Alicia e o Mundo Encantado

MUNDO ENCANTADO

NO INTERIOR DE SÃO PAULO

Alicia vá até o poço buscar água que os potes estão quase secos - Senhora Maria grita da cozinha, trazendo vários pedaços de madeira nas mãos para poder alimentar o fogo.

- Já eu vou mãe - Alicia responde do quintal onde alimentava as galinhas. Rapidamente ela espalhou o milho pelo chão, pegou um balde que ficava na cozinha, acenou para a mãe e saiu em direção ao poço.

Naquele dia Alicia estava com um vestido branco e com seus longos cabelos presos em um coque para facilitar as realizações das tarefas. Depois de um tempo observando os passarinhos que voavam de um lado para outro, ela chegou até o seu destino.

Ela pegou a corda amarrou no balde e desceu até ele se chocar com a água, quando ela puxou o balde de volta e o colocou no chão algo chamou a sua atenção para o fundo do poço, algo como uma faísca de fogo que depois foi crescendo e se tornando maior, formando um circulo. Alicia ficou assustada, mas a sua curiosidade foi maior, então ela se apoiou nas frágeis paredes que circundavam o poço e se curvou para enxergar melhor o que era aquilo, conforme ele crescia ela se curvava mais até que se escutou um "Crack" um dos tijolos da parede se quebrou e a sua mão escorregou fazendo-a cair dentro do poço.

Ela ficou desesperada tentou agarrar a corda para poder voltar a superfície, mas algo a puxou para o fundo ela tentou voltar, mas era inútil quanto mais esforço Alicia fazia, mas ela afundava. Quando ela percebeu já estava de frente para aquele círculo, Alicia já estava quase desmaiando e não tinha mais forças para tentar subir, seu coração estava disparado, medo inundava seu corpo, ela estava se afogando e não tinha ninguém ali pra ajudá-la, sua visão estava ficando turva e como resposta ela se debatia em uma tentativa falha de conseguir chegar a superfície.

Sua garganta estava fechada, ela sentia seu corpo amolecer e tudo estava embaçado, não tinha mais esperança de sair dali até que ela sentiu alguém segurar seu braço ela se virou e percebeu que a mão saia daquele circulo, então seus olhos se fecharam e tudo ficou preto.

REINO CRISTÁLIA

O príncipe estava abismado, já tinha lido sobre portais, mas nunca vira um pessoalmente, seus dois servos se escondiam atrás das árvores temendo que algo saísse por meio daquele portal, mas o príncipe ficou ali na sua frente até que ele conseguiu distinguir uma forma, uma jovem que parecia estar se afogando, sua expressão era de medo e angústia, sem pensar duas vezes ele segurou o braço da moça e a puxou.

- NÃO PRÍNCIPE - Os dois servos gritaram tentando impedir o Príncipe Christian, mas foi inútil o príncipe já estava com a moça em seus braços desmaiada.

Colocando-a no chão, Christian observou a jovem que era de uma beleza maravilhosa, com longos cachos da cor do fogo que entravam em contraste com sua pele branca e em seu rosto continham pintas vermelhas que a deixavam ainda mais bonita.

- Senhor ela está viva? - Um dos servos perguntou tirando o príncipe de seu transe, então rapidamente ele colocou seus dedos sobre o pulso da menina e sentiu seus batimentos fracos.

- Oswald vá pegar os cavalos, Martín me ajude aqui com ela precisamos leva-la imediatamente para a madame Samovar - Os servos o obedeceram e algum tempo depois o príncipe já estava subindo as escadas do castelo com a moça em seus braços.

- Madame Samovar ajude-a ela estava se afogando- Christian abriu a porta abruptamente, no qual encontrou madame Samovar a preparar algumas porções, como se já esperasse por isso ela ordenou que ele a colocasse na mesa ao meio da sala e pediu que ele lhe passasse uma porção azul de uma das prateleiras . Ela apoiou a cabeça da jovem em uma das mãos e com outra derramou a poção na sua boca.

Alguns segundos depois Alicia acordou tossindo e cuspindo água, ela olhou em volta e seu coração disparou nada daquilo ela reconhecia, seus olhos rodaram a sala toda até que pararam nas duas pessoas que estavam a sua frente a encarando. Ela desceu da mesa e se escorou na parede de frente para eles.

- Onde eu estou? E quem são vocês? - Alicia pergunta com a voz trêmula.

- Querida eu sou a Madame Samovar e esse é o Christian e você está no castelo.

- Castelo? Não existe castelos - Alicia estava confusa e começava a se perguntar se ela havia morrido e estava em algum tipo de limbo - Me falem a verdade! - Ela tentou manter a voz firme, mas falhou e começou a procurar algo naquela sala que ela pudesse usar para se defender, seus olhos pararam em um tronco de árvore que estava no canto da sala.

- Christian onde você encontrou essa garota? - Madame Samovar se vira para o príncipe com um olhar confuso.

- Ela veio de um portal. - Ele sussurrou

- Como assim de um portal? - Ela estava confusa com um milhão de perguntas pairando em sua cabeça, mas antes que o príncipe pudesse responder, Alicia os interrompeu.

- Do que vocês estão falando? - Alicia segurava um tronco de árvore e apontou para eles em um tom de ameaça ela contínuo - Me digam a verdade!

- Calma! Olha eu sei que você esta confusa nós também estamos, não sabemos como você veio parar aqui, então que tal a gente se sentar e conversar - Christian se aproximou de Alicia e colocou a mão no tronco da árvore e o abaixou - E explicar tudo um para o outro - Alicia estava encantada pelos os olhos azuis do príncipe e sua voz lhe passava uma certa confiança, por isso ela resolveu escuta-lo.

Tá bem, mas... - Um estrondo ecoou pela sala e as portas foram abertas, então o rei entrou no quarto acompanhado por vários soldados.

- PRENDAM-NA - Ele ordenou, apontando o dedo para Alicia que observava tudo aquilo do canto da sala.