XI

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Abro meus olhos percebendo que havia apenas escuridão, meu corpo se arrepiou com o toque gélido do lugar, sentia meus pés molhados, havia água no chão, um misto de tristeza e medo começavam a se espalhar pelo meu corpo e eu tentava lutar contra es...

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Abro meus olhos percebendo que havia apenas escuridão, meu corpo se arrepiou com o toque gélido do lugar, sentia meus pés molhados, havia água no chão, um misto de tristeza e medo começavam a se espalhar pelo meu corpo e eu tentava lutar contra esses sentimentos, precisava achar ele.

- Conner?

Ouço um gemido baixo e olho em volta procurando a origem do som, um pouco atrás de mim estava Conner encolhido abraçado as suas pernas, corro em sua direção e me ajoelho na sua frente e vejo o quão frágil ele estava, seus olhos estavam marejados e ele tremia por inteiro, seu corpo balançava para frente e para trás enquanto dizia palavras quase inaudíveis.

-Conner olha para mim. – Seguro seu rosto entre minhas mãos e busco seu olhar com meus olhos.

- Eu machuquei eles. – Ele disse em um fio de voz.

- Estão te controlando, você tem que lutar contra isso. – Digo o fazendo me olhar.

- Eu não consigo.

Seus olhos transbordavam agonia, a dor que ele estava sentindo o consumia e ele não conseguia respirar direito, sinto as lagrimas se formando em meus olhos por vê-lo desse jeito.

- A voz dela... – Ele treme mais. – Ela me diz o que fazer... Eu não consigo fazer parar.

- O que ela está te dizendo?

- Mate-os. – Ele derruba uma lagrima.

- Lembra do que eu disse na Torre? Somos sua família agora. – Vejo um lampejo de esperança cruzar seu olhar.

- Eu não quero mais ficar no escuro sozinho. – Ele diz e fecha os olhos com força.

- Olha para mim. – Encosto minha testa na dele e busco suas mãos com as minhas. – Repete comigo: No dia de horror, na noite homicida.

Ele fica quieto apenas me olhando, e apertando minhas mãos contra as suas.

- Conner repete comigo! – Eu exijo.

- Na noite de horror, na noite homicida. – Ele diz em um fio de voz.

- Com o coração aquecido minha alma se ilumina. – Eu digo e ele repete.

O lugar no qual estávamos começa a tremer, está funcionando.

- Quando a Guerra da Luz parecer perdida. – Eu digo e vejo ele suspirar me acompanhando.

- A esperança brilha nas estrelas acima! – Dizemos juntos e ele sorri de lado.

Nas paredes do lugar rachaduras azuis começam a aparecer, eu o abraço e ele enterra o rosto no meu pescoço, continuamos a repetir o lema dos Lanternas Azuis.

- Fecha os olhos!

Eu digo no seu ouvido e então uma explosão azul toma o lugar, uma corrente de ar passa por nós fazendo meus cabelos voarem e eu fechar os olhos com força enterrando meu rosto na curva do pescoço do mais alto, aos poucos sinto meu rosto queimar com o calor do sol e quando abro meus olhos vejo que Conner já não estava nos meus braços, e eu estava ajoelhada em uma plantação de trigo sem ninguém por perto.

TITANS IIOnde histórias criam vida. Descubra agora