melancolia da existência

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A cabeça dói, a febre ainda está alta, ouço um forte zumbido, e assustada procuro, olho em volta, e me dou conta do quão doente estou.

Não faço uma refeição decente há dias, só o que passa pela minha garganta, é o que meus enjôos permitem.

Me olho no espelho todas as manhãs, e inconscientemente noto minha palidez exagerada dando contraste aos cachos escuros e bagunçados que cobrem parcialmente meu rosto. As bolsas debaixo dos meus olhos carregam e expõem o peso da dramatização rotineira.

São dez da manhã, o café já está pronto, mas não ouso me servir, como de costume.
O dia está começando, e eu não tive nem 5 horas de sono.

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