O Fim?

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Prólogo;

- Rafaella! O quê você faz aqui? - O sorriso da morena fechou, e o clima confuso se instaurou no ar.

- Eu estou a trabalho! O quê você faz aqui na verdade. É outro plano de me sabotar, não é? Não consegue viver sem derrubar os outros mesmo! - Kalliman teve uma postura diferente, usou seu deboche para descontrair o clima.

- Não meu amor, sua autoestima é muito grande pra pensar assim não é? Eu estou a trabalho, da minha nova linha de maquiagem que será vendida no exterior. - Bianca sentou no sofá e pôs as mãos sobre a mesa, retribuindo um sorriso falso.

- Ainda continua sonhando com sua linha de maquiagem? Só se for da "Méurikey", é mais vagabunda que a dona! - A mulher jogou os cabelos pro lado, e pegou uma taça de champagne, logo sentando ao seu lado no sofá.

- Seu sonho usar, não é mesmo linda? Pena que nem reboco tampa essas crateras na sua pele de pedreiro! - Boca rosa fez sinal de paz com as mãos, e se lavantou do sofá pegando a outra taça.

- Eu querer usar? Estar louca? Só pode! A comunidade do twitter fizeram abaixo assinado pra te linchar mulher! Te encherga você e sua maquiagem mequetrefe!

- Bicha quem é você, minha maquiagem é mais cara que seu cachê. - Bianca fez carão enquanto cruza as pernas.

- Ai, não! Estar sentindo esse cheiro? - Perguntou Rafaella, tampando o nariz.

- O quê? Não! Qual cheiro, da onde estar vindo? - A empresária se levantou procurando o odor podre.

- Cheiro de flop, ops! Estar vindo de você querida. - Raffa levantou-se e cheirou o pescoço de Bianca.

- Hahah, ops! Cheiro de mega hair queimado! - Boca agarrou as mechas cacheada da mulher e tentou queimar com o isqueiro que estava na mesa.

- Opa, o quê estar acontecendo aqui! - Robson tentou apartar a briga, tentando segurar a própria.

- Sai daqui bagaceiro! - Bianca enquanto estava com o cabelo de Rafaella na mão, socou a face do Homem que mais cedo havia dado um autógrafo. Porém sua unha quebrou, o quê fez largar a moça.

- Otávio, vem aqui! Não consigo separar as duas! Socorro homem. - Robson chamou seu co-piloto, que foi logo ajudar o homem aparta a briga.

- Vamos ver ser sua maquiagem é a prova de água, né minha irmã? - Rafaella jogou a cara da morena no balde de gelo, derrubando os cubos pelo chão.

Otávio chegou, logo caindo por causa do gelo e champagne que estava no piso de mogno. O avião estava sem piloto, e começou a cair em uma velocidade abrupta.

- Seu animal! O avião estar sem direção, vamos cair! - Robson tentou se levantar em meio ao chão escorregadio, dando passos em falso ele sentou na cadeira e tentou controlar o rumo do aeromóvel.

- Desculpa chefe! - Otávio tentou se levantar, porém com o balanço do avião, uma mala de boca rosa acertou em cheio sua cara, fazendo o homem voar para a traseira.

- Viu o quê você fez, porra! Rafaella vamos morrer! - A mulher tentava encontrar o telefone para ligar pra mãe.

- Mestre eu preciso de um milagre, transforma minha vida meu estado... faz tempo que eu não vejo a luz do dia, estão tentando sepultar minha alegria! - Kalimann canta seu louvor, com as mechas de cabelo em mãos pedindo por uma ajuda espiritual.

- Alô? Mãe! EU TE AMO, EU TE AMO, EU TE AMO. - Bia ligava para sua mãe, talvez essas fossem suas últimas palavras e ela deixava claro que a amava.

Robson não conseguiu erguer o avião, que cortava o ar do céu direto pro mar. A queda era iminente.

Rafaella rezava com fervor pela sua vida, mesmo provocando as pessoas havia uma mulher de bom coração nela, afinal, ela não faria aquele trabalho todo ano na África atoa.

Bianca, não conseguiu se segurar na mesa que a fez voar na parede, suas forças se esvaiu e largou o celular em mãos, sua amiga foi atiginda pela bancada que a impressou no vidro.

O avião caiu em cheio no mar, que se partiu com violência. Os vidros cederam com a pressão da água no momento, o sangue de Bianca e Rafaella escorria pelo avião, juntos dos motoristas que tinha uma família, mais aquela foi a última vez que os veriam novamente.


A tempestade fazia as ondas do mar remexer ativamente, o vento forte que soprava do horizonte ajudava os escombros do avião chegar a areia.

A morte, uma palavra com cinco letras e duas sílabas. Muitos pensam que é o fim de tudo, quando na verdade é o começo.

Talvez eu esteja louca, mais eu morrerei em paz, eu disse para minha mãe que eu a amava, eu me controlei diante de Rafaella Kalimann, eu juro que tentei ser uma pessoa melhor.

Ser existe alguma força superior cósmica, me julgue, eu vivi a vida como se cada dia fosse o último, transei com quem quis, bebi o quê eu queria, usei o quê me dava na telha sem pensar no quê a sociedade falaria.

Até realizei planos que estava na minha lista de prioridade.
Dei o meu primeiro beijo no quinto ano.
Ganhei meu primeiro batom, que mesmo sendo de uma marca inferior ele foi o estopim a me inspirar, e me fazer sair daquela situação.

Eu morro em paz. Por mais que só consiga sentir uma pressão sobre meu corpo, eu não sinto dor, eu não enchergo nada, talvez esse seja o lugar para aonde todos nós iremos quando morrer.

É engraçado que ao mesmo tempo estávamos vivo a um minuto, estamos mortos a trinta segundos depois. Viva a vida como se fosse apenas a única que irá ter.

Aonde estou, Cadê todo mundo? BIANCA! O quê? Como, Não sinto minha voz! Eu morri? Aonde eu estou? ALGUÉM ME AJUDE!

Deus, eu sei, eu errei... Talvez eu mereça isto, usei seu nome sempre em vão.

Mãe e Pai, me desculpe por sair de casa aos quatoze anos em busca do meu sonho, eu sinto a falta finalmente de vocês hoje! Eu segui meu instinto.

A todos da missão África, me desculpe.
Esse ano, não voltarei mais... O plano deu errado.
Crianças, nunca deixe de lutar pelos seus sonhos, nunca!

Eu estou pronta, talvez seja melhor assim não é mesmo? O mundo será melhor sem mim.
O meu corpo, eu não consigo sentir, mais estou em paz mesmo não tendo feito tudo que eu quis.

Largadas na ilha - Rabia 🌴Onde histórias criam vida. Descubra agora