Abro meus olhos percebendo que havia apenas escuridão, meu corpo se arrepiou com o toque gélido do lugar, sentia meus pés molhados, havia água no chão, um misto de tristeza e medo começavam a se espalhar pelo meu corpo e eu tentava lutar contra esses sentimentos, precisava achar ele.
- Conner?
Ouço um gemido baixo e olho em volta procurando a origem do som, um pouco atrás de mim estava Conner encolhido abraçado as suas pernas, corro em sua direção e me ajoelho na sua frente e vejo o quão frágil ele estava, seus olhos estavam marejados e ele tremia por inteiro, seu corpo balançava para frente e para trás enquanto dizia palavras quase inaudíveis.
-Conner olha para mim. – Seguro seu rosto entre minhas mãos e busco seu olhar com meus olhos.
- Eu machuquei eles. – Ele disse em um fio de voz.
- Estão te controlando, você tem que lutar contra isso. – Digo o fazendo me olhar.
- Eu não consigo.
Seus olhos transbordavam agonia, a dor que ele estava sentindo o consumia e ele não conseguia respirar direito, sinto as lagrimas se formando em meus olhos por vê-lo desse jeito.
- A voz dela... – Ele treme mais. – Ela me diz o que fazer... Eu não consigo fazer parar.
- O que ela está te dizendo?
- Mate-os. – Ele derruba uma lagrima.
- Lembra do que eu disse na Torre? Somos sua família agora. – Vejo um lampejo de esperança cruzar seu olhar.
- Eu não quero mais ficar no escuro sozinho. – Ele diz e fecha os olhos com força.
- Olha para mim. – Encosto minha testa na dele e busco suas mãos com as minhas. – Repete comigo: No dia de horror, na noite homicida.
Ele fica quieto apenas me olhando, e apertando minhas mãos contra as suas.
- Conner repete comigo! – Eu exijo.
- Na noite de horror, na noite homicida. – Ele diz em um fio de voz.
- Com o coração aquecido minha alma se ilumina. – Eu digo e ele repete.
O lugar no qual estávamos começa a tremer, está funcionando.
- Quando a Guerra da Luz parecer perdida. – Eu digo e vejo ele suspirar me acompanhando.
- A esperança brilha nas estrelas acima! – Dizemos juntos e ele sorri de lado.
Nas paredes do lugar rachaduras azuis começam a aparecer, eu o abraço e ele enterra o rosto no meu pescoço, continuamos a repetir o lema dos Lanternas Azuis.
- Fecha os olhos!
Eu digo no seu ouvido e então uma explosão azul toma o lugar, uma corrente de ar passa por nós fazendo meus cabelos voarem e eu fechar os olhos com força enterrando meu rosto na curva do pescoço do mais alto, aos poucos sinto meu rosto queimar com o calor do sol e quando abro meus olhos vejo que Conner já não estava nos meus braços, e eu estava ajoelhada em uma plantação de trigo sem ninguém por perto.
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TITANS II
FanfictionDepois de cruzar o país atrás da sobrinha Rachel, é a vez da detetive de cruzar o universo atrás de respostas, mas o que era para ser uma nova jornada com o apoio da nova família se torna um pesadelo quando Ruby Roth põe os pés de volta na Terra. •...