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  Espera... O que?! Que história é essa?!

  — Antes de você partir, fiz você assinar um papel, a partir daí, nos casamos. - falou vindo até a mim e eu estendo a mão pra ele se afastar

— Nao chegue perto de mim. - falo e ele desvia os olhos dos meus e se afasta um pouco com as mãos nos bolsos - não vou assinar nada - falo e ele me olha confuso - não sou casada, o que aconteceu no passado morreu pra mim!

  — Teresa...

  — NÃO DIGA MEU NOME! - grito com ele - Sabe o quanto eu odeio você?! Eu preferia que estivesse morto! - deixo escapar e na verdade dói dizer isso, dói muito. Porque é mentira.

  — Entendo. - disse baixo - vou embora...

  — Faça o que achar melhor - o interrompo - pensando por outro lado, é melhor ficarem, meus pais querem vocês aqui então fiquem. Só finge que não me vê quando eu estiver na fazenda, se me ver finge que sou um fantasma, não fale comigo, não olhe pra mim, não entre onde eu estou não queira se aproximar. - senti minha voz falhar. Que droga - isso não vai acontecer.

  — Nao vim por você.

  — espero que essa seja a última conversa que teremos enquanto permanecer nessa casa.

  — Como preferir, Tere... Como preferir. - ele diz e eu me vou pro meu quarto e me tranco lá

Me sento na cama enfrente ao quadro de Olympia. Sabe quando você dá uma paralisia de sono? Que não consegue se mover mesmo com os olhos abertos? É isso que estou sentindo agora.

Apesar de meus olhos ficarem fixos nos quadros observando a curva de Olympia, Eles não ardem, na verdade só quando sinto as lágrimas escorrerem que percebo que fiquei quase uma hora aqui parada em estado de choque. Ouvir a voz dele, ouvi ele dizendo meu nome me machuca. Eu não queria sentir algo por ele ainda, juro, lutei contra todos os sentimentos bons que eu tinha por ele. Se fosse alguns anos atrás, eu estaria de joelhos na frente dele perguntando o porque, porque dele ter feito isso comigo se ele me amava, ou pelo menos dizia que me amava.

Me deito na cama chorando baixinho por tudo que está acontecendo, eu não queria existir agora, pelo menos agora. O sono vem a tona e eu adormeço.

.... ....

O relógio bate as 22:00 horas até que eu decido ir para casa.

Hoje sai um pouco mais cedo da fazenda, sai cinco horas para não ter que olhar para Christoffer Lorena e a monstra que eles carregam. Pedro passou na minha sala perguntando se posso dar carona ele e eu neguei, sei que ele deixou a moto de propósito em casa, e eu ainda não o perdoei. Ainda.

Tranco meu escritório e logo desço as escadas, e quando chego na sala principal ouço um som de gemidos vindo da cozinha. Fernando eu sei que é, mas os gemidos dessa vez não parecem ser de sexo violento como ele fazia com Agnes, mas sim de alguém que parece estar sentindo muita dor.

A casa está meio escura, na ponta dos pés vou andando até a cozinha e confesso sentir medo por isso, sei que Francis é Fernando, e sei que Fernando provavelmente deve ser um psicopata, pelo menos essa é a visão que tenho dele, sei lá.

Chego na cozinha e abro a porta, me deparo com Francis apoiado na pia quase caindo, tem uma faca fincado no seu braço direito, e sangue no chão inteiro, a faca enta bem funda, e seu olho direito está roxo.

— Teresa... - falou e dei um passo para trás - Teresa por favor... - veio até mim mas caiu no chão escorregando no próprio sangue - me ajuda!

O Ceo E A Roceira - Vol 2Onde histórias criam vida. Descubra agora