As detetives pt.2

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O despertador tocou e a tristeza bateu, era segunda‐feira, começava agora a última semana antes das provas. Todas as aulas seriam revisões e isso era bom porque as meninas perderam algumas aulas para lutar com vilões e outras estavam cansadas demais para ver. O despertador foi desligado e elas deram bom dia uma a outra, levantaram preguiçosas e sonolentas, se arrumaram e saíram para a aula. Desceram a rua conversando sobre coisas aleatórias e como sempre, em certa parte do caminho, Oswaldo deu bom dia e se juntou ao trio. Ele parecia meio chateado, por isso, as meninas se ofereceram para ouvi-lo caso o mesmo quisesse desabafar. Entretanto, O desabafo foi desnecessário o suficiente para que todas as três ficassem em silêncio até entrar na escola.

É que eu estava falando com uma menina, . Daí chamei ela pra sair e ela disse não, falou que era lésbica e eu fiquei triste. Porque era uma menina tão bonita, mas lésbica, tadinha.

E o que tem de errado com a orientação sexual dela? - Perguntaram em coro.

Não é de Deus, !? Mas eu nem queria mesmo, tanto faz. - Ele dá de ombros.

Nice guy. - Bia diz e todos caem no mais profundo silêncio.

Era incrível como aquele garoto parecia um meme vivo daquelas páginas que zombam héteros top.
Ignorando as falas estúpidas de Oswaldo as meninas chegam na escola e vão para a sala de aula, sentam-se em seus lugares e começam a conversar sobre o próximo passo da investigação com o pedaço de pano, até então a ideia era simples, olhar câmeras de segurança e ver quem usava uma camisa igual as da foto que tinham. Foto essa que não era só de dois modelos de camisa, mas sim de todos os modelos. No total eram quatro modelos com a mesma estampa. Dois modelos "masculinos" onde a diferença era a gola e dois modelos "femininos" onde a diferença era a manga.
Contudo, o que deixava as garotas apreensivas era: e se não tivessem câmeras naquela rua? E tendo as câmeras, que desculpa dariam para poder ver suas imagens?
Chegaram ao consenso que, independente de como a investigação seria seria feita, transformadas ou identidades reais, ela seria feita de dia. Era de fato loucura querer perder mais horas de sono, olheiras escuras já estampavam o rosto das amigas, era preciso dormir uma noite inteira urgente. Afinal, elas ainda eram adolescentes no ensino médio.
Depois de longas e cansativas aulas de revisão para as provas, as quais o trio precisou prestar atenção, no fim da aula seguiram todas para casa de Luana, o almoço seria lá. Como os pais da garota não estavam em casa a comida foi feita por elas mesmas. Macarrão com salsicha, acompanhado de suco de limão, prato gourmet de alta qualidade.

Depois desse macarrão pensando em entrar no masterchef. - Vitória comenta de boca cheia.

Mas você cortou a salsicha. - Luana lembrou tal fato irrelevante.

E daí? Cortei muito bem... - ela para de falar e bebe um gole do suco sorridente. - e coloquei a quantidade certa de açúcar no suco!

Achei que esse suco vinha adoçado. - Bia diz perdida.

Não, não. Eu não usei o suco de pózinho. Usei os limões da geladeira! - Vivi explica sentindo-se profissional em sucos.

Então podemos ir pro masterchef juntas, eu pelo macarrão e você pelo suco! - Bia sorri fofa e pisca para as meninas.

Espera quantos limões você usou? Eles eram do meu pai! - Lua indaga.

Só cinco, tinham dez . - Vitória responde e pode-se ouvir um "ufa" sair sussurrado da boca de Lua.

- O trio elésbico!¡Onde histórias criam vida. Descubra agora