Ela diz com um sorriso cansado no rosto.)

Ster sente aquele sincero elogio aquecer seu coração, faziam muitos sois desde a última vez em que ela tivera sido tratada bem por alguém.

Ster: eu não fiz muito, gostaria de poder ajudar mais. O que aconteceu aqui? (Ela pergunta mais uma vez, Mazelinka suspira e se levanta, caminhando até a janela e observando a cidade fantasma e as poucas pessoas que andavam pelas ruas vazias como zumbis.)

Mazelinka: faz um ano desde que a praga tocou Vesuvia, um dia o céu ficou completamente vermelho...e um enxame de besouros vermelhos infestou a cidade, trazendo em suas asas uma praga silenciosa. Já morreram tantos que o nosso cemitério não tem mais espaço, os mortos precisam ser levados todos para o Lazaret, uma ilha isolada onde os corpos estão sendo cremados. (Mazelinka explica antes de fechar a janela e ir para a cozinha. Ster fica sozinha na sala por alguns minutos, refletindo em cima dessa nova informação.)

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