Red | Jikook (Reescrevendo)

Camellias

Jimin sentou-se em sua cama e passou as mãos pelos cabelos, respirando fundo e acalmando seu coração. Ele sentia seus olhos arderem e um soluço querendo escapar de sua garganta, ele cravou as unhas na própria coxa, usando a dor como uma distração para não derramar lágrimas.

Ele estava dizendo para si mesmo na própria mente que não iria chorar por causa de uma coisinha besta como essa. essa era a vontade que jimin tinha na hora, ele só queria chorar e deixar tudo sair. mas ele sabia que se começasse, não iria parar mais.

Vindo de um lar arruinado com um pai alcoólatra e uma mãe depressiva, tudo o que Jimin mais queria era encontrar alguém que o amasse e que ele amaria também. eles se casariam e seriam muito felizes juntos, em um relacionamento saudável. ele imaginava um lar acolhedor, bem caloroso. Mas a vida o havia tirado da estrada de tijolos dourados e o arremessara nesse caminho cheio de espinhos.

"Droga" jimin disse para si mesmo ao perceber que seu colo estava ficando molhado com o tanto de lágrimas que ali pousaram sem seu consentimento.

Jimin era um ômega, fato que de cara desagradou seu pai. Sendo um alfa, esperava que o filho fosse um alfa também. ele tentou outra vez, mas o irmão de Jimin, Jihyun, era um beta. Jimin nunca irá conseguir esquecer como o pai tratava os filhos alfas de outras famílias e de como tratava ele e o irmão.

Jimin havia sido criado como um alfa, o pai o adorava e ele nunca desconfiou das reais intenções do pai de prepará-lo para ser um alfa. As coisas eram ótimas, o pai quase nunca bebia, a mãe sorria, havia passeios em família e muitas fotos de recordação.

Até aquele fatídico dia em que Jimin sentiu que iria derreter de tanto calor que sentia e de tanto que suava. A cabeça doía, os ouvidos zuniam, pontinhos coloridos dançavam em frente de seus olhos. o corpo todo doía, principalmente a área da orelha até o ombro, onde suas glândulas de essência resolveram abrir buracos em sua pele, onde depois haveriam cicatrizes que todos têm.

Apresentar é o momento da verdade, uns sonham com ele e outros o temem, é quando a pessoa sabe seu subgênero. Jimin enfrentou o acontecimento com muito entusiasmo, mas se soubesse as grandes expectativas que o pai tinha sobre ele, teria temido aquele dia como se fosse uma arma apontada para sua testa.

A mãe ouviu os gritos e foi em seu socorro, ensinou-lhe como fazer um ninho e o ajudou a ficar bem confortável e disse que se precisasse era só chamar. Jimin não chamou, estava ocupado demais se contorcendo de dor, chorando por alívio e ofegando por ar. Mas esse não foi nem o pior momento.

Ele começou a sentir uma pressão na parte inferior do corpo e percebeu mais uma coisa que o incomodava. era o pênis que latejava, pedindo por alívio. mas não era o único incômodo, havia outro. Ele sentiu que as cobertas estavam molhadas, mas até demais, ele passou a mão no edredom e um grito foi socado para fora de seu peito.

Jimin fechou os olhos, ele não queria ver. Apesar de não saber das expectativas do pai, ele sabia como ômegas eram tratados pela sociedade. além de estar assustado com todas as mudanças que aconteceram na velocidade da luz. ele seguiu o rastro da coisa viscosa com a mão, quando chegou a própria bunda ele usou a outra mão para abafar um grito.

Antes ele achava que iria morrer, agora ele queria morrer. Aquela coisa estava vindo dele e um forte cheiro de camélias preenchia o lugar. ele não soube como sabia daquilo, pois em algum ponto sua mente saiu do posto de comando e deixou o instinto no controle. Jimin circulou a região perto do centro com a ponta dos dedos e suspiros começaram a cair de seus lábios como uma fonte.

Jimin experimentalmente foi aos poucos apertando mais a região, até que os músculos cederam a pressão e o dedo entrou em seu buraco. Jimin gritou assustado e ficou paralisado, ao notar que estava tudo bem e seus movimentos continuaram. Jimin enterrou o dedo até a última junta, a sensação era maravilhosa, a sensação de estar preenchido fazia o ômega nele ficar extasiado.