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_America on_

Eu queria entender como em um passe de mágica eu pude ter ido parar no palácio real, e por que eu fui acordada pelo príncipe Maxon Schreave. Queria entender por que enquanto andava pelo Palácio vi o meu suposto Aspen todo carinhoso com uma das criadas.

Aspen sorriu e veio para a minha direção, eu estava confusa, mas estava tão brava que até me esqueci do palácio:

— America Schreave, fiquei sabendo que conseguiu conversar com Maxon, eu fico muito feliz pois seria muito chato ele entender as coisas errados e acabar com a vida de vocês dois — Ele estava tão contente que parecia que tinha acabado de ser coroado rei — Queria te fazer uma pergunta, você aceita ser minha madrinha de casamento?

—Casamento?Casamento com quem Aspen? —Pergunto com o choro preso.

—A Lucy...Meri, está tudo bem? —se aproxima.

Logo Maxon se aproxima e pousa sua mão delicadamente em meu ombro:

—Ela perdeu a memória Leger...ainda acha que vocês dois estão juntos.

Ainda? Nós não estávamos juntos, e até o Príncipe de Illéa sabia do nosso relacionamento

—Ela não lembra de vir para cá,nem de ficar comigo muito menos que está com Lucy agora.Parece que o problema que o pai dela teve acabou por causar uma perda de memória temporária.—Maxon explica e eu me atento a conversa.

—Problema?Que problema meu pai teve?

— Querida, venha, vamos no meu escritório para conversarmos sobre tudo que aconteceu — O príncipe Maxon pega a minha mão e me guia

O acompanho até que chegamos no escritório do mesmo e nos sentamos no sofá.

—Vou te contar como me contou ok?Bem, você se inscreveu na Seleção a pedido do Leger depois que terminaram por ele ser orgulhoso demais para aceitar que você cuidasse dele.Você foi Selecionada e veio para o Palácio semanas depois.Eu só viria a conhecer vocês no outro dia,mas você sentiu clautrofobia na primeira noite e se não fosse por mim,os guardas não te deixariam você ir ao jardim,tentei conversar com você e você me olhou e disse "Eu não sou sua querida " —Ele ri e eu também pela coicidência.— No outro dia,eu deveria conversar com vocês por cinco minutos.Você me pediu desculpas por ter sido rude mesmo que eu não a culpasse e eu concordei em te manter aqui dentro para ajudar sua família desde que fosse minha amiga. Entenda, eu tenho sorte quando conheço alguém que fala a mesma língua que eu. Você aceitou, mas Ames eu me apaixonei perdidamente por você, mesmo quando você deixava para trás todas as normas ou regulamentos

—Nosso primeiro beijo aconteceu de uma forma tão especial que eu ainda sinto a mesma emoção daquele dia.Foi na varanda de seu quarto, após um Jornal Oficial.Na verdade,o primeiro foi estranho porque você não estava preparada,mas então você sugeriu que recaptulassemos a cena e então me beijou —Ele sorri bobo oque me fez sorrir por um momento.—Quando Aspen chegou, você começou a sair com ele também,mas eu não sabia ao certo.Teve uma vez que me pegou aos beijos com Celeste no corredor e ficou tão furiosa que pegou um dos diários que eu tinha lhe emprestado em segredo e mostrou em rede nacional.Acabou que eu te defendi e acabei apanhando por isso.Houve um ataque naquela noite e sob a perspectiva de ser nossa última vez juntos, nós passamos a noite em um dos abrigos trocando beijos e carícias.

— Beijos e carícias? Aí meu Deus, nós...

— Não Ames, antes disso, no nosso primeiro encontro formal você me deu uma joelhada pois achou que eu poderia ir além de um pequeno passeio

Caí na risada.

—Não arriscaria de novo —Ele ri.—Depois disso,parece que você e Leger pararam de se encontrar e você se dedicou a mim.Tempos depois recebemos a notícia que...seu pai morreu com uma doença o coração. —Falou com cuidado e meu mundo caiu.

—M-meu pai morreu?

Eu não podia entender o que ele estava me dizendo, como meu pai poderia estar morto? Ele que sempre esteve comigo, como eu poderia viver sem ele? Eu me desmonto em lágrimas e abraço Maxon

—Você voltou uma semana depois e descobriu que eu iria escolher a noiva no outro dia.Eu fui no seu quarto com uma foto e...Meu Deus —Ele diz—As cartas Ames...quer vê-las?

— Eu acho melhor, talvez me ajude a lembrar de algo Maxon — disse para ele esperançosa

—Tudo bem... —Fui até meu quarto com ele e comecei a procurar até achá-las num bauzinho,onde tinha também uma pulseira da Ásia e algumas fotos nossas.Sorri e me sentei com ele na cama vendo tudo com cuidado.

Todas as linhas eram tão verdadeiras e delicadas que mesmo que se passassem séculos e séculos eu ainda me sentiria emocionada ao lê-las.Não eram sentimentos momentâneos ou rasos, era algo real e lindo. Por mais que eu não me lembrasse, Maxon me deixou completamente feliz com essas lindas lembranças. Talvez eu tenha um pouco de inveja da America que recebeu essas cartas. Eu queria voltar a ser aquela América. Eu tentava me lembrar, me esforçava, porém a única lembrança que me vinha na mente era o jardim:

—Maxon... você disse algo sobre o Jardim,pode me levar até lá?

— O jardim Meri? Claro vamos— Eu seguro em seu braço por um instinto.

Ele me leva até o jardim me guiando a um dos bancos.Eu tive um grande flashback, onde eu estava gritando com Maxon, não estava triste com ele, mas sim comigo mesma. Lembrei que a medida que conversávamos,eu fui perdendo a raiva e baixando a guarda.Lembro do beijo casto na bochecha antes de um educado até o logo. E tudo volta ao normal, eu não tenho mais lembranças e continuo me sentindo totalmente perdida:

— Maxon você pode, por favor me levar para o quarto? Me sinto fraca e cansada

—Lembrou de algo? —Pergunta.

— Talvez— sorrio para ele— Acompanhe-me até o quarto por favor Max — O apelido do Príncipe Maxon saiu de forma tão natural que eu mesma me assustei

Ele abre um sorriso grande e me estendeu o braço e eu o segurei:

—Claro que sim minha querida —Diz em tom divertido.

  —Eu não sou sua querida, não abuse. —Falei e ambos rimos.

The Mistery Of The CrownOnde histórias criam vida. Descubra agora