Porque a gente precisa decidir um título antes de escrever?

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Oi! Meu nome é Kristina da Silva, eu tenho 19 anos, nasci em Erechim, no interior do Rio Grande do Sul, mas por sorte toda a minha geração já nasceu em meio a tecnologia. Atualmente eu moro em Passo Fundo, que é interior, mas não tanto, o que faz ser uma cidade com mais oportunidades, principalmente no ramo de marketing, publicidade e propaganda.

Hoje eu tento construir uma carreira profissional na área de marketing, e acho que muito da minha visão de mundo que pode contribuir a uma empresa atualmente vem desde a minha infância: eu brincava, estudava e recebi toda a motivação e suporte para crescer e ser uma boa pessoa, o que sempre era reafirmado com: "O pai faz tudo que pode pra vocês poderem estudar e ser alguém na vida", e na minha cabeça infantil eu fiquei buscando o que era "ser alguém na vida". Isso tomou proporções gigantescas, porque um dia eu me deparei com a figura do Einstein na contracapa de um livro de ciências dos meus irmãos mais velhos e olhando aquele livro eu pensava que eu queria ser tão grande quanto o Einstein. Ele passou a significar o "ser alguém na vida" para mim, e pra me imaginar grande como ele, eu me imaginava como uma astrofísica.

 Com o tempo eu fui percebendo que eu não precisava me tornar uma cientista ou trabalhar na NASA para ser "alguém na vida", e também, o conhecendo mais, infelizmente aquela pessoa que eu admirei na minha infância já não era meu herói. Mesmo sem pensar mais em Einstein ou nas suas obras, eu ainda tinha em mim o conhecimento sobre sua vida, então eu sabia que precisaria mostrar o que eu faço, e do meu desapego ao anti herói eu também criei a minha identidade. Eu tive que me reinventar, e encontrei isso na escrita, tanto escrevendo apenas para mim em representações sentimentais quanto escrevendo histórias e textos que eu compartilhava. Movida pela minha vontade de mostrar as pessoas quem eu era, eu criei um blog onde eu escrevia mesmo com muitos erros gramaticais sobre meu dia a dia, sentimentos, dicas e os famosos "DIY's". Foi o momento de mudança da minha infância a adolescência, eu estava me descobrindo, já imaginava que antes de ser grande eu precisava me conhecer, mas eu ainda não sabia que para saber transmitir quem eu era para as pessoas eu precisava antes entende-las, e foi quando eu vaguei por amizades, livros e pessoas onde eu me apaixonei pela comunicação. 

Desde o dia que eu descobri que a comunicação criava pontes e podia eternizar feitos eu passei de astrofísica para blogueira, estilista, escritora, poeta... eu sai do ideal para a imaginação, me permiti ter todo o tipo de sonho enquanto ele me cabia. Mas quando cheguei ao último ano do ensino médio tive que finalmente decidir que eu seguiria a carreira de professora de matemática. Bom, parte disso era 1) a minha família toda apoiava, e querendo ou não eu sempre busquei suas aprovações, e pelo terceiro ano inteiro do ensino médio eu foquei nisso. Não era uma decisão que me deixasse triste, mas podava minhas oportunidades, e eu sei que teria sido uma ótima professora. 

Foi em uma visita à universidade, no último ano, que eu me abri a tentativas e oportunidades, porque parte de mim sabia que minha realização pessoal não viria do magistério. A publicidade me caiu como um instrumento onde eu posso alinhar a minha imaginação com o poder de conectar pessoas. Depois de pesquisar muito e descobrir sobre o mundo do marketing o meu amor só cresceu e hoje cada vez que eu lembro o porque eu escolhi essa área eu me sinto um pouco mais realizada: eu gosto de sonhar, ter epifanias em forma de pensamento, descobrir o interior das pessoas e compreende-las. Eu adoro desenvolver esquemas e achar formas de explicar as coisas e torna-las acessíveis a todos, porque meu ideal como profissional é que mais do que criar coisas bonitinhas eu quero conectar as pessoas.

 Hoje eu busco conseguir a independência financeira integral dos meus pais, sou acadêmica de Publicidade e Propaganda, uma entusiasta de marketing, contínuo escrevendo como hobby e busco minha realização pessoal e profissional através de um trabalho que possa me ensinar na prática a comunicação entre a empresa e o cliente, e onde eu também possa contribuir com a minha vivência. Futuramente eu quero me formar, fazer especializações e continuar mostrando pra Kristina da minha infância que ser memorável não é questão de estar na contracapa de um livro de ciências, mas fazer com que suas atitudes, comportamentos e tudo que for feito com o coração fique gravado na mente de quem a conhecer.